Restaurantes em museus: 5 espaços em São Paulo onde a boa mesa encontra a arte
Muito além de refeitórios, estes museus abrigam restaurantes ampliam a experiência artística, um prato de cada vez
Ter restaurantes dentro de museus é uma experiência que há muito faz parte do roteiro cultural de cidades como Paris, Londres e Nova York. A ideia de unir visitação, arte e gastronomia cria um complemento importante entre uma obra e outra a um público geralmente associado ao bom gosto. São Paulo, cada vez mais conectada às grandes capitais culturais, abraçou essa tendência. E com força.
Hoje, alguns dos melhores lugares para comer na cidade estão dentro de instituições de arte que são destino obrigatório por si. A seguir, listamos cinco casas que mostram como museu e mesa podem falar a mesma língua.
Balaio, Instituto Moreira Salles
No térreo do Instituto Moreira Salles, o Balaio ocupa com naturalidade o espaço contemporâneo projetado pelo escritório Andrade Morettin. Reunindo exposições, biblioteca e um cineteatro, o prédio na Avenida Paulista virou ponto de encontro cultural da cidade. Para esta unidade, o chef Rodrigo Oliveira criou um projeto independente do premiado Mocotó, mas preservou aquilo que sempre o definiu: a cozinha brasileira.
O nome antecipa a proposta. O “balaio” é o cesto que celebra a diversidade culinária do país. No menu, aparecem pratos como a carne de sol de porco com baião cremoso (R$ 98), a lasanha caipira de massa de couve e bechamel de abóbora (R$ 89) e, claro, os famosos dadinhos de tapioca (R$ 32), uma assinatura do chef.
No bar, brilham as caipirinhas (R$ 39), especialidade trazida do Mocotó, e o drinque mais emblemático da casa, o Pequi (R$ 49), feito com vodca, creme de pequi, St. Germain e espuma de mangaba.
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Balaio: Avenida Paulista, 2424 - Bela Vista / Horários: Terça a quinta-feira: 12h às 16h, sexta-feira e sábado: 12h às 16h e 19h às 22h e domingo: 12h às 17h.
Pipo, Museu da Imagem e do Som
O MIS-SP, em pleno Jardins, foi o local escolhido por Felipe Bronze, um dos nomes centrais da gastronomia brasileira, para inaugurar sua primeira casa em São Paulo. Seu sucesso o precede: trata-se, afinal, de um chef detentor de duas estrelas Michelin pelo Oro, no Rio de Janeiro. Instalado no pátio do museu desde 2019, o Pipo reflete bem o espírito contemporâneo do MIS com um cardápio que combina criatividade e irreverência.
Logo na chegada, o bar apresenta caipirinhas como a de jabuticaba (R$ 40) e outros drinques autorais. Entre as entradas, há duas sugestões que raramente decepcionam. Uma delas é o tartare de atum (R$ 85). A outra são as coxinhas de galinha caipira (R$ 42). Nos principais, o arroz de cupim defumado (R$ 92) e a barriga de porco (R$ 84) confirmam a assinatura do chef. Para finalizar, a rabanada com figo e macadâmias (R$ 42) encerra a visita com a mesma intensidade das boas, dinâmicas e populares exposições do MIS.
Pipo: Av. Europa, 158 – Jardim Europa /Horários: de terça a sexta-feira das 12h às 16h e sábado e domingo das 9h às 17h.
Aizomê, Japan House
No segundo andar da Japan House, o Aizomê, da chef Telma Shiraishi, funciona como uma continuação do centro cultural. Gastronomia, técnica e estética japonesa coexistem de forma precisa no espaço e no menu.
A casa trabalha com settos (R$ 65 a R$ 189), refeições completas e equilibradas que incluem gohan, caldos, tsukemono, proteínas da estação e pequenos acompanhamentos que variam conforme a sazonalidade. Também aparecem preparações tradicionais como udon (R$ 80), soba (R$ 80), além de sushis e sashimis preparados com pescados de origem sustentável, um dos pilares da chef, aliás.
Entre os destaques, o tirashi (R$ 180), servido em tigela com arroz temperado e uma seleção diária de pescados, traduz com clareza a precisão da cozinha de Telma. A carta de bebidas inclui chás servidos à vontade e uma seleção cuidadosa de drinks.
Aizomê: Av. Paulista, 52 / Horários: de terça a domingo da 11:30 às 16:30.
Fitó, Pinacoteca
A Pinacoteca é também um dos museus mais importantes do país, e dentro dela, o Fitó cumpre um papel essencial: oferecer uma gastronomia que conversa com o entorno. Essa é, inclusive, uma marca registrada da chef Cafira, responsável pela matriz em Pinheiros.
No prédio principal, o Fitó Luz funciona com janelas abertas para o Parque da Luz. Ali, o cardápio oferece cafés e as “merendas” que consagraram a casa. No almoço, surgem pratos tradicionais como o Baião de Dois da Pina e o PF do Fitó (R$ 57 cada), por exemplo, ideais para quem deseja uma refeição completa sem perder o ritmo da visita.
Do outro lado do parque, na Pinacoteca Contemporânea, o Fitó Contemporânea mostra outra faceta da chef, mais experimental e alinhada ao novo prédio. Assim, entradas como o crudo de atum com leite de graviola (R$ 85) e o carpaccio sertanejo de carne seca, aioli de caju, picles de maxixe e pão de jatobá (R$ 105) apontam esse caminho. Nos principais, o arroz caipira (R$ 87) e o frito de porco (R$ 77) reforçam a proposta de combinar ingredientes brasileiros com um toque contemporâneo.
Fitó Luz: Praça da Luz, 2 / Horários: de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h.
Fitó Contemporânea: Av. Tiradentes, 273 / Horários: de quarta a segunda-feira das 10h às 18h.
A Baianeira, MASP
Não é nenhum exagero dizer que o MASP é o principal museu de São Paulo, possivelmente, do Brasil. A arquitetura modernista de Lina Bo Bardi, a localização estratégica na Paulista e um acervo histórico fazem dele um marco definitivo da cidade. Em 2025, o museu ganhou um anexo, migrando para o outro lado da rua Prof. Otávio Mendes parte de sua operação. Quem cruzou junto foi o restaurante A Baianeira, da chef Manuelle Ferraz.
O restaurante, fundado na Barra Funda, reflete com a unidade do MASP o próprio espírito da instituição: valorizar a cultura brasileira. Isso aparece nas entradas, como o ceviche de maxixe (R$ 34) e as vieiras com banana e calda de maracujá (R$ 46), por exemplo.
Nos pratos principais, há não uma, mas três versões do Baião de Dois: sirizado (R$ 78), carne de panela (R$ 69) ou vegetariano (R$ 65). São um ponto alto do menu, que ainda inclui moquecas e os pratos do dia.
A carta de drinques inclui opções como o Jabuticaba de Minas (R$ 37), enquanto o fechamento fica por conta de sobremesas como o crème brûlée de banana-da-terra (R$ 32), a mousse de cupuaçu com ganache de chocolate Mission (R$ 32) e o Amor aos Pedaços (R$ 36).
No salão, as grandes aberturas de vidro enquadram o prédio principal do museu em um ângulo raro, fazendo a refeição dialogar inclusive com a arquitetura icônica de Lina Bo Bardi.
A Baianeira: Av. Paulista, 1510 / Horários: de terça a sexta das 11:30 às 15h e sábado e domingo, de 11:30 às 16h.
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