Como anda o investimento sustentável em 2025? Segundo pesquisa da PitchBook, o ESG não morreu, mas aprendeu a falar baixo (especialmente nos EUA)
O 2025 Sustainable Investment Survey, da empresa de dados PitchBook, aponta que, embora o interesse público tenha diminuído, a maioria dos investidores que adotaram práticas ESG e de impacto estão mantendo ou até intensificando seus esforços
Uma nova pesquisa global revela um cenário de persistência silenciosa no investimento sustentável, apesar de uma forte onda de negatividade, especialmente nos Estados Unidos.
O 2025 Sustainable Investment Survey, da empresa de dados PitchBook, aponta que, embora o interesse público tenha diminuído, a maioria dos investidores que adotaram práticas ESG (fatores ambientais, sociais e de governança) e de impacto estão mantendo ou até intensificando seus esforços.
A queda no diálogo e o fenômeno do "greenhushing"
O achado primário do relatório é a drástica queda no interesse em participar da pesquisa sobre investimento sustentável. Em 2024, 1.158 pessoas responderam a pelo menos uma pergunta, mas em 2025, esse número caiu para apenas 267.
Os pesquisadores levantam algumas hipóteses para essa redução:
- Negatividade dos EUA: a onda de sentimentos anti-ESG e anti-DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) nos EUA, incluindo processos judiciais e ordens executivas, pode ter desestimulado o discurso aberto sobre o tema globalmente, tornando-o "tabu em alguns círculos". Curiosamente, o número de respostas altamente negativas diminuiu, talvez porque os críticos sintam que já foram "suficientemente ouvidos".
- O "efeito carro novo": muitos investidores que estavam na fase de descoberta em 2020 já tomaram suas decisões e implementaram suas estratégias. Agora, eles estão focados na execução, e não mais na pesquisa sobre como outros estão implementando programas.
O resultado dessa mudança é o crescimento do "greenhushing". Isso se refere à prática de investir de forma sustentável, mas evitar falar sobre isso publicamente. Embora 72% dos respondentes mantenham suas práticas ESG, quase um terço está avaliando como mudar sua comunicação pública, e 23% estão adaptando a mensagem para diferentes públicos.
Um consultor de investimentos dos EUA, por exemplo, relatou que a comunicação sobre ESG é menor nos EUA, mas permanece no mesmo nível fora do país, com uma mudança de "ESG" para termos mais descritivos como "sustentável".
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Por que a persistência? Valores e retornos
Apesar do ambiente negativo, a maioria dos investidores ESG e de Impacto persiste. Apenas 5% dos praticantes de ESG disseram que costumavam incorporar esses fatores, mas não o fazem mais.
A principal razão citada para a utilização do ESG é o alinhamento da missão/valores da organização com as práticas de investimento (56%). No entanto, os fatores financeiros também são cruciais:
- 49% citam que questões sociais podem ter um impacto material no desempenho financeiro;
- 46% citam que a governança pode ter um impacto material;
- Mais de 40% indicaram que o uso de uma estrutura ESG ajuda a mitigar riscos materiais ou a identificar oportunidades para melhores retornos de longo prazo.
Uma percepção persistente (e um dos maiores desafios) é a de que o investimento de Impacto exige o sacrifício de retornos financeiros. No entanto, a realidade do mercado, segundo o relatório, é diferente:
- 66% dos investidores de Impacto priorizam retornos à taxa de mercado;
- Apenas 5% priorizam resultados de Impacto com a expectativa de retornos abaixo do mercado;
- A grande maioria (83%) não mudou suas prioridades em relação aos retornos nos últimos três anos, e aqueles que mudaram geralmente se inclinaram para um foco ainda maior nos retornos.
Fluxo de capital e focos temáticos
O investimento sustentável não está mais limitado aos mercados públicos, abrangendo todas as estratégias de mercado privado:
- A maioria dos praticantes de ESG aloca ou recomenda mandatos em Private Equity (PE) (55%) e Venture Capital (VC) (44%).
- Para o Investimento de Impacto, PE também é a estratégia mais comum, utilizada por 53% dos respondentes, seguida por VC (49%).
Quanto aos focos temáticos do Investimento de Impacto, os principais citados foram:
- Clima (60%)
- Energia (56%)
- Agricultura (47%)
Energia (incluindo energia renovável e hidrogênio) e infraestrutura de energia foram citados como as áreas com maior potencial de retorno financeiro atualmente.
Desafios: percepções e definições
Os desafios mais significativos para o investimento sustentável, tanto para o ESG quanto para o Impacto, estão fortemente ligados às percepções sobre retornos financeiros.
Os respondentes da pesquisa apontaram que o principal desafio para a incorporação de fatores ESG nos mercados privados é a percepção de que essa prática exige sacrificar retornos e violar o dever fiduciário, uma visão selecionada por 40% dos entrevistados.
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Em relação ao Investimento de Impacto, o desafio mais citado é a percepção de que o Investimento de Impacto se equivale a retornos concessionários (retornos financeiros inferiores à taxa de mercado), com 41% das seleções.
Em ambas as áreas, o segundo desafio mais citado foi a ampla variação na compreensão do que significam ESG ou Impacto. Essa confusão é exacerbada pela desinformação, principalmente aquela originada nos EUA, que continua a circular e atravessar fronteiras.
Os dados indicam que, embora o investimento sustentável enfrente uma crise de comunicação e definição (o "greenhushing"), os praticantes continuam engajados, motivados tanto por valores organizacionais quanto pela crença de que esses fatores melhoram os resultados de investimento.
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