Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
As projeções dos economistas de mercado para a inflação vinham subindo havia meses. Sinal claro da desancoragem das expectativas repetida à exaustão pelos diretores do Banco Central (BC) a partir do início do segundo semestre de 2024.
Agora, pela primeira vez em quase meio ano, as estimativas dos economistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 desaceleraram no boletim semanal Focus.
A mediana das projeções para a inflação passou de 5,68% na edição anterior para 5,66% na atual.
É um número alto. O indicador segue bem acima do teto da meta de inflação para 2025 (4,50%). No entanto, a estimativa perdeu força pela primeira vez em 22 semanas.
É uma boa notícia às vésperas de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) comandada por Gabriel Galípolo.
Apesar do alívio, o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, adverte que a continuidade da inflação fora da meta por um período prolongado tende a elevar o custo do trabalho do Copom.
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A luta do Copom contra a inflação
Na tentativa de controlar as expectativas inflacionárias, o Banco Central vem elevando os juros desde setembro do ano passado. A taxa Selic encontra-se atualmente em 13,25% ao ano.
Meio ano depois, a política monetária altamente restritiva começa a cobrar a conta da atividade econômica.
Na atual edição do boletim Focus, os economistas consultados pelo BC cortaram a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano.
O mercado agora espera desaceleração do PIB para 1,99% (depois de três semanas em 2,01%) em 2025 e para 1,60% em 2026 (depois de quatro semanas em 1,70%).
Voltando às projeções para a inflação, o alívio observado na Focus não se reflete nos juros. Pelo menos por enquanto.
A expectativa é de que o Copom eleve a Selic a 14,25% ao ano na quarta-feira e aumente a taxa a 14,75% em maio.
Alguns economistas acreditam que, diante da desaceleração econômica, o Banco Central pare por ali. No Focus, porém, a estimativa é de que ela chegará a 15,00% antes de começar a cair.
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A importância das expectativas no futuro da Selic
As expectativas de inflação são parte fundamental do processo de condução da política monetária. Não por acaso, o Banco Central coleta as projeções dos agentes econômicos no Boletim Focus semanalmente.
De acordo com a teoria econômica, se as pessoas e empresas esperam que a inflação seja alta no futuro, elas podem tomar decisões que alimentam ainda mais a inflação, como aumentar preços ou salários. Isso pode criar um ciclo vicioso difícil de quebrar.
Desse modo, a capacidade do BC de ancorar as expectativas de inflação demonstra a credibilidade e compromisso com a estabilidade de preços. E a principal ferramenta para isso é a taxa de juros.
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