🔴 VEM AÍ: ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

Bruna Furlani

Bruna Furlani

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.

De olho nos números

Cardápio dos balanços: Itaú, Gol, Lojas Renner, Vale, Petro e mais cinco companhias divulgam seus resultados nesta semana

Para você não ficar perdido em meio a tantos números, o Seu Dinheiro preparou uma compilado com as estimativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg e te mostra tudo o que você investidor pode esperar

Bruna Furlani
Bruna Furlani
29 de julho de 2019
6:00 - atualizado às 11:24
Imagem: Shutterstock

Quem acompanha bolsa, sabe bem que não basta verificar o home broker, às vezes, para ver se as suas ações estão subindo ou descendo. Como um bom acionista que você deve ser, além de ir nos tais dias do investidor (investors day), é fundamental acompanhar os balanços.

Só assim será possível verificar o que as empresas estão fazendo, se as dívidas que possuem prazos mais alongados, como está o poder competitivo do negócio em relação aos concorrentes, o nível de endividamento que ela apresenta, entre outros indicadores.

Pois bem, a temporada de balanços chegou e nesta semana empresas como Itaú, Multiplan, Smiles, TIM, CSN, Lojas Renner, Vale, BR Distribuidora, Gol e Petrobras apresentam os seus resultados.

Para você não ficar perdido em meio a tantos números, o Seu Dinheiro preparou uma compilado com as estimativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg e te mostra aqui tudo o que eles estão esperando para os balanços do segundo trimestre deste ano.

O gigante não está adormecido

O aumento da concorrência com fintechs, o cenário de juros baixos e a economia em ritmo lento são fatores que parecem conspirar contra o resultado de grandes bancos. Mas seguindo a linha do que fizeram o Bradesco e o Santander na última semana, a estimativa dos analistas é que a rentabilidade do Itaú aumente e fique em 23,16%, ante os 22,08% do mesmo período.

Leia Também

Com isso, o retorno da instituição deve permanecer quase três vezes do que a Selic, que hoje está em 6,5% ao ano. E se as expectativas se confirmarem, a rentabilidade do Itaú permanecerá à frente de todos os demais bancos que já divulgaram seus resultados.

E não é só ela que deve crescer. Segundo o que esperam os especialistas ouvidos pela Bloomberg, o lucro líquido do banco também deve aumentar e alcançar a cifra de R$ 7.038 bilhões, o que representaria uma expansão de 10,3% em relação ao mesmo período anterior.

Outro indicador que deve expandir é o de receita líquida. A expectativa é que ele aumente cerca de 2,5% em relação ao período anterior e termine o segundo trimestre em R$ 28,021 bilhões.

Mas nada será fácil. Assim como havia falado o Vinícius Pinheiro, em meio à guerra de preços que tomou conta desse setor, o banco teve que diminuir suas projeções de receita com tarifas e serviços e também de margem financeira, linha na qual os bancos contabilizam as receitas com crédito.

E o corte nas estimativas só não provocou estrago nas ações do Itaú na bolsa porque o banco anunciou um plano de corte de custos para compensar a perda esperada nas receitas.

Uma das queridinhas do varejo

Depois do balanço do Itaú na segunda-feira, um dos destaques da terça é a divulgação da gigante do varejo, a Lojas Renner. Mesmo com as perspectivas macroeconômicas menos otimistas para o crescimento do PIB e para a intenção do consumidor em comprar, a expectativa é que varejista mantenha os bons resultados.

Depois de registrar uma alta de 45% no lucro líquido no 1º trimestre deste ano, a companhia deve continuar a obter ganhos de market share no segmento de varejo, que é bastante fragmentado no Brasil.

Uma das razões é o fato de possuir uma cadeia logística integrada, o que permite uma reação mais rápida em relação às mudanças nas preferências dos consumidores, segundo o que destacou o BTG em relatório no mês passado.

Por conta desses e outros motivos, a estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg é de que o lucro líquido aumente cerca de 9,8% em relação ao mesmo período de 2018 e feche na casa dos R$ 274,709 milhões.

O potencial de geração de caixa da empresa, por sua vez, deve ficar em R$ 451,429 milhões e crescer cerca de 3,9% ante o período anterior.

Outro indicador que também deve expandir é o de receita líquida. De acordo com a estimativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg, ela deve alcançar a cifra dos R$ 2,169 bilhões, ante os R$ 2,020 bilhões de 2018, o que representaria uma alta de 1,4%.

Aos poucos

Entre os destaques da quarta-feira está a divulgação dos números da Vale. Depois da tragédia de Brumadinho e de reportar pela primeira vez na história um potencial de geração de caixa (Ebitda, lucro antes de impostos, depreciação, amortização e juros) negativo, a mineradora mostra sinais melhores do que os encontrados no último trimestre.

Mesmo com a queda significativa de 33,8% na produção de minério de ferro da Vale no segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado e da produção de níquel decorrente dos impactos da barragem e de condições climáticas incomuns no Sistema Norte, o Ebitda da mineradora deve crescer cerca de 32,5% e ficar em R$ 18,793 bilhões.

Já em termos de lucro líquido, a expectativa dos analistas é que o indicador aumente cerca de 26,7% e feche o período em R$ 9,817 bilhões.

A receita líquida, por sua vez, deve expandir aproximadamente 15,5% e terminar o segundo trimestre de 2019 em R$ 36,076 bilhões.

Mais magrinha, porém...

Já a quinta-feira termina com a apresentação dos números da Petrobras e da Gol. No caso da petroleira, em um trimestre em que ela realizou a venda da subsidiária TAG com pagamento de R$ 33,5 bilhões, fez um pente-fino em processos de patrocínio de eventos, além de uma série de outros desinvestimentos para melhorar a sua situação financeira, a expectativa dos analistas é mais positiva para a companhia.

No quesito potencial de geração da caixa, os especialistas ouvidos pela Bloomberg acreditam que a petroleira pode aumentar o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) em aproximadamente 11,1% e com isso, fechar o período com o indicador em R$ 33,405 bilhões.

Já a receita líquida também deve crescer e passar de R$ 92,794 bilhões para R$ 84,395 bilhões, uma alta de 9,9%. O lucro líquido, por outro lado, deve sofrer uma queda de 10,5% e ficar em R$ 9,016 bilhões, ante os R$ 10,072 bilhões de 2018.

Mas informações recentes apresentadas pela companhia podem surpreender de certa forma no balanço. Apesar de a expectativa ser mais positiva, os dados divulgados pela petroleira na última sexta-feira (26) acenderam um ponto de atenção no mercado. Na ocasião, os analistas do mercado entenderam que a companhia mostrou certa fraqueza no lado operacional da empresa, o que pode impactar os resultados do segundo trimestre da empresa.

Segundo os números apresentados, a produção da Petrobras no segundo trimestre de 2019 atingiu 2,553 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), o que representa uma queda de 0,4% na comparação com os 2,461 milhões de boed em igual trimestre do ano passado.

A retração seria um reflexo da venda de 25% do campo de Roncador e dos ativos da Petrobras América, que mais do que compensaram os ganhos com o ramp-up das plataformas do pré-sal nos campos de Búzios e Lula.

No pregão da última sexta-feira (26), as ações da companhia reagiram negativamente aos dados operacionais divulgados pela estatal: os papéis PN (PETR4) recuaram 2,79%, enquanto os ONs (PETR3) tiveram baixa de 3,12%.

Melhorando...

E para finalizar a quinta-feira, a Gol apresenta os seus resultados. Depois de sofrer um prejuízo de R$ 32,3 milhões no primeiro trimestre do ano, a expectativa dos analistas ouvidos pela Bloomberg é de que a companhia aérea tenha uma perda menor no segundo trimestre, com o prejuízo ficando na casa dos R$ 3,683 milhões, ante uma perda de R$ 1,326 milhão no mesmo período de 2018.

Apesar do prejuízo, os especialistas esperam uma melhora bastante significativa no potencial de geração de caixa que salta de R$ 207,900 milhões para R$ 589,857 milhões, uma alta de 183,7%.

Mas não é só isso. A receita líquida da companhia também deve apresentar uma expansão. Segundo os cálculos dos analistas, ela deve passar de R$ 2,354 bilhões para R$ 2,848 bilhões, um crescimento de 20,9%.

Uma parte da melhor está relacionada ao fato de que a receita unitária de passageiro esperada para o segundo trimestre deve ficar maior em aproximadamente 24%, quando comparada ao mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados pela Gol no início deste mês.

Além do ganho de receita unitária, a estimativa da companhia aponta que a margem Ebitda, que mede a rentabilidade operacional da companhia, deve ficar entre 22% a 24%, ante os 16,4% registrados no mesmo período do ano passado.

Outros balanços

Confira agora a tabela com os resultados das demais empresas que divulgam seus resultados nesta semana, como Smiles, TIM, CSN e BR Distribuidora:

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
É RITMO DE FESTA

Dividendos: Ambev presenteia acionistas com mais de R$ 8 bilhões antes do fim do ano; B3 e Dexco também entram na festa

10 de dezembro de 2021 - 7:11

Juntas, as três empresas distribuirão quase R$ 10 bilhões em dividendos e JCP perto do Natal e do Ano-Novo

DINHEIRO NA CONTA

Dividendos: Vibra (VBBR3) distribui R$ 148,5 milhões em JCP

9 de dezembro de 2021 - 6:42

Valor refere-se à segunda parcela de pagamento aos acionistas anunciado quando a Vibra ainda atendia como BR Distribuidora

fique atento

Antiga BR Distribuidora, Vibra Energia tem novo ticker a partir de 22 de outubro

14 de outubro de 2021 - 19:49

Empresa adota o“VBBR3”, em substituição ao código atual “BRDT3″; mudança reflete novo posicionamento da marca

expandindo negócios

Vibra confirma acordo para adquirir até 50% de fatia da Comerc, que faria IPO

9 de outubro de 2021 - 15:26

Parte da operação se dará por emissão de R$ 2 bilhões em debêntures conversíveis em ações ordinárias de emissão da Comerc, a serem subscritas pela Vibra, que representam 30% da comercializadora de energia

Mais verde

Em linha com o novo momento: Vibra Energia (BRDT3) fecha parceria para joint venture de etanol

30 de agosto de 2021 - 12:46

Antiga BR Distribuidora se aliou à Copersucar para comercializar o biocombustível, como parte da sua estratégia ESG

Captação financeira

Vibra Energia (BRDT3), ex-BR Distribuidora, aprova emissão de debêntures de R$ 800 milhões

27 de agosto de 2021 - 20:06

Os papéis emitidos pela empresa terão prazo de 10 anos e serão vinculados a Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)

Repaginada

Para marcar novo momento, BR Distribuidora (BRDT3) muda de nome e agora é Vibra Energia

19 de agosto de 2021 - 13:12

A mudança marca o atual posicionamento da empresa no mercado como companhia de energia voltada à economia de baixo carbono

Gestão de portfólio

BR Distribuidora (BRDT3) vende participação na Brasil Carbonos; veja os detalhes da operação

18 de agosto de 2021 - 10:45

O montante da transação será dividido em 30 parcelas iguais mensais, corrigidas pelo CDI mais 2% ao ano

cardápio de balanços

Marfrig, BR Distribuidora, RD, Positivo, Porto Seguro e C&A: os balanços que mexem com o mercado nesta quarta

10 de agosto de 2021 - 20:57

Empresas são algumas das mais recentes a divulgarem os resultados do segundo trimestre; números devem ajudar a movimentar o Ibovespa, que na terça fechou em queda de 0,66%

Mostrando confiança

BR Distribuidora resolve antecipar R$ 554 milhões em remuneração aos acionistas referente a 2021

30 de julho de 2021 - 7:10

Empresa vai pagar os proventos em forma de Juros sobre Capital Próprio, divididos em duas datas, em setembro e em dezembro deste ano

Rumo à diversificação

BR Distribuidora também será empresa de energia, afirma presidente

6 de julho de 2021 - 14:20

A declaração ocorre logo após a conclusão de uma oferta de ações em que a Petrobrás vendeu sua fatia restante na empresa por R$ 11,4 bilhões

Nova corporation

Fundo Samambaia, de Ronaldo Cezar Coelho, se torna maior acionista da BR Distribuidora

6 de julho de 2021 - 7:13

Investidor passou a deter 7,95% do capital da companhia após venda de ações que pertenciam à Petrobras, em oferta pública realizada semana passada

Totalmente privada

Petrobras precifica ações da BR Distribuidora em R$ 26 para oferta pública

1 de julho de 2021 - 7:07

Com a definição do preço, operação movimenta cerca de R$ 11,3 bilhões, maior volume já registrado em uma distribuição secundária

Venda esperada

Petrobras pede à CVM registro para oferta de ações da BR Distribuidora

18 de junho de 2021 - 6:41

Operação deve movimentar mais de R$ 11,5 bilhões, com base no número de ações a serem vendidas e na cotação recente do papel

Primeiro encontro

Presidentes de Petrobras e BR se reúnem para tratar da saída da estatal da distribuidora

12 de maio de 2021 - 18:32

Os executivos, que assumiram os cargos há cerca de um mês, discutirão a venda da participação de 37,5% que a Petrobras ainda detém na empresa

balanço

Ações da BR Distribuidora disparam após lucro da empresa mais do que dobrar

12 de maio de 2021 - 7:39

Companhia registrou no primeiro trimestre de 2021 lucro líquido de R$ 492 milhões, alta anual de 110,3%; empresa vê desempenho mais próximo ao de pares do mercado

Virando a chave?

‘Temos capacidade de fazer aquisições no setor elétrico’, diz presidente da BR Distribuidora

29 de abril de 2021 - 13:43

Após trazer o ex-presidente da Eletrobras para o comando, a empresa recém-privatizada agora mira na direção do mercado de energia sustentável

dinheiro no caixa

BR Distribuidora recebe 35ª parcela de acordo com Eletrobras, de R$ 34,3 milhões

30 de março de 2021 - 19:09

Empresa já recebeu R$ 4,7 bilhões de valores referentes aos Instrumentos de Confissão de Dívidas (ICDs)

Postos de combustível

Membro do conselho de administração da BR Distribuidora renuncia ao cargo

23 de março de 2021 - 9:24

Marcelo Cruz Lopes deixará oficialmente a empresa no dia 30 de abril deste ano, em um movimento de reestruturação da companhia

extreme makeover

BR Distribuidora arruma a casa e agora BTG Pactual recomenda a compra das ações

11 de março de 2021 - 11:23

Analistas avaliam que reestruturação levada a cabo pela companhia deu às ações um potencial de alta de 40%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar