Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Poucos dias após a Casas Bahia (BHIA3) propor uma mudança de estatuto para se defender de eventuais ofertas “hostis e oportunistas”, um dos acionistas de referência da varejista, Michael Klein, comunicou que pretende assumir outra vez o comando, agora no conselho de administração.
Filho do fundador das Casas Bahia, o empresário pediu a convocação de uma assembleia geral de acionistas (AGE) para propor sua volta como presidente do conselho (chairman).
Vale lembrar que Klein deixou o conselho em 2020, quando a varejista ainda operava sob o nome Via Varejo. Na época, ele foi substituído pelo filho Raphael Klein na presidência do colegiado.
- VEJA TAMBÉM: Mesmo com a Selic a 14,25% ao ano, esta carteira de 5 ações já rendeu 17,7% em 2025
Procurada pelo Seu Dinheiro, a empresa afirmou que a proposta de pílula de veneno não tem relação com a movimentação de Klein, mas sim "se trata de um tema relacionado à composição do conselho de administração, prerrogativa dos acionistas, conforme previsto na legislação e nas melhores práticas de governança corporativa".
"O assunto não tem qualquer impacto na gestão executiva ou na condução do Plano de Transformação da companhia, que segue em plena execução, com foco em disciplina financeira, eficiência operacional e crescimento sustentável", escreveu, em nota.
As ações da Casas Bahia (BHIA3) operam em forte alta nesta terça-feira (1). Por volta das 11h35, os papéis subiam 7,12%, negociados a R$ 9,63. No acumulado de um mês, a varejista já acumula valorização da ordem de 250%.
Leia Também
As mudanças propostas por Michael Klein
Entre as propostas de Michael Klein, está a destituição de dois membros atuais do conselho da Casas Bahia (BHIA3).
São eles Renato Carvalho do Nascimento, o atual presidente do colegiado, e Rogério Paulo Calderón Peres, que ocupa a posição de conselheiro independente da varejista.
O empresário também colocou em discussão a eleição de Luiz Carlos Nannini como membro independente do conselho. Nannini hoje atua como membro de comitês de auditoria de empresas como Santander, Grupo Aegea, Eucatex e Grupo Fleury.
Nessa estrutura, o conselho de administração da Casas Bahia permaneceria com a mesma estrutura, composto por cinco membros, sendo dois independentes, com mandato unificado de dois anos.
De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o pedido de substituição parcial de membros do conselho consiste em “mero exercício do direito dos acionistas MK, de propor mudanças na administração da companhia”.
O grupo “acionistas MK” descreve a participação do empresário na companhia. Junto à CB Autos Participações e ao fundo de investimento TWINSF, Klein detém cerca de 9,49% do capital social total da Casas Bahia.
Segundo fontes informaram ao Pipeline, Klein esteve por trás de parte da ala compradora das ações BHIA3 no mercado na última semana, adquirindo cerca de 1% de participação adicional na varejista. O empresário também teria conversado com outros acionistas, para somar cerca de 30% em votos.
Segundo a carta enviada à Casas Bahia, Klein acredita que as mudanças propostas, se aprovadas, “abrirão espaço para que sejam dadas novas, relevantes e valiosas contribuições para o planejamento estratégico da companhia, em busca da retomada da rota de crescimento de seus negócios e geração de valor aos seus acionistas”.
Ao mesmo tempo, como a proposta prevê a preservação de parte da atual gestão, garantiria “a continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos meses, sem causar movimentos disruptivos”.
O Grupo Casas Bahia afirma que o pedido está em análise pelos seus órgãos competentes e, uma vez cumpridos os requisitos aplicáveis, a companhia convocará a AGE, dentro do prazo legal.
A pílula de veneno da Casas Bahia (BHIA3)
Em meio à disparada das ações na bolsa brasileira em março, a Casas Bahia (BHIA3) propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill (pílula de veneno).
O mecanismo obriga o lançamento de oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações dos minoritários sempre que um investidor adquirir uma participação igual ou superior a 20% dos papéis BHIA3 emitidos.
A proposta deve ser discutida na assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para 30 de abril.
As mudanças de estatuto também entraram em discussão apenas alguns dias depois de o investidor Rafael Ferri, muito conhecido dos pequenos investidores da bolsa nas redes sociais, atingir uma participação de cerca de 5% na varejista.
Segundo a Casas Bahia (BHIA3), as mudanças propostas visam à “proteção da dispersão acionária e ao aprimoramento da governança corporativa da companhia, bem como à geração de valor a seus acionistas”.
Vale lembrar que a varejista é hoje uma “true corporation”, com capital pulverizado na bolsa e sem um acionista controlador. Atualmente, cerca de 75% dos papéis BHIA3 são negociados livremente na bolsa (free float).
A administração afirma que o novo mecanismo protegeria a governança “ao dificultar movimentos hostis e oportunistas de tomada de controle da companhia”, estimulando que qualquer tentativa de compra de controle seja oferecida a todos os acionistas “de forma equânime e com o pagamento do preço justo”.
*Com informações do Pipeline e do Money Times.
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
