🔴 ESSAS CRIPTOMOEDAS PODEM DISPARAR ATÉ 300 VEZES –  SAIBA COMO INVESTIR

Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

FACA DE DOIS GUMES

Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho

As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações

Dani Alvarenga
9 de abril de 2025
13:07 - atualizado às 12:40
Barril de petróleo sobre dólares
Imagem: DALL-E/ChatGPT

Enquanto Donald Trump tem as tarifas como cartada final favorita, os países do Golfo Pérsico também estão com uma carta na manga: o petróleo. A commodity coloca os Estados da região em uma posição mais favorável para negociar com o presidente norte-americano do que os demais parceiros comerciais, segundo analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque o governo Trump vem pressionando há muito tempo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a aliança liderada pela Arábia Saudita, para bombear mais petróleo. A redução dos preços, motivada pelo aumento da produção, ajudaria a compensar a inflação nos EUA.

Vale lembrar que o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) — composto por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Kuwait, Omã e Catar — detém aproximadamente 32,6% das reservas comprovadas de petróleo bruto do mundo, de acordo com o Centro Estatístico do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo.

 Além disso, o conselho apresenta cerca de US$ 3,2 trilhões em ativos financeiros soberanos, representando 33% do total desses ativos no mundo, de acordo com o Secretário-Geral do GCC, Jasem Mohamed Albudaiwi.

Porém, o uso do petróleo para as negociações com Trump pode ser uma faca de dois gumes: a redução do preço da commodity impactaria significativamente os déficits orçamentários e os planos de gastos dos países do Golfo Pérsico. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar dos esforços para uma diversificação, as economias da região ainda dependem fortemente das receitas de hidrocarbonetos.

Leia Também

Mais que amigos: as relações com Trump

Para negociar com o presidente norte-americano, não basta ter o que ele quer: é necessário também cair nas suas graças. Nesse aspecto, os países do Golfo Pérsico estão em um posicionamento favorável.

Segundo Ben Powell, diretor de estratégia de investimentos da BlackRock para a Ásia-Pacífico e Oriente Médio, as relações calorosas dos países do Golfo Pérsico com Trump fortalecem a posição dos governos para potenciais negociações tarifárias. 

Além disso, alguns países do CCG também ampliaram seu papel na diplomacia global. No fim de março deste ano, as negociações de paz para pôr fim à guerra entre Rússia e Ucrânia foram realizadas em Riad, na Arábia Saudita.  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Eu realmente acho que o Oriente Médio, com o relacionamento profundo que eles têm com os EUA, deve se sair bem”, disse Powell à CNBC.

“Acho que todos seremos arrastados para o redemoinho no curto prazo. Isso é inevitável. Mas o Oriente Médio, com a solidez do balanço patrimonial e com o apoio energético que possui, deve ser um vencedor relativo nesse mix” quando se trata de mercados emergentes, afirmou o diretor.

Mas… e o impacto das tarifas de Trump?

Apesar da boa relação com Trump, os países do Golfo Pérsico não deixaram de entrar na mira do presidente americano e foram atingidos pela tarifa básica geral de 10%. Além disso, a região também lida com as tarifas de 25% ao aço e ao alumínio — produtos que os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein exportam — impostas pelo presidente norte-americano.

Porém, segundo Monica Malik, economista-chefe do Abu Dhabi Commercial Bank, os EUA não são um grande mercado de exportação para o Golfo Pérsico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, a expectativa é que “o impacto direto seja relativamente contido, já que os EUA não são um destino importante para a região, representando uma média de apenas 3,7% do total das exportações do CCG em 2024”, disse Malik.

“Os países do Conselho de Cooperação do Golfo devem estar em uma posição relativamente favorável para resistir a ventos contrários, especialmente os Emirados Árabes Unidos”, escreveu em relatório.

Ninguém sairá ileso: o peso do petróleo

Negociar tarifas com o petróleo pode ser uma tarefa delicada para os países da região. Isso porque a perspectiva do preço da commodity é crucial para os orçamentos e os planos de gastos futuros dos países do Golfo Pérsico — especialmente para a Arábia Saudita.

Vale lembrar que o país embarcou em trilhões de dólares em megaprojetos como parte da Visão 2030. A iniciativa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, anunciada em 2017, busca diversificar a economia, afastando-a do petróleo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porém, o país árabe ainda necessita do hidrocarboneto para garantir o capital necessário para avançar os projetos de diversificação da economia. 

Atualmente, o déficit público da Arábia Saudita está em trajetória de crescimento, ao mesmo tempo em que a demanda por petróleo, juntamente com os preços globais da commodity, estão em níveis mais baixos.

A trajetória de queda é intensificada pelo tarifaço de Trump. Nesta manhã, o barril de petróleo estava sendo negociado a US$ 59,52, com queda de 5,25%, por volta das 12 horas (horário de Brasília).

Além de Trump: uma pressão extra no petróleo

Além disso, a OPEP+ colocou uma pressão adicional sobre o preço nos últimos dias. A aliança de produtores de petróleo liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia decidiram acelerar os aumentos planejados na produção de petróleo bruto, impulsionando ainda mais a oferta global e contribuindo para a queda dos preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, a Arábia Saudita precisa de petróleo acima de US$ 90 o barril para equilibrar seu orçamento, estima o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Goldman Sachs reduziu esta semana sua previsão para o preço do petróleo em 2026. O Brent, que é referência internacional, passou para US$ 58, enquanto o petróleo WTI, referência nos EUA, foi para US$ 55.

Até sexta-feira (4), a previsão era de US$ 62 para o Brent e US$ 59 para o WTI em 2026.

“Uma demanda global mais fraca e uma oferta maior adicionam risco de queda à nossa previsão para o Brent em 2025, embora estejamos aguardando maior clareza do mercado antes de fazer qualquer alteração”, disse Malik, do Abu Dhabi Commercial Bank, à CNBC.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A OPEP+ ainda deve aumentar os níveis de produção de petróleo em maio. No entanto, na avaliação de Malik, o grupo deve suspender o plano se os preços do petróleo se mantiverem com preços baixos ou caírem ainda mais. 

“Nossa maior preocupação seria uma queda acentuada e sustentada no preço do petróleo, o que exigiria uma reavaliação dos planos de gastos — governamentais e não orçamentários — incluindo despesas de capital, além de afetar potencialmente a liquidez do setor bancário e a confiança geral”, alertou Malik.

*Com informações da CNBC

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
QUASE LÁ

EUA e China chegaram a um acordo sobre o futuro das operações do TikTok em terras norte-americanas, diz jornal

16 de setembro de 2025 - 19:42

De acordo com o The Wall Street Journal, a rede social ficará sob o controle de um consórcio de investidores e usuários dos EUA teriam uma versão exclusiva do app

VAI TER CONTINUAÇÃO?

O golpista do Tinder está de volta à cadeia — mas ainda não se sabe o porquê

16 de setembro de 2025 - 14:31

Conhecido como o golpista do Tinder, Simon Leviev foi preso nesta terça-feira ao desembarcar de um avião na Geórgia

MAIS UM REVÉS

Não foi dessa vez, Trump: Tribunal de apelação dos EUA nega pedido para demitir Cook às vésperas da reunião do Fed

16 de setembro de 2025 - 10:50

Essa é segunda decisão contrária aos esforços do republicano para demitir a diretora do Fed. Agora, é esperado que o governo Trump recorra

APENAS O PRIMEIRO PASSO

Fed deve começar a cortar os juros nesta semana; o que vem depois e como isso impacta a Selic

16 de setembro de 2025 - 6:19

Investidores começam a recalcular a rota do afrouxamento monetário tanto aqui como nos EUA, com chances de que o corte desta quarta-feira (17) seja o primeiro de uma série

RETALIAÇÃO

Resposta dos EUA à condenação de Bolsonaro deve vir nos próximos dias, anuncia Marco Rubio; veja o que disse secretário de Estado norte-americano

15 de setembro de 2025 - 18:49

O secretário de Estado norte-americano também voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes

GRANDE FINAL CHEGANDO

TikTok vê luz no fim do túnel: acordo de venda do aplicativo nos EUA é confirmado por Trump e por negociador da China

15 de setembro de 2025 - 18:10

Trump também afirmou em sua rede social que vai conversar com o presidente chinês na sexta sobre negociação que deixará os jovens “muito felizes”

TRÊS OU SEIS?

Trump pede que SEC acabe com obrigatoriedade de divulgação trimestral de balanços para as empresas nos EUA

15 de setembro de 2025 - 15:05

Esta não é a primeira vez que o republicano defende o fim do modelo em vigor nos EUA desde 1970, sob os argumentos de flexibilidade e redução de custos

NOBEL DE QUÍMICA

O conselho de um neurocientista ganhador do Nobel para as novas gerações

15 de setembro de 2025 - 11:40

IA em ritmo acelerado: Nobel Demis Hassabis alerta que aprender a aprender será a habilidade crucial do futuro

RELAÇÕES COMERCIAIS

China aperta cerco ao setor de semicondutores dos EUA com duas investigações sobre práticas discriminatórias e de antidumping contra o país

13 de setembro de 2025 - 14:39

As investigações ocorrem após os EUA adicionarem mais 23 empresas sediadas na China à sua lista de entidades consideradas contrárias à segurança norte-americana

NÃO GOSTOU

Trump reage à condenação de Bolsonaro e Marco Rubio promete: “os EUA responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”

11 de setembro de 2025 - 19:44

Tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros tiveram origem no caso contra Bolsonaro e, mais recentemente, a Casa Branca chegou a mencionar o uso da força militar para defender a liberdade de expressão no mundo

SEM INTERNET E SEM CENSURA

Como um projeto de fim de semana do fundador do Twitter se tornou opção em meio ao corte das redes sociais no Nepal

11 de setembro de 2025 - 12:58

Sem internet e sem censura: app criado por Jack Dorsey ganha força nos protestos no Nepal ao permitir comunicação direta entre celulares via Bluetooth

HÁ QUASE UM QUARTO DE SÉCULO

11 de setembro: 24 anos do acontecimento que ‘inaugurou’ o século 21; eis o que você precisa saber sobre o atentado

11 de setembro de 2025 - 7:01

Do impacto humano à transformação geopolítica, os atentados de 11 de setembro completam 24 anos

DE FORA DA FESTA

Bolsa da Argentina despenca, enquanto mercados globais sobem; índice Merval cai 50% em dólar, pior tombo desde 2008

10 de setembro de 2025 - 15:34

Após um rali de mais de 100% em 2024, a bolsa argentina volta a despencar e revive o histórico de crises passadas

ALTA TENSÃO

Novo revés para Trump: tribunal dos EUA mantém Lisa Cook como diretora do Fed em meio à disputa com o republicano

10 de setembro de 2025 - 9:06

Decisão judicial impede tentativa de Trump de destituir a primeira mulher negra a integrar o conselho do Federal Reserve; entenda o confronto

GUERRA DE PALAVRAS

EUA falam em usar poder econômico e militar para defender liberdade de expressão em meio a julgamento de Bolsonaro

9 de setembro de 2025 - 19:30

Porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, afirmou que EUA aplicaram tarifas e sanções contra o Brasil para defender “liberdade de expressão”; mercado teme novas sanções

PESO DE TRUMP

A cidade que sente na pele os efeitos do tarifaço e da política anti-imigrantes de Donald Trump

8 de setembro de 2025 - 16:15

Tarifas de Donald Trump e suas políticas imigratórias impactam diretamente a indústria têxtil nos Estados Unidos, contrastando com a promessa de uma economia pujante

TERREMOTO POLÍTICO

Uma mensagem dura para Milei: o que o resultado da eleição regional diz sobre os rumos da Argentina

8 de setembro de 2025 - 11:34

Apesar de ser um pleito legislativo, a votação serve de termômetro para o que está por vir na corrida eleitoral de 2027

META

Mark Zuckerberg versus Mark Zuckerberg: um curioso caso judicial chega aos tribunais dos EUA

8 de setembro de 2025 - 7:45

Advogado de Indiana acusa a Meta de prejuízos por bloqueios recorrentes em sua página profissional no Facebook; detalhe: ele se chama Mark Zuckerberg

INTERNACIONAL

Depois de duas duras derrotas em poucas semanas, primeiro-ministro do Japão renuncia para evitar mais uma

7 de setembro de 2025 - 9:47

Shigeru Ishiba renunciou ao cargo às vésperas de completar um ano na posição de chefe de governo do Japão

ELEIÇÕES HERMANAS

Em meio a ‘tempestade perfeita’, uma eleição regional testa a popularidade de Javier Milei entre os argentinos

7 de setembro de 2025 - 8:08

Eleitores da província de Buenos Aires vão às urnas em momento no qual Milei sofre duras derrotas políticas e atravessa escândalo de corrupção envolvendo diretamente sua própria irmã

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar