Acionistas do Facebook querem trocar Zuckerberg por ‘figura independente’ como presidente do conselho – mas ele não vai deixar
Na ocasião, mais de 68% dos sócios com direito a voto e que não possuem participação no quadro de gestão da empresa votaram por retirar o atual presidente do quadro de presidente do conselho da empresa, que ele também faz parte

Depois de muita polêmica e escândalos envolvendo o Facebook no ano passado sobre o vazamento de dados para criação de perfis de eleitores, um dos maiores de sua história, a assembléia geral dos acionistas da empresa na última quinta-feira (30) quis dar um novo recado para Mark Zuckerberg, atual CEO da empresa.
Na ocasião, mais de 68% dos sócios com direito a voto e que não possuem participação no quadro de gestão da empresa votaram por retirar o atual presidente do quadro de presidente do conselho, - que ele também faz parte -, e por colocar uma "figura independente" no lugar.
Ainda que a medida não tenha sido aprovada, a votação mostra que a "batata de Zuckerberg está assando". Na última reunião, o percentual de investidores que haviam votado por medida parecida havia sido de 51%, o que mostra um aumento das insatisfações com o atual CEO.
O "quase dono de tudo"
O problema é Zuckerberg possui a maioria do controle sobre a companhia porque é dono de ações de classe B, que garantem 10 votos por papel. Na prática, ele detém mais de 75% das ações de classe B, o que significa que ele tem 60% do poder de voto dentro da empresa.
Outro ponto desfavorável aos acionistas é que por lá apenas diretores e gerentes possuem ações de classe B. Ou seja, se eles forem contra as propostas dos demais acionistas, a palavra final acaba sendo do quadro de diretores, que é formado por mais três pessoas, Dave Wehner, Mike Schroepfer e Sheryl Sandberg.
Hoje, a empresa oferece apenas ações de classe A para quem está fora do quadro de presidente, diretores e de gerentes da companhia. O ponto é que as ações desse tipo garantem apenas um voto por ação. Por isso, outra medida que entrou em votação na última assembleia envolve justamente mudanças nesse quadro.
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A ideia dos acionistas era fazer com que as ações de classe B fossem eliminadas, o que poderia reduzir o poder de Zuckerberg e dos demais diretores sobre a companhia. Apesar de 83.2% dos acionistas terem votado a favor, a medida não foi aprovada porque o conselho não foi favorável.
Problemas de governança
E isso pode ter consequências mais sérias no futuro. Afinal, o fato de os acionistas não estarem sendo ouvidos representa um grave problema de governança corporativa, já que ele desempenha função de presidente do conselho e de diretor executivo.
Na visão de alguns analistas ouvidos pelo site Business Insider, os investidores mandaram um recado claro para os responsáveis pela gestão do Facebook.
Segundos os especialistas, os acionistas estão descontentes e querem mudanças porque um nível de votação alto como esse para decidir sobre mudanças na estrutura de ações é bastante incomum.
No acumulado do ano, as ações do Facebook (FB) apresentam alta de mais de 23%. Por volta das 11h10, os papéis da companhia estavam cotados em US$ 161,69, uma queda de 1,50%.
Vazamento de dados
O descontentamento com as atitudes do CEO e com a forma com que a empresa tem sido governada está bastante relacionado a forma com que o presidente da companhia lidou com a série de escândalos envolvendo a interferência nas redes sociais e a polêmica com a empresa Cambridge Analytica.
Na época, as alegações de uso indevido de dados de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica, que foi contratada pela campanha do atual presidente Donald Trump em 2016, levaram a várias investigações nos Estados Unidos e na Europa. Os problemas começaram a ser divulgados no começo do ano passado e depois a consultoria britânica encerrou as atividades.
E, na última sexta-feira (31), a empresa foi obrigada a prestar novos esclarecimentos. Na ocasião, um juiz dos Estados Unidos ordenou que o Facebook entregue e-mails de acionistas e outros registros para mostrar como a empresa tratou com a privacidade de dados, depois que informações de 87 milhões de usuários foram acessadas pela consultoria britânica Cambridge Analytica.
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