Por que as debêntures devem ser as estrelas do investimento em renda fixa em 2019
Esse fenômeno já começou. Em 2018, as captações de recursos pelas empresas brasileiras diretamente de investidores no mercado de capitais atingiram quase R$ 200 bilhões, um crescimento de 19% e praticamente o dobro de 2016. Confira o que faz as perspectivas para este ano serem ainda melhores.
Com a taxa básica de juros (Selic) na mínima histórica de 6,5% ao ano, você já deve ter percebido que a rentabilidade das aplicações tradicionais minguou. Nesse admirável mundo novo dos investimentos, as debêntures e outros títulos emitidos por empresas vêm ganhando um espaço cada vez maior para quem está em busca de um retorno maior na renda fixa.
Esse fenômeno, aliás, já começou. Em 2018, as captações de recursos pelas empresas brasileiras diretamente de investidores no mercado de capitais atingiram quase R$ 200 bilhões. Trata-se de um crescimento de 19% e praticamente o dobro do volume de 2016.
E as perspectivas para este ano são ainda melhores. Só nas três primeiras semanas de janeiro já aconteceram R$ 8 bilhões em emissões, de empresas como Guararapes (dona da Lojas Riachuelo), Carrefour e a empresa de locação de veículos Movida.
“Com o processo de retomada da economia, as empresas precisarão captar recursos para capital de giro e investimentos, o que deve estimular as captações”, me disse Mauro Tukiyama, diretor de renda fixa do Bradesco BBI.
Entre as operações em andamento, a de maior destaque é a da Petrobras. A estatal pretende captar pelo menos R$ 3 bilhões com uma emissão que inclui as chamadas debêntures de infraestrutura, que possuem isenção de imposto de renda para pessoas físicas e investidores estrangeiros. Eu conto mais detalhes sobre a oferta da estatal nesta matéria.
As chamadas debêntures incentivadas são aquelas que costumam ter o maior atrativo para o investidor pessoa física, graças à isenção de imposto de renda. No ano passado, as emissões de debêntures incentivadas superou os R$ 20 bilhões, mais que o dobro de 2017.
Leia Também
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Outros títulos com isenção de imposto também devem ganhar terreno neste ano. É o caso, por exemplo, dos certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). Eles ficaram meio de lado em 2018 porque grandes emissores ficaram de fora, como a BRF, que enfrentou problemas com a operação Carne Fraca e mudanças no comando, e a Suzano, ocupada no processo de aprovação da aquisição da Fibria.
Ganhe como "banco"
Como jornalista e entusiasta do mercado de capitais, eu acompanho o mercado de debêntures e renda fixa privada há bastante tempo. Afinal, a captação de recursos diretamente de investidores pode ser uma forma de as empresas conseguirem recursos a juros menores do que os empréstimos nos bancos.
Do lado de quem investe, fazer o papel de “banco” também pode valer a pena para quem está disposto a correr mais riscos em busca de uma rentabilidade melhor.
Os bancos não ficam “órfãos” nessa história, se é que você está preocupado. Eles são os responsáveis por apresentar e vender as debêntures em ofertas aos investidores, e ganham uma comissão para fazer esse trabalho.
Fora, BNDES
Então por que só agora esse mercado começa a se desenvolver mais plenamente? Além dos juros altos, nos últimos anos o mercado contava com um “concorrente” praticamente imbatível: o BNDES.
Para você ter uma ideia, no auge do “bolsa empresário”, o programa de empréstimos a grandes empresas com taxas de juros pra lá de camaradas, o BNDES chegou a desembolsar R$ 190 bilhões em apenas um ano.
A redução do tamanho do banco público aconteceu em um momento de redução da taxa de juros, o que ajudou a fomentar a demanda na ponta do investidor.
“O mercado de capitais se mostrou um bom substituto para os recursos do BNDES”, me disse Guilherme Silveira, superintendente-executivo do Santander.
Não foi só o BNDES que pisou no freio do crédito. Com a crise, os grandes bancos comerciais também reduziram o volume de financiamentos.
Ao emprestarem menos, os bancos também diminuíram a captação de recursos com a emissão de seus papéis, como certificados de depósito bancário (CDB) e letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Esse movimento levou os investidores a buscarem outras alternativas na renda fixa.
Fundos e plataformas
A redução dos juros levou a outra tendência que ajudou indiretamente o mercado de debêntures: a migração de recursos dos clientes dos bancos para as plataformas de investimento.
Na prateleira de corretoras como XP, Guide, Genial, Easynvest e outras, os investidores encontraram um produto que ganhou destaque na comparação com o CDI: os fundos de crédito.
Trata-se de uma outra forma de você investir em títulos privados. Em vez de aplicar diretamente e analisar o risco de crédito das companhias, os gestores fazem esse trabalho por você – cobrando uma taxa de administração por isso.
Desde 2017, os fundos de crédito acumulam uma captação líquida de R$ 27 bilhões, de acordo com dados da Anbima, a associação que representa as instituições que atuam no mercado de capitais.
“Com as plataformas, o acesso aos fundos de crédito ficou mais democrático para o investidor, o que também permitiu o crescimento de gestores independentes, fora dos grandes bancos”, me disse Daniel Vaz, chefe do mercado de capitais de renda fixa do BTG Pactual, em uma entrevista na sede do banco.
Veio para ficar?
O desenvolvimento do mercado de debêntures passa por algumas condições para se estabelecer. Uma delas é a manutenção da taxa de juros em níveis baixos. O que depende – e muito – da aprovação das reformas no Congresso, principalmente a da Previdência.
Por falar em juros, uma das críticas que o mercado de debêntures costuma receber é a dos baixos spreads (diferencial da taxa de juros). Em outras palavras, a rentabilidade adicional oferecida pelas empresas aos investidores em muitos casos não compensa o risco em relação aos títulos públicos de renda fixa.
Para os profissionais dos bancos com os quais eu conversei, a balança entre oferta e demanda hoje pende mais para o lado das empresas. Ou seja, as taxas para o investidor devem continuar apertadas no curto prazo.
Mas, em um cenário de aceleração da economia, em que a necessidade de recursos pelas companhias vai aumentar, a tendência é que essa relação se equilibre ou até mesmo mude de lado, com a chegada de empresas que toparão pagar uma taxa maior para ocupar um lugar na carteira do investidor.
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo
Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta
O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros
FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado
Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
