Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?

Quando o pregão desta quarta-feira abrir na B3, pela primeira vez na história, o Ibovespa iniciará uma sessão na faixa dos 140 mil pontos.
De um lado, isso ocorre com alguns meses de atraso, se formos levar em consideração projeções relativamente recentes dos analistas de mercado.
No fim do ano retrasado, por exemplo, a maioria das estimativas indicava que o principal índice de ações da bolsa brasileira alcançaria os 140 mil pontos em 2024. Falava-se até em Ibovespa fechando o ano em 145 mil pontos. Não chegou nem perto.
Isso porque a taxa Selic encontra-se atualmente em 14,75% ao ano. Trata-se do nível mais alto em quase duas décadas.
Se já é difícil a bolsa subir com níveis de juros tão restritivos, renovar recordes soa quase inverossímil.
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Seja como for, tanto para o bem quanto para o mal, o Ibovespa parece ter se especializado em contrariar as expectativas dos analistas nesses últimos anos.
Caiu quando quase todos se mostravam otimistas. Subiu e renovou recordes contra todas as probabilidades, com juros em alta e Wall Street em dificuldade.
A questão é: estão deixando a gente sonhar ou vamos padecer de terror noturno?
Para tirar essa dúvida, a repórter Bia Azevedo conversou com especialistas.
A resposta você encontra na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro.
Selic a 14,75% abre caminho para lucro de até 18% ao ano
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A EQI encontrou uma oportunidade de investimento com retorno-alvo de até 18% ao ano. O ativo é atrelado ao CDI, oferece isenção de Imposto de Renda e rendimentos mensais.
Esquenta dos mercados
Dizem os mais antigos que cabeça vazia é oficina do diabo. Na bolsa, podemos substituir a cabeça de vento pela agenda em branco.
Na ausência de indicadores e eventos relevantes, a busca por novos recordes hoje ocorrerá ao sabor do noticiário.
Nos mercados internacionais, a quarta-feira amanheceu negativa para os ativos de risco. Mas isso não tem sido um problema para o Ibovespa nos últimos dias.
Na manhã de hoje, tanto o petróleo quanto o minério de ferro subiam, o que pode ajudar pesos-pesados da bolsa, como Petrobras e Vale.
Enquanto isso, o Ministério da Fazenda dá últimos retoques no Relatório Bimestral de Despesas e Receitas, mas os números só devem ser conhecidos amanhã.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
AJUSTANDO O PORTFÓLIO
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio. Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda.
MAIS UMA RECOMENDAÇÃO
Brasil está barato e eleições de 2026 podem ser gatilho para ações, diz Morgan Stanley; veja papéis recomendados. O banco destaca que há uma mudança na relação risco-retorno, com maior probabilidade para o cenário otimista do que para o pessimista.
PESSIMISMO
BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades. Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização.
NA CONTRAMÃO DA GOL
Depois da Fitch, S&P também corta rating da Azul (AZUL4) por risco elevado de calote. Decisão foi comunicada pela companhia aérea no mesmo dia em que a Gol avançou rumo ao fim do processo de recuperação judicial.
SAINDO DO SUFOCO
Gol (GOLL4) tem plano de reestruturação aprovado nos EUA e já vê fim do Chapter 11 no começo de junho. A empresa chegou ao encontro de hoje com a Justiça norte-americana com uma boa notícia: uma captação de US$ 1,9 bilhão, além do apoio da maior parte dos credores.
ÔNUS DA PROVA
Fraude do INSS: ação pede fim de regra que transfere ‘prova diabólica’ a aposentados. Segundo o documento, a Instrução Normativa PRES/INSS nº 186/2025 fragiliza aposentados e pensionistas ao inverter o ônus da prova, transferindo aos beneficiários a responsabilidade de comprovar os descontos indevidos.
IR 2025
Reta final do IR 2025: 19 milhões de pessoas ainda não prestaram contas ao Leão; o que acontece se eu não declarar o imposto de renda? Prazo para entregar a declaração de imposto de renda 2025 termina dentro de 10 dias, em 30 de maio. Acha que não vai dar tempo? Veja o que pode acontecer com quem não entrega a declaração.
COMPRA E VENDA
Preços dos imóveis residenciais vendidos em São Paulo crescem abaixo da inflação no 1T25; no Rio de Janeiro, preços têm queda forte. Segundo levantamento do Quinto Andar, juros elevados limitam a alta dos preços; veja onde os imóveis foram vendidos mais caro e onde houve maior valorização.
PROGRAMAS SOCIAIS
Conta de luz deve ficar mais cara, mas não para todos — projeto do governo prevê isenção para baixa renda e aumento para classe média, diz jornal. Reforma do setor elétrico tem como objetivo ampliar os beneficiados pela tarifa social, mas custo excedente recairá sobre demais clientes residenciais e pequenos comerciantes.
OS MAIS POPULARES
Nem Pinheiros, nem Botafogo: os bairros e os itens mais buscados pelos compradores de imóveis no Rio e em São Paulo. Na capital paulista, que busca imóvel para comprar está sedento por um ar-condicionado; já no Rio, prioridade é uma bela vista.
A CONTA NÃO FECHA
Correção de toda tabela do IR custaria mais de R$ 100 bilhões por ano, diz secretário. Não há dinheiro para bancar medida, afirma secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto.
NOVA APOSTA
Méliuz avalia listagem nos EUA para ampliar acesso a investidores estrangeiros; entenda os próximos passos da empresa. Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa.
UNIÃO ANIMAL
Fusão de Petz (PETZ3) e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade ainda nesta semana, e ações chegam a subir 6%. Autarquia antitruste considera fusão entre Petz e Cobasi como de baixa concentração do mercado voltados para animais de estimação, segundo site.
DEU BOM!
Wilson Sons (PORT3): venda de controle para a MSC por R$ 4,35 bilhões recebe sinal verde de agência reguladora. Conclusão da operação está prevista para 4 de junho, segundo informou a controladora indireta da companhia.
RESTRIÇÕES DE CURSOS
Ações de educacionais como Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) caem forte após decreto que muda regras da Educação a Distância (EaD). Cursos de Medicina, Direito e Odontologia só poderão ser ofertados presencialmente; novas exigências podem elevar custos e desafiar instituições privadas.
NO SHAPE
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo. Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses.
PORTFÓLIO À VENDA
BTG Pactual Logística (BTLG11) quer colocar o portfólio do SARE11 na carteira; cotistas são convocados para decidir futuro do FII. Para a aquisição do portfólio completo do fundo imobiliário, o BTLG11 propõe duas possibilidades de pagamento.
APROXIMAÇÃO COM A EUROPA
Ação de gigante chinesa de baterias para veículos elétricos dispara 16% em estreia na bolsa de Hong Kong, após maior IPO do ano. A CATL pretende usar grande parte dos US$ 4,6 bilhões levantados com o IPO para construir uma fábrica na Hungria e se aproximar de principais clientes europeus.
ACABOU O AMOR?
Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais. O CEO da Tesla foi o principal apoiador da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024, mas ele avalia que já fez “o suficiente”.
ADEUS, UBER
Robotáxis da Tesla já têm data de estreia; Elon Musk promete milhões de carros autônomos nas ruas até 2026. CEO da Tesla confirma entrega de mil robotáxis até o fim de junho e quer competir com os principais apps de transporte por meio de um modelo próprio.
O FUTURO DA MAISON
Nem a Chanel escapou: lucro cai com a crise do luxo, mas preços (ainda) não devem ser afetados. Vendas caíram especialmente na China e região, que são responsáveis por metade da receita da marca francesa.
POLÍTICA ITALIANA
Câmara dos Deputados da Itália aprova projeto que altera regras para cidadania do país; qual o próximo passo? Decreto-Lei baixado em março determinou 60 dias para confirmação de novas regras de pedidos de cidadania italiana por direito de sangue; com aprovação, projeto deve ser sancionado em até sete dias.
¡FUERA!
Adiós, turistas: Espanha bloqueia 65 mil Airbnbs, em meio à crise de moradia. Decisão do governo espanhol se encaixa em um contexto de crise de moradia no país e luta contra o turismo de massa.
SALVE A EMBREAGEM
Contra avanço dos automáticos, carros manuais tornam-se joias sobre rodas. Eles viraram símbolo de experiência sensorial e conexão com o carro. Conheça quatro cultuados esportivos que te obrigam a trocar de marcha.
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De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
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As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
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Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
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O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
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O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
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