“Estamos falando de uma transformação profunda”, diz o CEO da Vale (VALE3) sobre investimento de R$ 67 bilhões. A mineradora vai mudar?
Os recursos bilionários serão destinados à retomada da operação de Capanema, em Ouro Preto, que estava paralisada há 22 anos, e estão inseridos em um projeto bem maior da companhia
Quem olha para as ações da Vale nesta quinta-feira (4) não vê o tamanho do investimento que foi anunciado hoje pela mineradora. Os papéis VALE3 tinham uma alta tímida, de 0,23%, por volta de 14h30 — bem longe de refletir o aporte de R$ 67 bilhões anunciado pela companhia em Minas Gerais para os próximos cinco anos.
"Estamos falando de uma profunda transformação que será — na verdade, já está sendo — provocada com esses investimentos", disse o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, ao comentar sobre o aporte.
Os recursos bilionários serão destinados à retomada da operação de Capanema, em Ouro Preto, que estava paralisada há 22 anos. A mina recebeu investimentos de R$ 5,2 bilhões e deverá adicionar 15 milhões de toneladas por ano à produção de minério de ferro da Vale. Se esse número se confirmar, deve contribuir para a companhia atingir o guidance de 340 a 360 milhões de toneladas em 2026.
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Investimento no centro da transformação da Vale
Minas Gerais está no centro de uma enorme transformação da mineração, e o objetivo da Vale é consolidar o estado e o Brasil como referência no setor, segundo Pimenta.
"É uma mineração que aprendeu com as lições do passado e tem um compromisso inabalável com a segurança. Jamais esqueceremos Mariana e Brumadinho, que estão na base de uma profunda transformação da Vale nos últimos anos", disse o CEO.
Ele reforçou que hoje, cerca de 70% da produção da companhia já é realizada a seco, sem utilização de barragem e destacou que a Vale segue com o compromisso de eliminar todas as estruturas construídas pelo método a montante.
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"Já concluímos quase 60% deste programa, com investimentos de cerca de R$ 12 bilhões ao longo dos últimos anos", afirmou.
Os investimentos em Minas Gerais integram o plano “Visão Vale 2030” e a maior parte será destinada a iniciativas semelhantes ao projeto de Capanema, cujo objetivo é ampliar a filtragem e o empilhamento a seco do rejeito — a meta da mineradora é reduzir de 30% para 20% o uso de barragens nas operações no estado.
No primeiro semestre de 2025, a Vale produziu cerca de 9 milhões de toneladas a partir desses programas, um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2024. A companhia considera que há potencial para alcançar 10% de sua produção total por meio dessas fontes até 2030, com Minas Gerais respondendo por cerca de 80% desse volume.
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O desastre não foi esquecido
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve presente na cerimônia da reinauguração da mina de Capanema e fez questão de lembrar que a Vale está pagando a maior multa indenizatória da história, fazendo referência ao acordo de R$ 170 bilhões que foi fechado em 2024 com a mineradora por conta do desastre de Mariana.
O acordo envolve a Vale, a BHP e a Samarco, joint venture entre as duas gigantes e dona da barragem que colapsou em 2019, provocando a morte de 19 pessoas e um tragédia ambiental sem precedentes.
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