Banco Inter mira nova oferta de ações ou entrada de sócio estratégico
Ações do banco triplicaram desde o IPO, há um ano. Entre as opções na mesa está a adotada recentemente pelo Mercado Livre, que fez uma oferta de ações na bolsa americana Nasdaq “ancorada” pela gigante de pagamentos PayPal, disse o presidente do Inter, João Vitor Menin

Em fase de crescimento acelerado, tanto de clientes como em valor de mercado, o Banco Inter (BIDI4) se prepara para dar novos passos. O banco digital, que atingiu nesta semana a marca de 2 milhões de correntistas, avalia fazer uma nova oferta de ações ou receber o investimento de um sócio estratégico.
“Não há nada concreto nesse sentido hoje, mas não estamos parados”, me disse João Vitor Menin, presidente do Banco Inter, em uma entrevista por telefone na quinta-feira à tarde.
Um dos movimentos do Inter nessa direção foi o pedido para permitir a participação de estrangeiros nas ações ordinárias (ON), com direito a voto.
A regulação exige um decreto presidencial para a entrada de investidores de fora do país no capital votante de bancos. Lembrando que hoje apenas as ações preferenciais (PN) são negociadas em bolsa. A expectativa é que a autorização saia nas próximas semanas.
Entre as opções na mesa do Inter está a adotada recentemente pelo site de comércio eletrônico Mercado Livre, que fez uma oferta de ações na bolsa americana Nasdaq “ancorada” pela gigante de pagamentos PayPal.
Menin me disse, porém, que o Banco Inter não tem uma necessidade imediata de novos recursos. “Temos uma capitalização boa e suficiente para continuar crescendo.”
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Por outro lado, a alta das ações permitiria a realização de uma nova oferta com uma diluição menor donos do grupo MRV, controladores do banco com 57,4% do capital total.
As ações do Banco Inter, que estrearam na B3 no dia 30 de abril do ano passado valendo R$ 18,50, encerram o pregão desta sexta-feira cotadas a R$ 55,20, o que equivale a uma valorização de mais de 200% desde o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial), ajustada pelos dividendos.
Exército laranja
O banco espera atingir até 3,5 milhões de correntistas neste ano. O próprio Menin reconhece que se trata de uma projeção conservadora, mas diz que não pretende revisar essa estimativa por enquanto. “É o número que nós estamos confortáveis para atingir.”
Em março, o Inter abriu 8,5 mil contas por dia útil em média, acima dos 7,9 mil novos clientes diários que o banco conseguiu em dezembro. Menin mais uma vez não se comprometeu, mas disse que ainda há espaço para acelerar esse ritmo, dependendo da força do que ele chama de "exército laranja", que são os clientes que recomendam a conta aos amigos.
A expansão do Banco Inter é sustentada pela conta digital sem a cobrança de tarifas, com todas as operações controlada pelo aplicativo do celular.
Quando eu perguntei sobre o aumento da competição entre os bancos digitais, Menin disse que a concorrência deve “beliscar” nichos específicos de mercado, mas que só o Inter traz uma conta corrente com todos os serviços. “O Nubank, com todo o respeito e admiração que eu tenho, não é um banco digital.”
Foco nas empresas
Depois do lançamento da plataforma de investimentos no fim do ano passado, o foco do Banco Inter será em melhorar os produtos disponíveis aos clientes, segundo Menin.
Um deles é o sistema de contas para empresas. “Se fomos muito bem na pessoa física, hoje nós não temos uma experiência legal para a abertura da conta de pessoa jurídica”, disse.
E você, é cliente ou acionista do Banco Inter na bolsa? Conte a sua experiência nos comentários abaixo ou no meu Twitter.
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