E agora, Trump? Homem forte do governo americano admite que a economia dos EUA está perdendo a força
As tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano estão levando o mercado a temer pelo futuro da economia dos Estados Unidos — e já tem alerta vindo também de grandes fundos de hedge e do banco central

Quando Donald Trump disse que concorreria de novo à Casa Branca, o mercado celebrou — afinal, o republicano é conhecido por implementar políticas que favorecem os negócios e, por consequência, a bolsa. Mas a lua de mel entre o presidente norte-americano e os investidores parece estar chegando ao fim.
As tarifas anunciadas por Trump estão levando o mercado a temer pelo futuro da economia dos Estados Unidos. Na semana que passou, um dos maiores fundos de hedge do mundo — o Bridgewater — do bilionário Ray Dalio — alertou que as políticas do republicano atacam os principais fundamentos que sustentam a economia norte-americana.
Logo depois, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, admitiu que o banco central olha além das tarifas e do potencial inflacionário da política de Trump — mostrando-se temoroso com relação aos potenciais efeitos sobre o crescimento dos Estados Unidos.
Agora é a vez do homem forte do governo Trump fazer um alerta. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, reconheceu alguns sinais de fraqueza na economia dos EUA.
"Poderíamos estar vendo que essa economia que herdamos está começando a enfraquecer um pouco? Claro. E veja, haverá um ajuste natural à medida que nos afastamos dos gastos públicos para os gastos privados", disse Bessent em entrevista ao programa "Squawk Box" da CNBC.
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A culpa não é de Trump
Embora tenha admitido a perda de força da economia norte-americana, Bessent não atribuiu a culpa às medidas que Trump já começou a adotar.
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"O mercado e a economia acabaram ficando viciados. Ficamos viciados nesses gastos do governo, e haverá um período de desintoxicação", afirmou.
Sem citar o nome de Joe Biden, Bessent disse que essa foi uma condição herdada pela atual administração.
Sob Biden, os EUA tiveram um crescimento econômico forte, de maneira geral. No entanto, houve sinais de desaceleração no final de 2024, e a inflação permaneceu acima da meta de 2% do Federal Reserve.
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Sem dados sobre Trump… por enquanto
Nas primeiras semanas de governo, Trump adotou medidas para reformular as políticas de comércio global e reduzir a força de trabalho federal.
Até o momento, no entanto, não há muitos dados econômicos concretos refletindo o mandato de Trump, embora pesquisas com consumidores tenham mostrado um declínio na confiança.
Na sexta-feira (7), o relatório de empregos de fevereiro mostrou que o desemprego subiu de 4,0% para 4,1% e que a economia norte-americana adicionou 151.000 empregos no mês, abaixo dos 170.000 projetados pelos economistas. Você pode conferir os detalhes do relatório conhecido como payroll aqui.
Segundo Bessent, o governo “não está recebendo muito crédito” por áreas nas quais os custos caíram desde a posse de Trump, como os preços do petróleo e as taxas de hipotecas.
*Com informações da CNBC
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