🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Para baixo e para cima

O Fed trouxe instabilidade aos mercados. Mas, ao fim do dia, o Ibovespa ficou quase parado

O Federal Reserve cortou os juros dos EUA em 0,25 ponto, mas sinais difusos emitidos pela instituição fizeram as bolsas globais oscilarem — ao fim do dia, o Ibovespa ficou praticamente no zero a zero

Victor Aguiar
Victor Aguiar
18 de setembro de 2019
10:31 - atualizado às 10:55
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa - Imagem: Seu Dinheiro

Quem olha apenas para os números do fechamento do Ibovespa e das bolsas dos EUA pode ter a impressão de que a sessão desta quarta-feira (18) foi tranquila. Afinal, o principal índice acionário do Brasil teve leve queda de 0,08%, aos 104.531,93 pontos, tom semelhante ao visto no Dow Jones (+0,13%), S&P 500 (+0,03%) e Nasdaq (-0,11%).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, a foto da linha de chegada não conta toda a história da corrida. Ao longo do dia, o Ibovespa e as praças de Nova York tiveram uma sessão cheia de idas e vindas — e cada um desses movimentos teve o mesmo gatilho: a decisão de juros nos Estados Unidos.

O evento, afinal, tem a capacidade de mexer com o panorama de investimentos no mundo todo: taxas menores nos EUA implicam em rendimentos menores para os títulos americanos de renda fixa. Com isso, quem deseja ter uma rentabilidade maior precisa buscar outras alternativas — como o mercado acionário.

Desde o início da sessão, os agentes financeiros mostravam-se ansiosos em relação à postura a ser adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A decisão oficial seria conhecida apenas às 15h00 — até lá, cabia aos investidores apenas especular quanto ao futuro.

Por mais que a maior parte do mercado apostasse num corte de 0,25 ponto nos juros dos EUA, o tom foi de cautela na primeira metade da sessão, com o Ibovespa e as bolsas americanas operando em ligeira baixa. Afinal, mesmo que o Fed reduzisse as taxas, ainda havia incerteza quanto aos próximos passos a serem dados pela instituição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E, de fato, o banco central americano cumpriu as expectativas e cortou as taxas do país em 0,25 ponto, dando a entender, num primeiro momento, que a porta estava aberta para novos ajustes negativos no futuro. No entanto, os mercados acionários não respiraram aliviados.

Leia Também

Pelo contrário: a decisão trouxe instabilidade aos índices mundiais. Por mais que a instituição tenha mostrado disposição para continuar reduzindo as taxas, o comunicado e a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, trouxeram elementos que apontavam para a direção oposta.

Vai e volta

Pouco antes das 15h, quando foi publicada a decisão de juros nos EUA, o Ibovespa operava em ligeira queda de 0,23%, tom semelhante ao visto nas bolsas de Nova York. Mas, pouco depois da divulgação, os mercados acionários perderam força: o índice brasileiro chegou a recuar 0,89% e as praças americanas também foram às mínimas.

Mas, na reta final do pregão, as bolsas voltaram a ganhar embalo e, no fechamento, o Ibovespa e as bolsas americanas ficaram praticamente no zero a zero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para entender melhor esse comportamento dos mercados, é preciso ir além das manchetes. De fato, o Federal Reserve (o banco central americano) deu continuidade ao movimento de redução de juros do país iniciado em julho, cortando novamente as taxas em 0,25 ponto e mostrando-se aberto a novos ajustes negativos no futuro.

Só que alguns detalhes não foram bem recebidos pelos agentes financeiros. Em primeiro lugar, a decisão de hoje não foi unânime: dois membros do Fed votaram pela manutenção dos juros, enquanto um era favorável a uma redução ainda maior, de 0,5 ponto.

Além disso, sinais emitidos no comunicado deram a entender que a instituição vê um cenário de economia ainda forte nos Estados Unidos. E, em sua coletiva de imprensa, Powell mostrou certa hesitação ao assumir um compromisso mais firme com um futuro corte de juros.

Powell disse que a instituição reduziu o juro para manter a economia forte diante de riscos que se apresentam — entre eles, a guerra comercial. Por outro lado, ele ressaltou que o consumo e o mercado de trabalho seguem fortes, o que deve garantir um ritmo moderado de expansão econômica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sempre que foi colocado contra a parede durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed optou por assumir um tom evasivo, reforçando que a instituição irá se basear nos dados para tomar futuras decisões. E essa postura acabou gerando um certo pessimismo nos agentes financeiros.

"O mercado esperava uma mensagem mais suave nas projeções econômicas", me disse um economista. O Fed, agora, vê um crescimento de 2,2% no PIB americano neste ano — em junho, a projeção era de alta de 2,1%.

No entanto, na reta final do pregão — e após Powell já ter concluído sua fala — o Ibovespa e as bolsas americanas passaram por uma onda de melhora. Analistas e economistas apontaram que, em meio aos sinais mistos emitidos pelo Fed, cresceu a leitura de que a instituição poderá adotar outras medidas para estimular a atividade local.

Entre outros pontos, os especialistas do mercado citaram um possível programa de recompra de títulos por parte do Fed — um mecanismo semelhante será colocado em prática pelo Banco Central Europeu (BCE) ainda neste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar pressionado

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,65%, a R$ 4,1036. Após a decisão do Fed, a moeda americana passou a ganhar força em escala global, ampliando os ganhos em relação às divisas fortes e reduzindo as perdas na comparação com as de países emergentes.

Neste segundo grupo, o real e o peso mexicano se desvalorizaram ante a moeda americana. Já o rublo russo, o peso chileno e o rand sul-africano fecharam o dia com valorização modesta.

E no Brasil?

Por aqui, a nova taxa Selic será conhecida após o fechamento dos mercados. No cenário doméstico, as apostas são quase unânimes quanto a um corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros pelo Copom, chegando a um novo piso histórico de 5,5% ao ano.

Mas, assim como nos Estados Unidos, sinais quanto aos próximos passos da autoridade monetária são aguardados com ansiedade pelos agentes financeiros — assim, o teor do comunicado do Copom será analisado com lupa pelos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa convicção quanto ao que o Copom fará hoje à noite fez com que as curvas de juros de curto prazo fechassem perto da estabilidade. Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2020 ficaram inalterados em 5,18%, enquanto os com vencimento em 2021 subiram de 5,20% para 5,22%.

No vértice mais longo, as curvas para janeiro de 2023 permaneceram estáveis em 6,27% para 6,23%, e as com vencimento em janeiro de 2025 recuaram de 6,84% para 6,83%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar