Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Anda até um pouco cansativo repetir como as incertezas derivadas da guerra comercial de Donald Trump afetam os mercados financeiros em 2025.
Muitos investidores ficaram tão animados com o retorno de Trump à Casa Branca que tentaram tapar o sol com a peneira.
O entendimento era de que ele usaria o conhecimento da máquina adquirido no primeiro mandato para colocar em prática uma agenda liberalizante. Não é o que se vê.
Um tarifaço e cem dias passados desde a posse, Wall Street ainda tenta se recuperar de sua pior semana desde a pandemia, no início de abril.
O problema é que ninguém sabe muito bem o que esperar. A percepção dos investidores é de que a tentativa de remodelar a economia global é feita de improviso.
No geral, quem investe gosta de previsibilidade. Quando o plano é não ter plano, o mercado tende a entrar em pânico.
Leia Também
Sempre há quem ganhe, claro. Mas quando o epicentro da instabilidade é justamente os EUA, esteio da ordem liberal global desde o fim da Segunda Guerra Mundial, pior.
Talvez tudo isso esteja acontecendo porque Trump olha para a balança comercial não como político, mas como empresário.
Ao longo das últimas décadas, os déficits comerciais fizeram muito mais bem do que mal para os EUA. Permitiram ao país imprimir dinheiro sem se preocupar com inflação nem com dívida.
Na visão protocapitalista de Trump, porém, se não há superávit, você está “perdendo”.
Agora, com o governo da maior economia do mundo impondo guinada na estrutura econômica global para reverter o que vê como derrota, é impossível antecipar qual será o resultado.
Para intensificar as incertezas, Donald Trump parece tentar usar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) como bode expiatório à medida que um choque de oferta se avizinha.
Os clássicos são eternos
Com ações globais em baixa e os juros reais ainda lá em cima, tem gestor enxergando uma brecha que muita gente pode estar ignorando.
A clássica estratégia 60/40 voltou ao radar do investidor como uma forma de turbinar os retornos nesse cenário nada óbvio.
Entre os entusiastas da estratégia estão nomes de lendas do mercado como Jack Bogle, fundador da Vanguard, uma das maiores gestoras do planeta.
Pode ser só mais um ruído do mercado… ou o começo de uma janela que não vai ficar aberta por muito tempo.
Nunca ouviu sobre a estratégia 60/40?
Clique aqui para saber como aproveitá-la.
Esquenta dos mercados
O Ibovespa acaba de fechar acima dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025.
Com isso, o principal índice de ações da B3 chega à penúltima sessão de abril com alta acumulada de 3,65% no mês e de mais de 12% no que vai do ano.
A melhora da bolsa brasileira ocorre apesar dos movimentos defensivos dos investidores estrangeiros nos mercados internacionais.
Para hoje são aguardados novos dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, o relatório de produção e vendas da Petrobras e a entrevista coletiva do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Trump vai jogar a toalha? Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento.
EXPECTATIVAS 1T25
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde. Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital.
TOP PICK
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha. O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo.
O PIOR JÁ PASSOU?
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar? Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis.
VAREJO EM ALTA
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira. XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda.
APAGÃO!
O dia em que parte da Europa parou: Portugal, Espanha, França e mais três países ficam no escuro. Até um torneio de tênis precisou ser interrompido, com os jogadores retirados de quadra. Fenômeno atmosférico raro teria provocado a falta de luz.
EFEITOS DA GUERRA COMERCIAL
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta. Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics.
VAI PAUSAR OU AUMENTAR?
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste. Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento.
CRIPTO HOJE
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado. Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos.
FUNDAMENTOS INVERTIDOS
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA. Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis.
A DISPUTA ESTÁ ACIRRADA
Eletrobras (ELET3): eleição do conselho pega fogo e conselheiro excluído usa o LinkedIn como palco da disputa. Marcelo Gasparino vem divulgando na plataforma informações sobre o processo de eleição e recebeu a terceira advertência da empresa.
COMEÇANDO BEM A SEMANA
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga. A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio.
GUERRA DOS CHIPS
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34). Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês.
PESQUISA
Desaprovação a Lula cai para 50,1%, mas é o suficiente para vencer Bolsonaro ou Tarcísio? Atlas Intel responde. Os dados de abril são os primeiros da série temporal que mostra uma reversão na tendência de alta na desaprovação e queda na aprovação que vinha sendo registrada desde abril de 2024.
JOGANDO UM CHARME
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas. Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias.
PRIMEIRO EMPREGO
Momentos finais para se inscrever na Riachuelo, KPMG, Peers e P&G; confira essas e outras vagas para estágio e trainee. Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO INCLUSIVO
Governo federal lança segundo leilão para recuperar áreas degradadas e espera atrair até R$ 10 bilhões. Objetivo é mobilizar recursos para recuperar 1 milhão de hectares de cinco biomas diferentes e transformá-los em sistemas produtivos sustentáveis.
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira