Bilionários indicados para o governo Trump possuem, juntos, uma fortuna de R$ 382,2 bilhões – mais do que o PIB de 172 países. Saiba quem são
Com exceção de Musk e Ramaswamy, demais indicações de Trump terão de ser confirmadas pelo Senado americano antes de se tornar oficial

Donald Trump, que toma posse hoje novamente como presidente dos Estados Unidos, se candidatou e foi eleito com a ideia de que iria resgatar, lutar e proteger a classe média americana. No entanto, escolheu bilionários para ajudar a moldar seu futuro governo.
Até agora, 8 dessas pessoas super ricas (nove, contando com o próprio Trump) estão na lista de indicados pelo governo, incluindo o CEO da Tesla, Elon Musk, o empresário e político Vivek Ramaswamy, o governador da Dakota do Norte, Doug Burgum e o banqueiro de investimentos Warren Stephens.
Com exceção de Musk e Ramaswamy, escolhidos pelo órgão consultivo chamado Departamento de Eficiência Governamental, criado pelo novo governo, o grupo precisará ser confirmado pelo Senado antes de se tornar oficial.
Mas dá pra se ter ideia do tamanho e fortaleça que juntos eles representam em termos de poder por meio de suas fortunas. O patrimônio de todos eles somado daria estimados US$ 382,2 bilhões, de acordo com dados da Forbes, o equivalente a mais do que o PIB de 172 países diferentes.
O número, claro, é uma estimativa e baseado no que foi oficialmente declarado, ou seja, pode ser ainda maior. Sem contar que uma pessoa desta lista não tem um valor estimado de patrimônio, o que contribuiria para a riqueza total ser ainda maior quando somada.
A seguir listamos quem são esses bilionários e de onde vem a fortuna de cada um.
Leia Também
Donald Trump
Fortuna: US$ 6,2 bilhões
Começando pelo óbvio, Trump é um bilionário oriundo do mercado imobiliário, com uma fortuna que inclui prédios residenciais e comerciais, hotéis e campos de golfe no mundo todo, como Trump Tower, em Nova York.
Além de investimentos em uma moeda digital própria, tem uma participação de US$ 3,5 bilhões na própria rede social, Trump Media & Technology Group.
Elon Musk
Fortuna: US$ 363,3 bilhões
O homem mais rico do mundo foi escolhido por Trump para liderar o Departamento de Eficiência Governamental, um grupo consultivo externo que será criado por Trump para auxiliá-lo nas decisões. Ainda não se sabe ao certo como essa nova comissão vai funcionar, se os participantes terão equipes, qual o peso dos conselhos. Mas é certo que Musk e Ramaswamy farão parte dela e Musk prometeu que ela "enviará ondas de choque pelo sistema e por qualquer pessoa envolvida em desperdício do governo".
O bilionário já disse acreditar que pode cortar US$ 2 trilhões do orçamento de US$ 6,75 trilhões do país. “Temos que reduzir gastos para viver dentro de nossas possibilidades”, ele disse. “E, você sabe, isso necessariamente envolve algumas dificuldades temporárias, mas garantirá prosperidade a longo prazo.”
Warren Stephens
Fortuna: US$ 3,4 bilhões
Stephens é presidente, chairman e CEO da Stephens Inc, um banco de investimentos fundado por seu tio Witt, em 1933, controlada anos depois por seu pai, Jackson, e herdada por ele. A companhia financiou a oferta pública do Walmart, em 1970, e os fundadores investiram os ganhos em capital privado.
Linda McMahon
Fortuna: US$ 3 bilhões
Em sua campanha, Trump falou repetidamente sobre dissolver o departamento federal de educação e, em vez disso, deixar as decisões educacionais para os estados individuais. Para a missão ele escolheu a bilionária Linda McMahon, que doou US$ 6 milhões para a primeira campanha presidencial do empresário, atuou no primeiro governo Trump e atualmente trabalha como copresidente da equipe de transição de Trump.
Linda McMahon nasceu em New Bern, Carolina do Norte, uma pequena cidade costeira conhecida como o berço da Pepsi. Seus pais trabalhavam em uma base militar local, e sua conexão com a família McMahon começou cedo. Aos 13 anos, conheceu Vince McMahon, o homem que se tornaria seu marido quatro anos depois e com quem ela construiu construiu o WWE - World Wrestling Entertainment, um império de entretenimento.
Jared Isaacman
Fortuna: US$ 1,7 bilhão
Trump nomeou Isaacman, CEO e fundador de uma empresa de processamento de cartão de crédito, para liderar a NASA.
Isaacman tem colaborado com Musk desde que ele comprou uma série de voos espaciais da SpaceX de Musk e em setembro conduziu a primeira caminhada espacial privada, lançando sua cápsula orbital SpaceX.
Ele também foi cofundador da Draken International, uma empresa aeroespacial de defesa.
Howard Lutnick
Fortuna: US$ 1,5 bilhão
O banqueiro e bilionário Howard Lutnick, CEO do banco de investimentos Cantor Fitzgerald, foi escolhido como Secretário de Comércio para o novo governo e atua como copresidente da equipe de transição de Trump.
Ele é favorável à proposta do novo presidente à imposição de tarifas de 10% a 20% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, e de 60% a 100% sobre os que vêm da China.
Ele terá “responsabilidade direta adicional sobre o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos”, informou Trump em comunicado. Lutnick “vai liderar nossas políticas comerciais e aduaneiras”, acrescentou.
Vivek Ramaswamy
Fortuna: US$ 1 bilhão
Ramaswamy dirige a Roivant Sciences, uma holding de biotecnologia com uma estratégia, e realizou o maior IPO da história da biotecnologia dos EUA no ano passado ao listar ações da Axovant, uma empresa que está tentando desenvolver um novo medicamento para Alzheimer.
Ele foi escolhido para ser co-líder, ao lado de Musk, do Departamento de Eficiência Governamental, sendo que os dois concordam muito com a linha de “cortar custos”. O bilionário ganhou destaque também como um dos candidatos presidenciais republicanos, mas desistiu para apoiar o ex-presidente, agora eleito.
Steven Witkoff
Fortuna: US$ 1 bilhão
Investidor imobiliário da Flórida e parceiro de golfe de Trump, Witkoff é presidente e CEO do Witkoff Group, uma imobiliária com condomínios de luxo, escritórios e hotéis em todo o país.
Também será copresidente do comitê inaugural de Trump, junto com a senadora da Geórgia Kelly Loeffler.
“Steve é um Líder Altamente Respeitado em Negócios e Filantropia, que tornou cada projeto e comunidade com os quais se envolveu mais forte e mais próspero. Steve será uma Voz implacável pela PAZ, e nos deixará orgulhosos”, disse Trump em uma declaração.
Doug Burgum
Fortuna: US$ 1,1 bilhão
Atual governador republicano da Dakota do Norte e ex-executivo da Great Plains Software, Burgum foi escolhido para chefiar o Departamento do Interior, responsável por administrar terras federais e recursos naturais. O Bureau of Land Management e o National Parks Service ficariam sob sua liderança.
Durante a campanha, Trump disse que “perfurar, perfurar, perfurar” era uma de suas promessas, porque acredita que é preciso aumentar controlar a inflação com a perfuração de petróleo e gás e reverter as regulamentações de energia limpa. Parte dessa missão estará nas mãos de Burgum.
Scott Bessent
Fortuna: Indeterminada
Como secretário do Tesouro, um dos cargos mais cobiçados do governo, Trump indicou o gestor financeiro Scott Bessent, cuja fortuna bilionária não é estimada pela Forbes.
Ele atuou como consultor econômico de Trump na campanha eleitoral e é o fundador do fundo de hedge Key Square Capital Management. Trabalhou na Soros Fund Management, fundo de hedge criada por outro bilionário (esse democrata) George Soros.
Como secretário do Tesouro, Bessent seria responsável por aconselhar Trump sobre política financeira, econômica e tributária doméstica e internacional.
Será que deu ruim? Titãs de Wall Street passam por teste de estresse; confira se algum dos grandes bancos EUA foi reprovado
A avaliação considerou uma recessão global severa, com desemprego em 10% e queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) real de 7,8%
A guerra dos EUA com a China acabou? O sinal de Trump que pode colocar fim à disputa entre as duas maiores economias do mundo
Um ponto crucial para as tarifas serem suspensas teria sido acordado nesta semana, segundo fontes da Casa Branca
A guerra acabou, decreta Trump sobre Israel e Irã — mas nem ele mesmo tem certeza disso
Presidente norte-americano deu declarações conflituosas sobre o status do conflito entre os dois inimigos no Oriente Médio, que mantêm um cessar-fogo frágil
Trump dá aval para Powell subir juros, mas impõe uma condição para isso acontecer nos EUA
O presidente do banco central norte-americano participou do segundo dia de depoimentos semestrais no Congresso; já o republicano usou os holofotes da Otan para falar da política monetária norte-americana
A Europa corre perigo? Otan sobe meta de gastos para 5% em mudança histórica e Trump manda recado duro para um membro
A medida mais decisiva da aliança em mais de uma década ocorre em meio à escalada de tensões no Oriente Médio e ao conflito entre Ucrânia e Rússia — mas um país europeu ainda resiste
Trump falhou: peças centrais do programa nuclear do Irã seguem intactas, diz inteligência dos EUA
Enquanto a Casa Branca nega as informações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete atacar novamente se Teerã retomar seu programa nuclear
Após cessar-fogo entre Irã e Israel, Donald Trump é indicado ao Nobel da Paz (de novo)
Mais que prestígio, a indicação ao prêmio entra no jogo político da Casa Branca — e no xadrez internacional
Israel e Irã podem mexer com a política de juros nos EUA? Powell responde
O presidente do Federal Reserve presta depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e fala dos reflexos da instabilidade no Oriente Médio nas decisões do banco central norte-americano
Powell diz o que pensa na guerra pelo corte de juros após ser chamado de burro por Trump
O presidente do Federal Reserve presta depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e fala o que vai acontecer com os juros, o que pensa sobre as tarifas e sobre a guerra entre Israel e Irã
A guerra não acabou: Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e Irã — mas tem o maior dos desafios pela frente
Mais cedo, Teerã respondeu à ofensiva norte-americana contra instalações nucleares com um ataque com mísseis à Base Aérea de Al Udeid, no Catar
Brasil na guerra: governo se posiciona sobre ataque dos EUA ao Irã; veja o que diz o Itamaraty
Ministério das Relações Exteriores emite nota oficial sobre a escalada do conflito no Oriente Médio; mais cedo o ex-chanceler e agora assessor especial Celso Amorim havia se manifestado sobre os confrontos
Empresas começam a suspender atividades com escalada da guerra entre Israel e Irã
Do setor marítimo ao setor aéreo, as primeiras companhias começam a anunciar uma paralisação temporária das operações na esteira dos ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas
Apagando fogo com gasolina: a oferta da Rússia ao Irã que pode desencadear uma guerra nuclear
Um dos homens fortes do governo de Putin questiona sucesso do ofensiva norte-americana, que atacou três instalações nucleares iranianas, afirmando que uma futura produção de armas atômicas segue sobre a mesa
O Estreito de Ormuz na berlinda: Irã se prepara para fechar a passagem marítima mais importante do mundo
Embora tenha ameaçado diversas vezes, o governo iraniano nunca fechou, de fato, a via, mas, agora, o parlamento começa a dar passos nessa direção
Da China a Europa: a reação internacional ao ataque dos EUA às instalações nucleares do Irã
Na noite de sábado (21), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma operação classificada por ele como bem-sucedida contra três usinas nucleares iranianas
Consequências perpétuas: a resposta do Irã ao envolvimento direto dos EUA na guerra de Israel
Enquanto não toma uma decisão mais dura, Teerã lança a 20ª onda de ataques com mísseis e drones contra alvos militares israelenses
Uma declaração de guerra? Ou haverá paz ou haverá tragédia, diz Trump em pronunciamento após ataques ao Irã
O presidente norte-americano falou pela primeira vez à televisão pouco mais de uma hora depois de anunciar uma ofensiva contra três instalações nucleares iranianas; o primeiro-ministro de Israel também discursa
EUA entram na guerra de Israel contra o Irã: o que está em jogo após o ataque histórico com aval de Trump
O presidente norte-americano anunciou neste sábado (21) uma ofensiva contra instalações nucleares, incluindo Fordow — uma usina que fica em uma região montanhosa e a 90 metros de profundidade
Israel ataca 5ª instalação nuclear do Irã e tensão aumenta entre países
Não foram detectados vazamentos radioativos, mas agência da ONU alerta para os riscos
Motosserra segue ativa: Milei quer mais corte de gastos na Argentina para atingir uma meta pessoal
O presidente fechou um acordo com o FMI para conseguir um empréstimo, mas estabeleceu um objetivo próprio para o país em 2025