🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Guilherme Castro Sousa

SELIC VS DÓLAR

Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial

Guilherme Castro Sousa
22 de abril de 2025
15:50 - atualizado às 9:38
Selic Copom Gabriel Galípolo
Imagem: iStock/Agência Brasil/Montagem Seu Dinheiro

A guerra comercial atravessa fronteiras e nesta terça-feira (22) ocupa o Senado brasileiro. Em uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da câmara alta do Legislativo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a taxa Selic vem sendo utilizada como instrumento de contenção cambial — uma defesa do real brasileiro à força do dólar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Galípolo, é comum que países emergentes sejam forçados a manter os juros elevados, mesmo em cenários de desaceleração econômica. O objetivo é simples: oferecer um prêmio maior ao investidor estrangeiro, atrair capital e, assim, proteger a moeda local de processos de desvalorização.

Nas suas palavras, “muitas vezes você vê autoridades monetárias de países emergentes, mesmo num momento de desaceleração econômica, tendo de manter a taxa de juros mais elevada para oferecer um prêmio maior para quem decidir investir no país e aí conter um processo de desvalorização da sua própria moeda”.

O líder da política monetária brasileira explicou que, no final de 2024, esse processo tornou menos atrativo apostar contra o real, tornando o carry trade da moeda brasileira mais vantajoso em comparação com outras moedas emergentes.

“O processo que foi feito no final do ano, de elevação da taxa de juros, direcionou para que você pudesse ultrapassar o prêmio para quem estava apostando, por exemplo, em moeda mexicana e tornar menos atrativo apostar contra a moeda brasileira”, explicou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Galípolo também reforçou o impacto dessa estratégia sobre a inflação. Com 60% a 70% da produção de alimentos no Brasil tendo alguma correlação com o dólar, manter o real valorizado é uma forma indireta, porém eficiente, de conter a alta de preços — especialmente em itens essenciais da cesta básica.

Leia Também

O Brasil em meio ao fogo cruzado global

Apesar da atuação doméstica, o principal vetor para os preços de mercado, segundo Galípolo, está além das fronteiras. O cenário internacional, em especial a política monetária dos Estados Unidos, tem sido determinante para o posicionamento do Banco Central brasileiro.

A atual guerra comercial e tarifária entre grandes potências tem ampliado as incertezas sobre o crescimento global e desorganizado cadeias produtivas. A revisão das projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) ilustra o impacto dessa turbulência.

Galípolo delineou três possíveis cenários para os desdobramentos da disputa tarifária:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desescalada tarifária – O caminho mais brando. Países chegam a acordos, retomando uma trajetória econômica mais previsível e menos tensionada.

“Essa desaceleração vai se esvaindo e você vai caminhando para a trajetória que já era mais ou menos aguardada e retomando a trajetória que era pensada”, comentou.

Escalada tarifária – A hipótese mais crítica. O aumento das tarifas rompe as cadeias produtivas, gera distorções econômicas e pode combinar inflação com baixo crescimento — um rompimento do tradicional “trade-off” entre atividade e preços.

“O trade-off tradicional, a troca tradicional que você está imaginando entre preços e atividade econômica, talvez não responda da maneira que a gente foi treinado para pensar num cenário como esse. Você pode ter menos atividade econômica e com preços mais elevados”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Restrição à China – Um cenário estratégico. Os EUA poderiam direcionar sua política tarifária à China, preservando suas alianças tradicionais e racionalizando o conflito.

Oportunidade relativa

Em meio à tensão global, o Brasil pode encontrar uma posição estratégica. A diversificação da pauta comercial e o dinamismo do mercado interno funcionam como vantagens competitivas que podem fazer o país se destacar, mesmo em um contexto adverso.

“Não é que fique melhor com a guerra tarifária, mas voltamos àquela ideia da relatividade. O Brasil pode ser uma economia que tem os pares e, por isso, se destaque positivamente pela sua diversificação na pauta comercial, nas relações comerciais e pela relevância do mercado doméstico do ponto de vista do dinamismo”, afirmou Galípolo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NAS ENTRELINHAS

O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta

10 de dezembro de 2025 - 6:02

Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro

CARO ASSIM?

Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação

9 de dezembro de 2025 - 17:10

Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos

BASTIDORES DE BRASÍLIA

Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal

9 de dezembro de 2025 - 14:03

Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026

VALENDO!

CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar

9 de dezembro de 2025 - 12:18

As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação

QUEM QUER PROVENTOS?

Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai

9 de dezembro de 2025 - 11:21

A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades

SEM MULTAS

Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista

9 de dezembro de 2025 - 10:30

Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação

CORTAR GASTOS

'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin

9 de dezembro de 2025 - 10:05

“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente

LOTERIAS HOJE

Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)

A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)

8 de dezembro de 2025 - 17:06

O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação

MAIS RICOS DO QUE NUNCA

O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados

8 de dezembro de 2025 - 14:20

Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial

PARA QUEM QUISER TENTAR A SORTE

Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana

8 de dezembro de 2025 - 9:48

Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país

ANOTE NO CALENDÁRIO

Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias

8 de dezembro de 2025 - 7:02

O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes

Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’

7 de dezembro de 2025 - 16:51

O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”

FICOU PRA PRÓXIMA

Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões

7 de dezembro de 2025 - 11:05

Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24

DINHEIRO NO BOLSO

Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros

7 de dezembro de 2025 - 10:31

Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas

SINAIS SÃO BONS

XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha

7 de dezembro de 2025 - 9:38

Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam

Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões

6 de dezembro de 2025 - 16:29

Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro

MAIS DESCANSO

Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais

6 de dezembro de 2025 - 10:31

Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias

TESTE

Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes 

5 de dezembro de 2025 - 16:40

Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira

DEFINIDO

Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado  

5 de dezembro de 2025 - 15:50

Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar