“Não é só o Brasil que precisa cortar gastos, os Estados Unidos enfrentam o mesmo problema”, diz Campos Neto
O ex-presidente do Banco Central falou em um evento nesta quinta-feira (4) e destacou por que os países precisam olhar para a questão fiscal o mais rápido possível, caso contrário, o ajuste vem mesmo assim

“Se o governo não entender que precisa cortar gastos agora, vai acabar tendo que fazer isso em uma situação muito mais difícil. E não é só o Brasil, os Estados Unidos também precisam lidar com isso”, alertou Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, em um evento da NuAsset e do InvestNews nesta quinta-feira (4).
Para Campos Neto, que hoje é vice-chairman do Nubank, a questão fiscal tem se tornado um verdadeiro calcanhar de aquiles para muitos governos, e a raiz desse problema é a pandemia de covid-19, que forçou gastos mais elevados enquanto os bancos centrais baixavam os juros para evitar uma recessão — o resultado foi a disparada da inflação global.
“O que aconteceu depois disso foi que, além de acumular uma dívida muito maior, os juros necessários para combater a situação também aumentaram. Ou seja, com uma dívida maior e juros mais altos, o custo para manter essa dívida se tornou muito mais pesado e isso acaba sugando a liquidez de alguns lugares. E aí vieram os impactos mais graves para a economia", afirmou Campos Neto.
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As duas opções para ‘salvação fiscal’
Na visão do ex-presidente do BC, existiam dois caminhos para resolver a situação: aumento de impostos ou corte de gastos. “90% dos governos escolheram a primeira”, disse. No entanto, existe um padrão: esse aumento veio para o lado do capital, não para o lado da mão de obra.
“É um imposto que foi geralmente cobrado sobre a poupança e empresas, muito mais do que sobre as pessoas. O que isso gerou foi uma grande queda na produtividade, porque começou-se a criar processos produtivos que demandam mais mão de obra, quando o capital é mais barato do que a mão de obra", afirma.
Em outras palavras: ao invés de usar o capital, que estava mais barato, para melhorar a eficiência, as empresas passaram a gastar mais com trabalho manual. Esse modelo levou a uma utilização excessiva de mão de obra, prejudicando o aumento da produtividade e o crescimento econômico sustentável.
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“A grande questão é que a gente caiu em uma armadilha: baixa produtividade global, envelhecimento da população, dívidas muito grandes [por parte dos países]. Fora isso, tem muita conta para pagar: a geopolítica, com investimentos em defesa, a conta da transformação energética e assim por diante”, ressalta o ex-presidente do BC.
Para Campos Neto, a grande dúvida para a economia global hoje é se será possível crescer com eficiência a partir de agora.
O que esperar daqui para a frente, segundo Campos Neto
Diante desse cenário, Campos Neto não tem muita esperança de que os países irão optar por resolver o problema fiscal via corte de gastos. A questão é: o ajuste virá de uma forma ou de outra.
“Quando você tem uma dívida que cresce tanto, o ajuste sempre chega. A questão é que ele pode vir por meio da inflação, que é como um imposto regressivo, no qual quem está na base da pirâmide acaba pagando mais a conta, ou por meio de imposto, que acaba penalizando o capital”, diz.
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