Banco Central Europeu mantém juros e revisa previsão do PIB; alta em 2019 deve ser de 1,2%
A autoridade monetária da zona do euro, porém, revisou sua projeção para a manutenção das taxas nos níveis atuais, do fim de 2019 para “até pelo menos o fim do primeiro semestre de 2020”
O Banco Central Europeu (BCE) manteve suas principais taxas de juros inalteradas após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, como era amplamente esperado por analistas. O BCE deixou sua taxa básica de juros - a de refinanciamento - em 0% e a de depósitos, em -0,40%.
A autoridade monetária da zona do euro, porém, revisou sua projeção para a manutenção das taxas nos níveis atuais, do fim de 2019 para "até pelo menos o fim do primeiro semestre de 2020", para garantir que a inflação convirja para sua meta, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%, no médio prazo.
Em relação à terceira rodada de empréstimos baratos destinados ao setor bancário da zona do euro (conhecidos como TLTROs, pela sigla em inglês), o BCE informou que a taxa de juro de cada operação será estabelecida num nível situado 10 pontos base acima da média da taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento do Eurosistema ao longo do período de duração da TLTRO correspondente.
Já para bancos cuja concessão de crédito ultrapassar um determinado valor de referência, a taxa aplicada às TLTROs "será inferior e poderá ser tão baixa quanto a média da taxa de depósito que prevalecer ao longo do período de duração da operação, acrescida de 10 pontos base", explicou o BCE.
Um pouco mais de otimismo
O Presidente do BCE, Mario Draghi anunciou durante coletiva de imprensa que a instituição agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro crescerá 1,2% este ano. A previsão anterior era de avanço um pouco menor, de 1,1%.
O BCE, por outro lado, cortou suas projeções de expansão do PIB para 2020, de 1,6% para 1,4%, e também para 2021, de 1,5% para 1,4%. Quanto à taxa de inflação ao consumidor, o BCE elevou sua projeção para 2019, de 1,2% para 1,3%, cortou a previsão para 2020, de 1,5% para 1,4%, e manteve a de 2021, em 1,6%.
*Com Estadão Conteúdo
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