Nem a China vai conseguir parar os EUA: bancão de Wall Street revê previsão de recessão após trégua de Trump nas tarifas
Goldman Sachs volta atrás na previsão para a maior economia do mundo depois que o presidente norte-americano deu um alívio aos países que não retaliaram os EUA

A trégua de 90 dias anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, nas tarifas desta quarta-feira (9) — com exceção da China — fez o primeiro banco de Wall Street rever as previsões de recessão para a economia dos EUA.
Até o início da tarde de hoje, o Goldman Sachs considerava uma recessão nos EUA por conta das novas tarifas recíprocas. Com a pausa na taxação, o banco decidiu voltar atrás.
"Agora, estamos retornando à nossa previsão anterior de linha de base sem recessão [nos EUA]", diz o time de economistas liderado por Jan Hatzius.
Nos cálculos do Goldman, a probabilidade de recessão nos EUA agora é de 45%.
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Outras previsões para os EUA
Na nova previsão do banco, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve crescer 0,5% ao fim do quarto trimestre deste ano ante queda de 1% da previsão divulgada anteriormente.
O Goldman prevê ainda uma aceleração na inflação medida pelo índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) — a medida preferida do Federal Reserve (Fed) — de 3,5%. Em fevereiro, o PCE alcançou 2,5% — acima da meta do banco central de 2%.
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O banco também espera três cortes consecutivos de juros de 0,25 ponto porcentual (pp): em junho, julho e setembro.
Com o alívio nas tarifas, cresceu a aposta do mercado em um corte de juros de pp neste ano, começando em junho, de acordo com dados compilados pelo CME Group.
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A trégua nas tarifas de Trump
Trump provocou um alvoroço nos mercados nesta quarta-feira (9) depois de anunciar um aumento da tarifa à China de 104% para 125%. Em compensação, para países que não retaliaram os EUA, vigorará por 90 dias a tarifa mínima de 10%. As alíquotas recíprocas entrariam em vigor nesta quarta-feira.
Wall Street disparou no terceiro maior rali da história no mercado norte-americano desde a segunda grande guerra, com as big techs liderando os ganhos da bolsa de Nova York — a Tesla subiu mais de 20% hoje.
Por aqui, o Ibovespa também subiu forte, terminando o dia com alta de mais de 3%, enquanto o dólar no mercado à vista voltou a ser cotado abaixo de R$ 6.
No início do dia, as bolsas afundaram mundo afora, pressionadas pela retaliação da China aos EUA. Pequim anunciou o aumento da tarifa sobre produtos norte-americanos importados de 34% para 84%.
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