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Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

START NO 'TARIFAÇO'

Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir

Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido

Dani Alvarenga
5 de abril de 2025
10:48 - atualizado às 10:43
Em um fundo de gráfico, Donald Trump está do lado esquerdo, vestido terno azul e camisa branca. Do lado direto, Lula está com o dedo na boca. Ele veste terno azul e camisa branca também.
Donald Trump e Lula - Imagem: Montagem Seu Dinheiro/ Canva Pro

Donald Trump vem gerando caos nos mercados financeiros desde a última quarta-feira (2), quando anunciou uma série de tarifas contra os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Apenas na sexta-feira (4), a guerra comercial instaurada pelo presidente norte-americano derrubou as bolsas mundo afora e fez o dólar disparar mais de 3%.

Porém as tarifas de Trump começam a valer mesmo a partir deste sábado (5), com as taxas gerais mínimas de 10% entrando em vigor.

Ao todo, 185 países serão taxados. As tarifas mais altas, de 50%, serão aplicadas a Lesoto e Saint-Pierre e Miquelon. No entanto, a maior parte dos parceiros comerciais será atingida pela alíquota mínima.

O Brasil está entre os países que entraram na mira de Donald Trump, mas também é alvo da taxa mínima. Isso porque a balança comercial brasileira apresenta um déficit na relação com os Estados Unidos há 15, com o país importando mais do que exporta para os norte-americanos.

Ainda assim, o republicano avalia que o Brasil está entre os parceiros comerciais que "tiraram vantagem dos EUA, impondo taxas mais altas", disse durante evento organizado para o anúncio das chamadas tarifas recíprocas.

Além do Brasil, o presidente norte-americano também impôs tarifa de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido. O Seu Dinheiro resumiu para você os principais pontos do anúncio.

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Trump também anunciou sobretaxas individualizadas, mas elas passam a valer a partir do dia 9 de abril (quarta-feira). Porém, até lá, as nações que foram alvos de tarifas mais elevadas também terão que pagar imposto de 10% para exportar produtos para os Estados Unidos a partir deste sábado.

Vale lembrar que alguns bens não estão sujeitos a tarifas recíprocas e o aço e o alumínio, que já foram tarifados, não sofrerão uma nova taxação, segundo a Casa Branca.

VEJA MAIS: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista

A reação do Brasil ao anúncio das tarifas Trump

Em nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasileiro lamentou a decisão dos EUA e afirmou que a medida viola os compromissos perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).

O governo brasileiro também afirmou que está aberto para negociação com o governo norte-americano para reverter as medidas anunciadas.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ficou nada satisfeito em ser alvo da tarifa de 10% de Trump.

Na quinta-feira (3), Lula disse que o Brasil vai tomar "todas as medidas cabíveis" para se defender. Segundo o presidente, a atuação terá como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada pelo Congresso e as diretrizes da OMC.

Vale lembrar que a Lei da Reciprocidade Comercial autoriza o governo a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global. O projeto foi aprovado na terça-feira (1), um dia antes do anúncio das tarifas de Trump.

Em discurso no evento de dois anos de governo, Lula também afirmou que o Brasil não tolera ameaças à democracia e não bate continência para nenhuma outra bandeira "que não seja a verde e amarela".

"É um país que fala de igual para igual e respeita todos os países, dos mais pobres aos mais ricos, mas que exige reciprocidade no tratamento. Defendemos o multilateralismo e o livre comércio e responderemos a qualquer tentativa de impor protecionismo que não cabe mais hoje no mundo", declarou Lula.

E acrescentou: "Diante da decisão dos EUA de impor sobretaxa, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e trabalhadores brasileiros."

Na sexta-feira (4), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, também se pronunciou sobre as tarifas. Ele afirmou que a orientação de Lula é que se busque uma solução pelo diálogo.

"Os Estados Unidos não são nossos inimigos", disse Alckmin, após participar de almoço com a diretoria do Instituto para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), na sexta-feira, em São Paulo.

Porém, ele também declarou que o país dispõe de um arcabouço jurídico que o permite dar respostas às controvérsias comerciais.

Relação entre o Brasil e os Estados Unidos

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para o país norte-americano totalizaram US$ 40,3 bilhões, correspondendo a 12% do total das vendas externas do país.

Já as importações de produtos dos Estados Unidos pelo Brasil atingiram US$ 40,6 bilhões, representando 15,5% do total importado.

As exportações brasileiras se concentram em produtos relacionados a commodities. Os principais são óleos de petróleo bruto e refinado, no valor de US$ 7,6 bilhões; e produtos de ferro e aço, incluindo ferroligas, ferro-gusa, lingotes e outras formas primárias, somando US$ 5,9 bilhões. Juntos, eles representam 34% do total exportado para os EUA.

Do lado das importações, os equipamentos de geração de energia (principalmente motores e máquinas não elétricos) são a principal categoria, totalizando US$ 7,1 bilhões e representando 18% do total importado.

Além disso, os Estados Unidos continuam sendo uma das principais fontes de Investimento Direto no País (IDP), com um fluxo líquido estimado de US$ 7,1 bilhões em 2024, o que corresponde a 26% do total líquido recebido nessa categoria.

Além da tarifa de reciprocidade de 10%, o Brasil também está lidando com as taxas de 25% para as importações de aço e alumínio que começaram a valer no mês passado.

Trump já avisou: "não vou recuar"

Os Estados Unidos já começam a ver reações ao anúncio de Donald Trump. O primeiro país a determinar retaliação não é uma surpresa: a China impôs uma tarifa de 34% aos produtos norte-americanos. A medida entrará em vigor a partir de 10 de abril, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

Xi Jinping, presidente do Gigante Asiático, chegou a interromper um dos principais feriados chineses para responder às tarifas de Trump e deixou claro que devolverá o ‘tarifaço’ na mesma moeda.

O anúncio ampliou as tensões nos mercados globais, mas não assustou o presidente norte-americano. O republicano disse para quem quisesse ouvir que nunca recuaria nas tarifas sobre os parceiros comerciais.

Em uma mensagem em letras maiúsculas em sua plataforma de mídia social Truth Social, Trump mandou o recado aos investidores:

"PARA OS MUITOS INVESTIDORES QUE ESTÃO CHEGANDO AOS ESTADOS UNIDOS E INVESTINDO GRANDES QUANTIDADES DE DINHEIRO, MINHAS POLÍTICAS NUNCA MUDARAM."

*Com informações do Money Times.

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