Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%

Abril se aproximava do fim quando entrou no radar do mercado a aposta em uma alta menor da taxa Selic. Agora, às vésperas de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a perspectiva de um ciclo de alta dos juros não tão alto quanto se imaginava começa a se materializar também na pesquisa semanal Focus.
Depois de 16 semanas estável em 15,00%, a mediana das projeções para a taxa básica de juros no fim de 2025 agora indica que a Selic entrará em 2026 a 14,75% ao ano.
Parece pouco, quase nada. A taxa de juros segue em níveis altamente restritivos no Brasil — e assim vai permanecer por um bom tempo.
No entanto, essa pequena mudança em uma estimativa monitorada com tanta atenção a apenas dois dias da próxima decisão do Copom pode ser entendida também como um recado para o presidente do BC, Gabriel Galípolo.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Bradesco, PRIO, Itaú Unibanco, Ambev e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
O recado para Galípolo
Na linguagem de sinais do mercado financeiro, os investidores começam a “sancionar” um aperto monetário menor por parte do Copom em um momento no qual o mundo reage com apreensão à guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A mensagem via Focus chega com algum atraso. Isso porque as taxas projetadas no mercado secundário já vinham sinalizando esse movimento. Ele é acompanhado da recuperação do real ante o dólar, da despiora das expectativas inflacionárias e da perspectiva de desaceleração da atividade econômica nos EUA e em outras potências.
Leia Também
De qualquer modo, o Copom não vai parar de subir a Selic já.
Na semana passada, o próprio Gabriel Galípolo comentou durante entrevista coletiva que a inflação, os efeitos defasados da política monetária e a escala das incertezas obrigariam o Copom a subir os juros na quarta-feira (7).
A taxa de juros encontra-se atualmente em 14,25% ao ano. Há quem aposte em uma alta de apenas 25 pontos-base, para 14,50%. No entanto, prevalece a perspectiva de uma alta de meio ponto porcentual, para 14,75% ao ano.
Na Focus de hoje, o corte da projeção para a Selic veio acompanhado da terceira queda semanal seguida da estimativa para a inflação de 2025.
Agora, os economistas de mercado calculam que o IPCA fechará o ano a 5,53%, abaixo dos 5,55% da semana passada, mas ainda muito acima do teto da meta de inflação (4,50%).
Enquanto isso, a estimativa para o dólar em dezembro baixou de R$ 5,90 para R$ 5,86. Já a projeção para a expansão do PIB de 2025 permaneceu em 2,00%.
Copom sobe os juros a 15% ao ano; agora 3 bancões dizem quando a Selic deve começar a cair
Itaú, Goldman Sachs e BofA traçam cenários um pouco diferentes para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil — mas paciência ainda é o nome do jogo
Copom aumenta os juros em 0,25 p.p. e Selic chega a 15% ao ano — e deve parar por aí mesmo
Embora o Copom tenha sinalizado que o período de hiato será indefinido, o debate sobre o corte de juros já está na mesa, e precificado nos juros futuros
Brasil se declara livre de gripe aviária em granja comercial. Entenda o que isso significa e quais os próximos passos
O governo comunicou hoje à OMSA sobre o encerramento do foco da doença em uma granja comercial em Montenegro (RS)
Congresso cria CPMI para investigar fraude do INSS, e STF convoca governo para decidir sobre devolução dos valores desviados
Ainda não há data definida para o início da CPMI, mas a reunião do STF com o governo Lula está marcada para a próxima terça-feira (24)
Dê tempo aos juros: Bradesco Asset espera manutenção da Selic pelo Copom e “aceita” que inflação de 3% só será alcançada no futuro
Gestora avalia que o juro está suficientemente restritivo e que o BC deve acompanhar os dados, mantendo um novo aumento no radar como possibilidade futura
A inteligência artificial vai tirar o emprego de muita gente: CEO da Amazon admite que empresa precisará de menos funcionários
Em nota enviada aos funcionários, Andy Jassy deixou claro o que muitos temiam: a IA vai pegar empregos
Congresso derruba veto de Lula e livra FIIs e fiagros de novos impostos — mas conta de luz pode ficar mais cara; entenda
O governo Lula vive uma queda de braço com os parlamentares, que votaram pela derrubada de uma série de vetos do presidente
Corpus Christi pode render feriadão; veja o que abre e fecha na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20)
Bancos, bolsa, Correios e transporte público terão mudanças no funcionamento; ponto facultativo traz folga aos mercados
Lotofácil faz mais um milionário, mas não brilha sozinha; Mega-Sena acumula e prêmio sobe a R$ 130 milhões
Ganhador ou ganhadora do concurso 3420 da Lotofácil efetuou aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa; além da Mega-Sena, a Quina também acumulou
Ex-BC Fábio Kanczuk vê Selic a 15% e risco de corte precoce por pressão política — mas postura do Copom com a inflação deveria ser mais dura
Diretor de macroeconomia do ASA acredita que o Brasil precisa de um choque recessivo para conseguir segurar a expectativa de inflação futura
A coisa está feia para o dólar: faz duas décadas que os gestores globais não ficam tão descrentes assim com a moeda
Investidores correm da moeda norte-americana enquanto montam posições em euro e se mostram mais otimistas com emergentes — incluindo o Brasil
Selic sobe ou fica? Gestores estão divididos nas suas projeções para o Copom, mas são unânimes em uma aposta; veja qual
Pesquisa da XP mostra dualidade de opiniões em relação aos juros básicos do país, mas otimismo em relação a outras possibilidades de investimento
Câmara aprova urgência de duas medidas em meio ao impasse do IOF — e uma deve trazer dor de cabeça para o governo
Com a aprovação do caráter de urgência, ambos os projetos podem ser votados diretamente no plenário, sem passar pelas comissões
O país dos juros altos: por que a Selic está tão alta e qual a tendência para os próximos anos?
Touros e Ursos desta semana traz uma entrevista com Samuel Pessôa, pesquisador macro do BTG Pactual, para falar sobre Copom, juros e contas públicas
Fluxo de investimento estrangeiro impulsiona competitividade no Brasil, mas país continua com “voo de galinha”
País avança quatro posições em ranking global de competitividade, mas segue entre os últimos colocados; entenda quais são os principais entraves ao desenvolvimento no longo prazo
Lotofácil começa a semana premiando apostador insistente; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
Ganhador ou ganhadora do concurso 3419 da Lotofácil vinha insistindo sempre nos mesmos números; Mega-Sena pode pagar R$ 110 milhões na noite desta terça-feira
Do volante às passarelas: Renault anuncia saída de CEO, que assume comando de gigante das grifes de luxo; ações da montadora caem
Enquanto os papéis da fabricante de automóveis francesa recuaram nesta segunda-feira (16) em Paris, o mesmo não aconteceu com a empresa que estará sob o comando de Luca de Meo a partir de julho
Chegou chegando: Pix Automático começa a ser oferecido pelos bancos nesta segunda-feira (16)
Nova modalidade pretende substituir débito automático e boletos
Agenda econômica: Super Quarta e outras decisões de juros dominam a semana; veja o que você precisa saber para navegar o mercado
Decisões de juros nos EUA, Brasil, Reino Unido, Japão e China marcam uma das semanas mais carregadas de 2025 — e exigem atenção redobrada dos investidores
Taxação de LCI e LCA, JBS (JBSS32) nos EUA e Petrobras (PETR4) enfrenta desafios — confira o que foi notícia na última semana
Apesar da semana do Dia dos Namorados ter chegado ao fim, muitas notícias importantes se destacaram entre as mais lidas do Seu Dinheiro