Didi, GWM, Meituan e mais: empresas da China planejam desembarcar no Brasil com investimentos de mais de R$ 27 bilhões
Acordos foram firmados durante passagem do presidente Lula pela China no fim de semana; expectativa é de criação de mais de 100 mil empregos

A proximidade do Brasil com a China tem sido aventada desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs barreiras comerciais aos países globalmente por meio de suas tarifas de importação, em abril. Desde então, empresas chinesas do agronegócio já tinham iniciado seus movimentos, firmando acordos recordes para a importação de soja nos próximos meses.
Agora, foi a vez de outros setores estreitarem seus laços com o Brasil.
Nesta segunda-feira (12), a agência brasileira de promoção de exportações e atração de investimentos, Apex Brasil, anunciou que grandes grupos empresariais chineses dos setores de automóveis, energia e fast food fecharam acordos para entrar no Brasil.
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Os investimentos dessas empresas no país estão estimados em R$ 27 bilhões para os próximos anos, além de uma adição de empregos que pode superar 100 mil novas vagas.
As informações foram divulgadas durante o seminário empresarial Brasil-China, promovido neste final de semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na capital chinesa.
Segundo o governo, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Agora, o país é o principal investidor asiático no Brasil, com estoque de mais de US$ 54 bilhões.
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“Hoje, demos mais um passo para fortalecer nosso intercâmbio bilateral e criar oportunidades de comércio, investimento e desenvolvimento”, disse o presidente Lula em nota divulgada nesta segunda.
“China e Brasil são parceiros estratégicos e atores incontornáveis nos grandes temas globais”, afirmou.
China compete no delivery
Um dos maiores investimentos será da Meituan, uma empresa de delivery chinesa que deverá concorrer diretamente com o iFood. O investimento anunciado pela companhia foi de R$ 5,6 bilhões, pelos próximos cinco anos.
No Brasil, a Meituan irá usar a marca Keeta, bandeira sob a qual já opera em Hong Kong e na Arábia Saudita.
Segundo dados do governo, a estimativa é que a entrada da empresa no Brasil gere cerca de 3 mil a 4 mil empregos diretos, com a instalação de uma central de atendimento no Nordeste. Também se estima a criação de pelo menos 100 mil vagas indiretas.
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Outra injeção de capital na área de fast food e delivery virá da Didi, controladora do aplicativo de transporte 99 táxi. A empresa quer aumentar sua operação de serviço de entrega no Brasil e planeja colocar R$ 1 bilhão no projeto.
A previsão é que a 99Food comece a operar ainda em 2025.
Ainda tem a rede Mixue com um projeto de importação para comprar frutas do Brasil para fabricação dos sorvetes e bebidas geladas, como chás. A empresa é a maior rede de fast-food do mundo, com 45 mil lojas, à frente do McDonald 's.
A empresa vai iniciar operação no Brasil com capital de RS$ 3,2 bilhões e projeta 25 mil empregos até 2030.
Soluções sustentáveis
Muito do interesse chinês no Brasil está alinhado com pautas de sustentabilidade e energia renovável.
Um grande volume de investimentos virá da montadora GWM, que anunciou a intenção de injetar R$ 6 bilhões para ampliar operações por aqui.
A empresa, que fabrica SUVs e picapes, pretende aumentar suas exportações para a América do Sul e o México e já tinha anunciado no ano passado a construção de uma fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
A GWM tem trabalhado para expandir seu foco em veículos elétricos e híbridos, uma vertente que a BYD já anunciou que pretende expandir no Brasil.
A GAC Motor deve se juntar às duas com a instalação, em Goiás, de uma fábrica para montar três modelos de carros, dois elétricos e um híbrido.
A estatal chinesa tem um plano de investimento de US$ 1,3 bilhão para a iniciativa.
O ímpeto de soluções em energias renováveis no Brasil também vem de outras companhias, como a gigante de energia nuclear CGN, que vai investir R$ 3 bilhões em um hub de energia renovável no Piauí.
A companhia quer trabalhar com foco em energia eólica, solar, e armazenamento, com geração prevista de mais de 5 mil empregos na construção das unidades.
Tem também a Envision, multinacional chinesa da área de energia, que planeja investimentos de até RS$ 5 bilhões num parque industrial para combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) e hidrogênio verde.
Parcerias estratégicas
Além do aporte da Envision, o governo brasileiro divulgou uma parceria firmada entre a estatal chinesa Windey Technology e a brasileira Senai Cimatec na área de energia renovável.
O governo ainda destacou que foram concluídos oito acordos na área de saúde, que contemplam a transferência de tecnologia na produção de medicamentos, insumos farmacêuticos ativos, vacinas e equipamentos médicos.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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