Warren Buffett (finalmente) fala: qual a visão do ‘Oráculo de Omaha’ sobre os EUA hoje e a guerra comercial travada por Donald Trump
A reunião anual dos acionistas da Berkshire Hathaway, que acontece neste fim de semana, atraiu os olhares atentos de milhares de investidores querendo descobrir o que o “Oráculo de Omaha”, como Buffett é conhecido, pensa sobre as tarifas de Donald Trump e a economia dos EUA

Warren Buffett, uma lenda dos investimentos de 94 anos, vinha se mantendo em silêncio sobre os últimos acontecimentos que abalaram os EUA e o mercado financeiro global.
Por isso, a reunião anual dos acionistas da Berkshire Hathaway, que acontece neste fim de semana, atraiu os olhares atentos de milhares de investidores querendo descobrir o que o “Oráculo de Omaha”, como Buffett é conhecido, pensa sobre as tarifas de Donald Trump e a economia norte-americana.
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Na sessão de perguntas e respostas, Buffett falou pela primeira vez sobre o tema. Primeiro, sem mencionar Trump, criticou a ideia de tarifas e protecionismo comercial, afirmando que "o comércio não deve ser uma arma".
"Nos Estados Unidos, devemos buscar negociar com o resto do mundo. Devemos fazer o que fazemos de melhor, e eles devem fazer o que fazem de melhor", disse Buffett.
Sorte de ter nascido nos EUA
Um pouco mais adiante, o megainvestidor disse que continua apostando tudo nos EUA, apesar da crescente preocupação dos investidores com a direção da economia do país e sua posição no cenário mundial.
“Mencionei que começamos como uma sociedade agrícola. Começamos como uma sociedade com grandes promessas, e não as cumprimos muito bem”, disse ele.
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“Estamos sempre em processo de mudança. Sempre encontraremos todo tipo de coisa para criticar no país, mas o dia mais sortudo da minha vida foi o dia em que nasci, [porque] nasci nos Estados Unidos.”
“Passamos por grandes recessões, passamos por guerras mundiais, passamos pelo desenvolvimento de uma bomba atômica com a qual nunca sonhamos na época em que nasci, então eu não ficaria desanimado pelo fato de não parecer que resolvemos todos os problemas que surgiram”, continuou ele.
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“Se eu nascesse hoje, continuaria negociando no útero até que me dissessem que posso ficar nos Estados Unidos.”
EUA: catedral anexa a um cassino
Durante a tarde, ainda respondendo a perguntas da audiência, Buffett chamou os EUA de “exemplo brilhante de capitalismo”, fazendo a analogia de uma catedral anexa a um cassino.
“O capitalismo nos Estados Unidos teve um sucesso como nunca visto antes. É uma combinação desta magnífica catedral, que produziu uma economia como nenhuma outra que o mundo já viu, e ainda tem este enorme cassino anexado”, disse ele.
“Nas catedrais, eles basicamente estão projetando coisas que produzirão bens e serviços para cerca de 300 milhões de pessoas como nunca foi feito antes na história.”
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Embora a tentação de concentrar todo o seu tempo e energia neste cassino metafórico seja bastante alta, Buffett alertou que manter o equilíbrio é de extrema importância.
“No cassino, todos estão se divertindo e há muito dinheiro trocando de mãos e tudo mais, mas é preciso garantir que a catedral também seja alimentada”, disse ele.
“É muito importante que os Estados Unidos, nos próximos 100 anos, garantam que a catedral não seja tomada pelo cassino.”
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