Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Diz a velha máxima do futebol que o jogo só acaba quando termina. Em política monetária, o apito final acontece com o anúncio da decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic).
Pois parece que uma virada no placar começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião, que acontece nos dias 6 e 7 de maio.
O time dos que apostam em uma alta de 0,50 ponto percentual da Selic, que parecia imbatível, perdeu força nos últimos dias.
Uma parte crescente dos investidores agora acredita em um aperto menor, de 0,25 ponto percentual. Se esse cenário se confirmar, a Selic aumentaria dos atuais 14,25% para 14,50% ao ano. E pode parar por aí.
- VEJA TAMBÉM: Como não cair na malha fina? Guia do Imposto de Renda 2025 do Seu Dinheiro ensina o passo a passo
Vai dar zebra na Selic?
O palpite de uma alta menor dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ainda é zebra. As opções de Copom negociadas na B3 projetam 56% de chance de um aumento de meio ponto. Mas esse percentual era de 78% há apenas dois dias.
Ao mesmo tempo, as apostas de um ajuste de 0,25 ponto saltaram de 12% para 34,5% entre terça e quinta-feira.
Leia Também
Os contratos de juros futuros (DI) também apresentaram alívio em toda a curva. Isso significa que o mercado não só deixou de apostar em um aperto maior como também já coloca nos preços uma queda da Selic.
Vale lembrar, contudo, que as estimativas dos analistas apontam para juros de 15% ao ano no fim de 2025. Ou seja, nesse caso os juros ainda subiriam 0,75 ponto até o fim do ciclo e permaneceriam nesse patamar até dezembro, de acordo com as projeções da pesquisa Focus.
A diferença entre as visões da Focus e do mercado é que, neste último caso, as projeções refletem as posições nas quais os investidores estão efetivamente colocando dinheiro.
Por que uma alta menor dos juros entrou no radar?
O gatilho para a desmontagem de parte das posições mais agressivas de alta dos juros foram declarações de dirigentes do Banco Central.
Em encontro com investidores em Nova York, Diogo Guillen, diretor de política econômica do BC, transmitiu a ideia de que a política monetária está funcionando, apesar de a inflação seguir bem acima da meta.
Nilton David, diretor de política monetária, reforçou a ideia ao destacar os efeitos defasados do aperto dos juros na economia, de acordo com relatos de participantes dos encontros ao Valor Econômico.
O mercado interpretou as falas como um sinal de que as três altas de 1 ponto percentual colocaram a Selic em um patamar muito restritivo. Ou seja, o Copom pode aliviar o passo num ritmo mais intenso do que o esperado na próxima reunião.
A expectativa de uma alta menor dos juros também ajudou a dar um gás para a bolsa. O Ibovespa renovou as máximas do ano e fechou em alta de 1,79% nesta quinta-feira (24), a 134.580 pontos.
Além das declarações dos diretores do BC, a melhora no cenário externo e a expectativa de recuo de Trump no tarifaço ajudaram a trazer otimismo para o mercado.
Inflação domada?
Os investidores que apostam em uma alta menor da Selic podem celebrar mais uma conquista nesta sexta-feira. Isso porque o IPCA-15, prévia do índice oficial de inflação, mostrou alta de 0,43% em abril, em linha com as expectativas.
Mais do que isso, o dado mostrou uma composição mais favorável, em especial na parte de serviços, de acordo com o BTG Pactual.
O que pode impedir a “virada” da Selic
Embora o momento favoreça uma leitura mais favorável para os que apostam em uma alta menor da Selic, a expectativa de um aperto de meio ponto segue como favorita no placar do próximo Copom.
Na visão de um ex-diretor do BC com quem o Seu Dinheiro conversou, a persistência da inflação acima da meta deveria levar o Copom a manter uma postura mais dura com os juros.
Assim, o BC deveria promover pelo menos mais duas altas de juros — de meio ponto percentual em maio e de 0,25 ponto na próxima — e levar a Selic para 15% ao ano.
A atitude mais enérgica agora também contribuiria para blindar o BC comandado por Gabriel Galípolo, ainda mais com a aproximação de um novo ciclo eleitoral.
Outros dois fatores podem impedir o Copom de aumentar menos a Selic ou mesmo de começar a reduzir os juros no fim do ano, como espera parte do mercado.
O primeiro é o cenário externo incerto em meio às medidas de Donald Trump. O segundo é o comportamento do dólar em relação ao real diante da situação fiscal frágil do país.
Para um experiente gestor de fundos, foi justamente o nível estratosférico da Selic que ajudou a derrubar a cotação da moeda norte-americana.
Recentemente, até o próprio Gabriel Galípolo reconheceu que o choque dos juros teve como um dos objetivos conter o dólar.
“Apostar contra o real custa caro hoje, mas se o mercado começar a colocar no preço uma queda de juros, pode voltar a ficar atrativo”, disse.
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
A ‘porta dourada’ para quem quer morar na Europa: por que Portugal está louco para atrair (alguns) brasileiros
Em evento promovido pela Fundação Luso-Brasileira na cidade de São Paulo, especialistas falam sobre o “golden visa” e explicam por que este pode ser um “momento único” para investir no país
“O Agente Secreto” lidera bilheteria, mas não supera “Ainda Estou Aqui” no primeiro fim de semana nos cinemas
Filme supera estreias internacionais e segue trajetória semelhante à de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles
Destino apontado como uma das principais tendências de viagem para 2026 no Brasil é conhecido por seus queijos deliciosos
Destino em alta para 2026, a Serra da Canastra é um paraíso de ecoturismo com cachoeiras, fauna rica e o tradicional queijo canastra
‘FLOP30’? Ausência de líderes na COP30 vira piada nas redes sociais; criação de fundo é celebrada
28 líderes de países estiveram na Cúpula dos Chefes de Estado da COP30. O número é menos da metade do que foi registrado em 2024
A bolha da IA vai estourar? Nada disso. Especialista do Itaú explica por que a inteligência artificial segue como aposta promissora
Durante o evento nesta terça-feira (11), Martin Iglesias, líder em recomendação de investimentos do banco, avaliou que a nova era digital está sustentada por sólidos pilares
O clube que não era da esquina: o que fazer no bairro de BH eternizado pela música de Lô Borges, Milton Nascimento, Skank e Sepultura
Movimento de Lô Borges, Milton Nascimento e outros grandes nomes não nasceu na esquina de Santa Tereza, mas tem muitos locais de referência ao grupo
Pomba ou gavião? Copom diz que Selic em 15% ao ano por ‘período prolongado’ é suficiente para fazer inflação convergir à meta
Assim como no comunicado, a ata não deu nenhuma indicação de quando o ciclo de corte de juros deve começar, mas afirmou que o nível atual é suficiente para controle de preços
Bolão fatura Lotofácil e Dupla Sena salva a noite das loterias da Caixa com novo milionário em SP
Prêmio principal da Lotofácil 3535 será dividido entre 10 pessoas; ganhador da Dupla Sena 2884 apostou por meio dos canais eletrônicos da Caixa
O oráculo também erra: quando Warren Buffett deixou de ganhar dinheiro por causa das próprias estratégias
Mesmo após seis décadas de acertos, Warren Buffett também acumulou erros bilionários — da compra da Berkshire ao ceticismo sobre bitcoin e ao fiasco com a Kraft Heinz
