A Petrobras (PETR4) não está sozinha: estatal tem companhia entre as ações favoritas do Itaú BBA no setor de óleo e gás
Os analistas destacaram positivamente o anúncio do aumento de reajuste do diesel, que fortaleceu a “a autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial”

A Petrobras elevou o preço do diesel em cerca de 6%, medida que passou a valer no último sábado (1º). O reajuste reforçou a escolha de PETR4 entre as ações favoritas do Itaú BBA na cobertura de petróleo e gás no Brasil. A estatal, no entanto, não está sozinha.
O banco também elegeu a Prio (PRIO3) como top pick no setor, enquanto Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) são as preferidas no segmento de combustíveis.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (3), os analistas Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim afirmam que a Petrobras deve apresentar um robusto carry de dividendos, estimado em torno de 16% para 2025.
Os analistas também destacaram positivamente o anúncio do aumento no preço do diesel, o que teria fortalecido “a autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial”.
Por outro lado, a Prio teria o maior retorno de fluxo de caixa entre as empresas analisadas.
Apesar dos desafios enfrentados em alguns projetos, como os atrasos no licenciamento ambiental, a empresa continua sendo uma das mais cotadas no setor.
Leia Também
Após um final de ano difícil para o mercado de combustíveis, o BBA diz que Vibra e Ultrapar devem apresentar sinais de recuperação nos primeiros três meses deste ano.
Todas as empresas mencionadas pelo relatório do banco têm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 49 para as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), R$ 70 para Prio (PRIO3), R$ 30 para Vibra Energia (VBBR3) e R$ 28 para Ultrapar (UGPA3).
Além disso, as ações da Petrorecôncavo (RECV3) também são recomendadas como compra, com preço-alvo de R$ 32, assim como as de Oceanpact (OPCT3), com de R$ 8; Raízen (RAIZ4), com R$4,5; e Cosan (CSAN3), com R$ 20.
LEIA MAIS: Guia gratuito do BTG sobre a temporada de balanços – saiba os destaques das maiores empresas da bolsa no 4º tri de 2024
A Petrobras e o reajuste no diesel
Após mais de 400 dias sem elevar os preços, a Petrobras enfim anunciou na sexta-feira (31) um novo reajuste nos preços do diesel A. O preço médio de venda do litro do combustível ficou R$ 0,22 mais caro para as distribuidoras, subindo para R$ 3,72 por litro.
Trata-se do primeiro ajuste nos preços de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras desde 2023.
A movimentação nos preços já era esperada pelo mercado, já que a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou no início da semana que mexeria no diesel, apesar de não ter especificado a magnitude do aumento. A gasolina, por sua vez, permaneceu inalterada.
Apesar do aumento, o preço do combustível nas refinarias da Petrobras ainda registra defasagem de 9% em relação ao preço de paridade de importação (PPI), parâmetro que foi abandonado pela empresa em maio de 2023, em prol de uma nova estratégia comercial.
Já a gasolina comercializada pela estatal, que não teve o preço alterado, segue com defasagem baixa, de 4% no caso da Petrobras, e de paridade na Refinaria de Mataripe, na Bahia, responsável por 14% do mercado de derivados de petróleo no Brasil.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a petroleira poderia aumentar o diesel em mais R$ 0,38 por litro para alinhar os preços ao mercado internacional, e a refinaria privada baiana, em R$ 0,22 o litro.
Mataripe segue o PPI, porém está mantendo o preço do diesel 6% abaixo da paridade internacional para não perder mercado.
Oportunidade para a Petrobras?
Para o Itaú BBA, o ajuste é positivo e mostra a autonomia da Petrobras em sua estratégia comercial, colocando os preços no meio da faixa de referência, alinhados com práticas anteriores.
“O desconto persistente em relação à paridade de importação provavelmente reafirma nossa tese de que a dinâmica competitiva está melhorando para as distribuidoras de combustíveis”, afirma.
Na avaliação dos analistas do Bank of America (BofA), o ajuste também é uma oportunidade para que a Petrobras possa “aliviar as preocupações sobre governança corporativa, preços dos combustíveis e dividendos”.
O banco, por sua vez, manteve a recomendação de compra para as ações PETR4, de olho na forte geração de caixa e nas perspectivas de retornos atraentes no curto prazo.
Petróleo em alta
A recomendação de compra dos bancos para Petrobras acontece em meio a uma enxurrada de tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O republicano impôs taxas de 25% sobre Canadá e México — este último receberá um waiver de um mês para negociações — e de 10% para a China, o que alimentou receios de interrupção do fornecimento no mercado internacional.
Esse movimento impulsiona os preços da commodity no mercado internacional, que também repercute a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A Opep manterá os cortes na produção do petróleo combinados em dezembro do ano passado e em vigor até setembro de 2026. A decisão ocorre após reunião do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto, grupo conhecido como Opep+.
Segundo a Opep+, a escolha em cumprir os cortes de produção “reafirma os objetivos compartilhados de unidade e coesão” para garantir a estabilidade do mercado de petróleo.
A mensagem de união ocorre dias depois de Trump pedir que a Arábia Saudita convencesse os pares a reduzir os preços em escala global.
Nem Galípolo escapou: Ação do Magazine Luiza (MGLU3) salta na B3 em meio a críticas de Luiza Trajano aos juros altos
A empresária pediu ao presidente do Banco Central que não antecipe novas altas na Selic, que hoje encontra-se no patamar de 13,25% ao ano
Sem dividendos para a Cosan (CSAN3): CEO da Raízen (RAIZ4) revela estratégia após balanço fraco enquanto mercado vê pressão no curto prazo
O mote da nova estratégia da Raízen para a safra de 2025/2026 será a volta ao “core business”, com busca por eficiência e simplificação dos negócios
O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China
É o fim do “banquete” da BRF (BRFS3) na bolsa? Alta dos custos, dólar e até Trump mexem com as ações na B3; saiba o que esperar
No ano passado, a ação da produtora de aves e suínos foi a segunda maior alta do Ibovespa em 2024, mas amarga queda de 20% apenas neste início de ano
A “desova” continua: Warren Buffett despeja mais ações do BofA no mercado — mas sua fatia nesta big tech permanece intacta
O conglomerado de Omaha reduziu sua fatia no banco americano para 8,9% no quarto trimestre, vendendo 117,5 milhões de ações
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%
O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?
A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Meses depois de desfazer joint venture com a Cemig, Vale (VALE3) agora avalia a venda de 70% de sua participação na Aliança Energia
A transação também envolve outros dois projetos de energia, o Sol do Cerrado e o Consórcio Candonga, presentes no portfólio da Vale
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Até os franceses estão comprando ação brasileira e você não! O caso do Carrefour Brasil mostra as enormes oportunidades da bolsa
Há uma mensagem importante para os investidores nesta operação: as ações brasileiras — não só as do Carrefour — ficaram extremamente baratas
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações
Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos
Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025
As ações de educação e saúde com mais apostas de queda na bolsa — e as preferidas do BTG nesses setores castigados pelos juros altos
Com alta nas posições vendidas no mercado, setor de saúde desponta como preferido dos analistas em comparação ao de educação
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas
Itaú BBA: ‘talvez estejamos nos preocupando demais com os preços dos combustíveis da Petrobras (PETR4)’ — veja 8 pontos cruciais a se considerar
Banco acredita que o contexto de exposição da Petrobras mudou consideravelmente nos últimos dez anos e mantém preço-alvo de R$ 49 para as ações PETR4