Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo
O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora

A quarta-feira (16) foi difícil para a Vale (VALE3). Depois de figurarem entre as maiores perdas do Ibovespa, as ações da mineradora encerraram o dia com uma queda de 2,32%, cotadas a R$ 52,56. As perdas foram reflexo a recepção negativa dos investidores ao relatório de produção do primeiro trimestre de 2025. Mas o pior ainda estava por vir.
No início da noite, o BB BI divulgou um relatório no qual deixa de recomendar a compra das ações da Vale. A nova indicação do banco de investimentos para os papéis é neutra.
O preço-alvo também não passou batido: caiu de R$ 74 para R$ 65, o que representa agora um potencial de valorização de 23,7% com relação ao fechamento de hoje.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Na avaliação do braço de investimentos do Banco do Brasil, pesou na mudança de recomendação a falta de visibilidade de diversas variáveis que impactam significativamente o setor, em especial a guerra tarifária entre Estados Unidos e China.
Sobre o relatório operacional da mineradora, que trouxe uma queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano, o BB BI diz que o desempenho mais fraco já era esperado por conta das chuvas no Sistema Norte.
"O recuo já era esperado, mas os volumes de produção vieram ainda abaixo de nossas estimativas", diz a analista Mary Silva.
Leia Também
Você pode conferir todos os detalhes da produção e das vendas da Vale no primeiro trimestre aqui.
Vale: o que fazer com a ação agora?
O BB BI foi o único a mudar a recomendação para Vale na esteira da divulgação do relatório de produção de vendas do primeiro trimestre. No entanto, não está sozinho na indicação neutra para os papéis da mineradora.
A XP manteve a recomendação neutra hoje. "Reiteramos nossa recomendação neutra para Vale com upside [potencial de valorização] limitado, embora vejamos uma assimetria positiva para as ações aos preços atuais do papel", diz a corretora.
Outros grandes bancos, no entanto, ainda preferem a compra das ações da Vale.
O Goldman Sachs, por exemplo, seguiu com a indicação de compra e preço-alvo de US$ 16,10 para os ADRs da Vale, o que representa um potencial de valorização de 79% em relação ao fechamento de hoje em Nova York.
“Reconhecemos que as incertezas macro podem limitar reavaliações por enquanto, mas consideramos a precificação da Vale atraente e vemos desvantagens limitadas a partir daqui”, dizem os analistas.
O Citi também manteve a recomendação de compra para os ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 12, o que significa um potencial de alta de 33,3% sobre o fechamento de hoje.
- VEJA MAIS: Como declarar os seus investimentos? Guia gratuito do Seu Dinheiro ensina como acertar as contas com o Leão
Na mesma linha, o Itaú BBA, tem recomendação outperform (equivalente a compra) para a Vale, com preço-alvo de US$ 13 para os ADRs da empresa, o que representa um potencial de valorização de 44,4%.
O Santander também seguiu recomendando a compra dos ADRS, com preço-alvo de US$ 15, um potencial de alta de 66,6%. Para as ações VALE3 negociadas na B3, o preço-alvo é de R$ 75, um upside de 42,7% sobre o fechamento de hoje.
Ruy Hungria, analista da Empiricus, diz que por 3,5x valor da firma/Ebitda e um dividend yield [retorno de dividendos] esperado de quase 9%, a Vale segue no portfólio da série Vacas Leiteiras da casa.
Yduqs (YDUQ3) troca CEO e ações despencam na B3 — entenda o que pressiona os papéis e o que pode vir pela frente com a troca no comando
Rossano Marques Leandro assume a presidência e conta sete anos de experiência na Yduqs, onde foi diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores
Sabesp capta US$ 500 milhões em ‘blue bonds’ e marca volta ao mercado internacional após 15 anos
Emissão inédita na América Latina atrai investidores internacionais
Tanure cogita dividir comando da Braskem (BRKM5) com a Petrobras (PETR4), diz portal
Empresário pretende se dedicar à frente econômica de reestruturação das dívidas da petroquímica
WEG (WEGE3) reage ao tarifaço de Trump e estuda redirecionar exportações para fugir do prejuízo
Com risco real de tarifa de 50% a partir de 1º de agosto, companhia vê no México e na Índia alternativa para manter competitividade nos EUA
Azul (AZUL4) avança na reestruturação e garante financiamento de US$ 1,6 bilhão nos EUA
Aprovado pela Justiça americana, crédito deve reforçar o caixa da aérea, que também selou acordo bilionário com a principal credora de aviões
Brava Energia (BRAV3): acionistas se juntam e formam bloco de controle após retirada da poison pill
O acordo entre as partes, que detêm cerca de 20,82% do capital da companhia, prevê o compromisso de votar em conjunto em assembleias
Citi corta recomendação da PetroRecôncavo (RECV3) e ações caem 1%; entenda o motivo por trás da decisão do banco
O Citi também reduziu o preço-alvo de R$ 18 para R$ 15 por ação em função da expectativa de produção estável ao longo de 2025
BRB terá que rever (de novo) a fatia adquirida do Banco Master: Banco Central pede nova análise para garantir viabilidade econômica
Revisão das informações sobre os ativos a serem adquiridos envolve dados financeiros, valor dos ativos e garantias, como a cobertura do FGC
O iPhone como não se via há muito tempo: Apple lança versão beta do iOS 26 na maior reformulação em 10 anos
Disponível para os modelos mais novos de iPhone, essa versão permitirá que os usuários experimentem os recursos que serão lançados, oficialmente, no segundo semestre
Fortuna de Musk encolhe US$ 12 bilhões com queda das ações da Tesla (TSLA34) após balanço
Fim dos incentivos fiscais para compra de veículos elétricos tira valor da montadora, afasta investidores e acende alerta para o futuro da companhia
A “taxa das blusinhas” vai acabar? Isenção para compras abaixo de US$ 50 na Shein e na Shopee volta a rondar o mercado
BTG Pactual e Itaú BBA analisam o impacto de uma possível revogação da tarifa de 20% sobre compras abaixo de US$ 50 no exterior — a possibilidade está sendo aventada pelo governo como um aceno à China e em resposta a Trump
Após fechar capital na B3, controlador francês do Carrefour Brasil avalia refinanciar dívida bilionária
A CSA estuda possíveis alternativas para a negociação de R$ 9,7 bilhões em débitos no país
Raízen (RAIZ4) vende 55 usinas de geração de energia por R$ 600 milhões e encerra joint venture; entenda a operação
A companhia receberá os valores da venda à medida que as usinas forem transferidas para os compradores
Chegou aí? Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) afirmam não ter recebido proposta do iFood pela Alelo
Segundo informações da imprensa, o iFood estaria em vias de fechar negócio de R$ 5 bilhões pela Alelo, mas bancões negam
Petrobras (PETR4) não aceita ficar de fora das negociações de Nelson Tanure sobre o controle da Braskem (BRKM5) — e vai ao Cade questionar
Uma das maiores acionistas da petroquímica, a Petrobras recorreu ao Cade para garantir sua participação ativa nas negociações, segundo informações do InvestNews
Em recuperação judicial, Azul (AZUL4) informa resultados financeiros de junho, com receita de R$ 1,64 bilhão
Os dados fazem parte do relatório mensal para a Justiça dos EUA, uma das condições exigidas para o processo de reestruturação
Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) ou Iguatemi (IGTI11): shoppings devem crescer no segundo trimestre, mas só uma empresa se destaca no lucro, diz XP
Operadoras devem registrar bom desempenho operacional, mas apenas uma dribla os juros altos e entrega avanço no lucro por ação
Ações da Tesla e da Alphabet caem 1% após balanço; entenda por que os investidores torceram o nariz para as duas magníficas
Os motivos para a queda dos papéis no after hours em Nova York não foi o mesmo — uma não atingiu expectativas e outras gerou preocupação com uma nova orientação
Marfrig (MRFG3) denuncia Minerva (BEEF3) no Cade em meio à corrida pela BRF (BRFS3); saiba o que motiva o embate
A ofensiva é uma resposta ao recurso da Minerva, que tenta barrar a criação da MBRF Global Foods por suposto risco à concorrência
Qual o verdadeiro potencial da união entre Rede D’Or (RDOR3) e Fleury (FLRY3) — e o que pode dar errado? UBS BB traça as previsões
Para os analistas, a união dos dois players de saúde poderia desbloquear sinergias significativas, mas ainda há pontas soltas a serem resolvidas