🔴 IA CASH: AÇÕES DE COMPUTAÇÃO QUÂNTICA COM MAIOR POTENCIAL JÁ COMEÇARAM A SUBIR-  SAIBA MAIS

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

BALANÇO DOS BALANÇOS

Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar 

Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses

Camille Lima
Camille Lima
19 de agosto de 2025
7:03 - atualizado às 10:22
ações bancos banco do brasil bbas3 bradesco bbdc4 itaú itub4 santander sanb11
Imagem: Divulgação / Montagem: Bruna Martins

Agora que a temporada de balanços dos grandes bancos chegou ao fim e os investidores podem, enfim, respirar, é hora de olhar para trás e assimilar o que aconteceu — e entender quem foram os vencedores e perdedores da safra do segundo trimestre (2T25).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tido como um dos grandes perdedores da temporada, o Banco do Brasil (BBAS3) foi o único entre os grandes bancos a registrar uma queda robusta tanto em lucratividade quanto em rentabilidade — e a administração já revelou que o investidor pode se decepcionar outra vez nos próximos meses.

De volta aos balanços dos outros bancos, quem mais se aproximou dos patamares — e do mal-estar causado ao mercado — do BB foi o Santander (SANB11), que também enfrentou pressões no trimestre devido ao aumento das provisões e margens mais comprimidas.

No extremo oposto, o Itaú Unibanco (ITUB4) elevou a régua outra vez com uma sequência de números fortes entre abril e junho, com direito a um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) superior a 23%. 

O Bradesco (BBDC4) também esteve em bons termos com o mercado após o resultado, com avanço na recomposição da rentabilidade, mas ainda aquém dos patamares dos pares privados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confira os principais resultados dos grandes bancos no 2T25:

EmpresaLucro líquido (% a/a)Rentabilidade/ROE - (% a/a)
Santander Brasil (SANB11)R$ 3,659 bilhões (+9,8%) 16,4% (+0,8 p.p.)
Banco Bradesco (BBDC4)R$ 6,067 bilhões (+28,6%)14,6% (+3,2 p.p.)
Itaú Unibanco (ITUB4)R$ 11,5 bilhões (+14,3%)23,3% (+0,9 p.p.)
Banco do Brasil (BBAS3)R$ 3,784 bilhões (-60,2%) 8,4% (-13 p.p)
Fonte: Balanços enviados à CVM.
*Dados do Nubank em base neutra de câmbio.

Banco do Brasil (BBDC4): do you get déjà vú?

Antes fosse déjà vù, mas não é. De novo, o Banco do Brasil (BBAS3) frustrou as expectativas já baixas com o balanço fraco no segundo trimestre, com direito a tombo no lucro e à rentabilidade (ROE) mais baixa em décadas, além de um corte no payout de dividendos.

Leia Também

Como das últimas vezes, os resultados mais fracos foram reflexo de uma grande pressão vinda da inadimplência e das provisões da carteira do agronegócio. 

Porém, nesta safra, houve também outros “vilões”: a inadimplência no portfólio corporativo, especialmente micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), e a leve alta dos atrasos na carteira de pessoa física.

Depois do tombo no resultado, os diretores do Banco do Brasil já sinalizaram que o banco será mais conservador nas concessões de crédito daqui para frente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Acontece que a CEO Tarciana Medeiros alertou para uma nova decepção, com um resultado mais estressado no terceiro trimestre devido ao vencimento de operações do agronegócio em julho, agosto e setembro.

Segundo Medeiros, o BB deve começar a dar sinais de melhora a partir do quarto trimestre, para trabalhar na retomada do crescimento da rentabilidade a partir de 2026.

Porém, o diretor financeiro (CFO), Geovanne Tobias, já foi direto e disse para os investidores não esperarem uma rentabilidade perto do que o banco entregava em 2024. Segundo ele, este ano será de ROE a níveis low teens, isto é, dois dígitos baixos.

A XP Investimentos também prevê que a inadimplência deve continuar a atrapalhar no próximo trimestre. A corretora alerta que julho trouxe novas pressões, aumentando a incerteza sobre quando a recuperação do BB realmente vai começar. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A queda na qualidade do crédito era esperada, mas os desafios persistentes no agronegócio e em outros segmentos geram preocupação sobre o ritmo de recuperação nos próximos trimestres”, afirmam os analistas.

Para os analistas do BTG Pactual, a deterioração do Banco do Brasil veio de “elevador”, mas a recuperação deverá “subir de escada”. 

Na semana passada, o Banco do Brasil também anunciou revisões no guidance (projeções) para 2025. 

Acontece que, para o Citi, os desafios do BB persistem e o guidance parece "otimista demais". Os analistas avaliam que o banco deva atingir apenas o limite inferior das faixas das projeções.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Balanço do Santander (SANB11) no 2T5 aciona sinal amarelo

O Santander Brasil (SANB11) também acionou um sinal de alerta no mercado após entregar um resultado abaixo das expectativas no segundo trimestre de 2025, com pressões relevantes do aumento das provisões e de margens mais comprimidas.

Para o BTG Pactual, o 2T25 do Santander foi "um fracasso" em relação às expectativas — e as tendências futuras do banco parecem ter se tornado mais desfavoráveis, apesar do valuation barato. 

A combinação de empréstimos mais fracos, queda nos resultados de tesouraria e aumento das provisões para perdas com empréstimos foram apontadas como as principais responsáveis pelo resultado aquém do esperado.

Agora, a expansão mais lenta da carteira de crédito e as crescentes preocupações com a deterioração da qualidade dos ativos no futuro pesam sobre as perspectivas do banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por outro lado, a XP destacou a disciplina no controle de custos, com cortes nas despesas e melhoria no índice de eficiência, além da maior seletividade nas concessões de empréstimos.

No entanto, os analistas preveem uma extensão da pressão sobre a margem de mercado do Santander nos próximos meses — pelo menos, pelo terceiro trimestre. 

Ainda que também esteja de olho no foco do banco em ganhos de rentabilidade, o que é positivo para os próximos balanços, o JP Morgan afirma que volumes fracos eventualmente podem prejudicar os resultados futuros da margem financeira do Santander.

Bradesco (BBDC4) e a falta do “algo a mais”

Embora esteja entre os destaques positivos da safra de balanços de bancos do segundo trimestre, o Bradesco (BBDC4) ficou devendo aos investidores que estavam na expectativa de ver outra vez aquele “algo a mais” no resultado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em termos gerais, a avaliação do mercado sobre o balanço foi positiva, apesar das pressões em algumas linhas de resultado. Porém, não teve nada de espetacular.

Segundo o BTG Pactual, o Bradesco apresentou um desempenho razoável, com expansão da receita, recuperação gradual da rentabilidade, aumento nos empréstimos e na margem financeira líquida.

Para os analistas, esses resultados devem criar um efeito de “carry over” positivo para a continuidade da melhoria nos resultados no segundo semestre e em 2026.

Contudo, o BTG avalia que o Bradesco ainda enfrenta incertezas quanto ao futuro. Embora os resultados superem as expectativas, a transformação digital do banco está atrasada se comparada ao principal concorrente, o Itaú (ITUB4). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, ainda paira a dúvida sobre quanto ROE adicional pode ser realmente gerado por programas de crédito subsidiados pelo governo, que têm sido um foco importante do Bradesco nos últimos tempos.

Mesmo assim, o Itaú BBA avalia que a história de recuperação do Bradesco segue no caminho certo e que o forte ritmo da margem financeira líquida cria um momentum positivo para o segundo semestre e para 2026. 

Já o BB Investimentos (BB-BI) prevê que a retomada da rentabilidade do Bradesco poderá ser mais visível nos próximos trimestres, à medida que o mix de crédito se torne mais favorável, as despesas continuem controladas e a reestruturação mostre efeitos. 

Itaú (ITUB4): o “estado da arte” dos bancos

O Itaú Unibanco (ITUB4) entregou mais um show de resultados no segundo trimestre, com um novo recorde de lucro líquido, expansão da rentabilidade e revisão positiva do guidance para 2025.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com a XP, os destaques ficaram para a expansão de margens, crescimento da carteira de crédito e a sólida receita de tarifas. A margem financeira com clientes (NIM) foi outro ponto positivo, voltando a níveis de dois dígitos, o que não se via desde 2019.

Para o BTG Pactual, o Itaú está “subindo o sarrafo”, demonstrando outra vez seu forte poder de geração de lucro. 

Mesmo com o resultado forte do segundo trimestre, o BTG vê ainda mais potencial de crescimento, especialmente devido à sua transformação digital, que deve reduzir custos, aumentar a eficiência e abrir espaço para crescimento sustentável até 2028. 

“Embora esses ganhos de eficiência possam não se traduzir diretamente em um ROE mais alto, preservar retornos elevados enquanto acelera o crescimento e reinveste em tecnologia e experiência do cliente continua sendo um bom resultado, e acreditamos que há espaço para que o preço da ação do Itaú seja reavaliado”, preveem os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na leitura do BTG, ainda há muito mais por vir pela frente. Segundo os analistas, estamos nos aproximando de uma mudança na narrativa em relação à eficiência e ao crescimento do banco, cujos ganhos podem levar a ação ITUB4 a atingir novos patamares de preço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RISCO DE CRÉDITO

Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento

3 de outubro de 2025 - 11:50

Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília

AGRO É POP, AGRO É CASH?

SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo

3 de outubro de 2025 - 11:20

Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis

DESPEDIDA DA B3

Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 9:11

A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals

SUPER SALTO

OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais

2 de outubro de 2025 - 19:04

Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações

COMPRINHAS

Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar

2 de outubro de 2025 - 18:43

Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados

NOVA CANETA NA PRAÇA

‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas

2 de outubro de 2025 - 15:23

Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade

QUEDA LIVRE

Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda

2 de outubro de 2025 - 14:58

Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás

ALERTA BB

Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso

2 de outubro de 2025 - 13:13

Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco

ESTRATÉGIA EM FOCO

De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq

2 de outubro de 2025 - 11:29

Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York

NOVO GUIDANCE

Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?

2 de outubro de 2025 - 10:44

Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos

NOVO REVÉS

Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?

2 de outubro de 2025 - 9:40

Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação

INSTABILIDADE NA TELE

Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição

2 de outubro de 2025 - 8:44

A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico

SD ENTREVISTA

Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires

2 de outubro de 2025 - 6:05

Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país

SD ENTREVISTA

Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026

1 de outubro de 2025 - 19:46

Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda

HISTÓRIA DE TERROR

WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?

1 de outubro de 2025 - 19:20

Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG

REPORTAGEM ESPECIAL

A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu

1 de outubro de 2025 - 18:55

A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu

ATERRISSANDO?

Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu

1 de outubro de 2025 - 17:37

A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa

EXAME POSITIVO

Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?

1 de outubro de 2025 - 15:39

Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões

SANGRIA NA BOLSA

Ambipar (AMBP3) tem pregão amargo após contratar BR Partners (BRBI11) para tentar sair da crise sem recuperação judicial

1 de outubro de 2025 - 13:01

A contratação da assessoria vem na esteira de dias difíceis para a Ambipar, que precisou recorrer à Justiça para evitar cobranças de credores. O que fazer com as ações agora?

NEGÓCIO FECHADO

Americanas (AMER3) fecha acordo para venda da Uni.Co à BandUP! por R$ 152,9 milhões

1 de outubro de 2025 - 12:08

Operação prevê pagamento inicial de R$ 20 milhões e parcelas anuais corrigidas pelo CDI

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar