Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
A guerra comercial de Donald Trump contra o mundo provocou pânico entre os investidores nos últimos dias.
O Ibovespa, por exemplo, vinha acumulando gordura desde o início do ano. Isso foi interrompido em 2 de abril, batizado por Trump como “Dia da Libertação” dos EUA.
Desde então, o índice já recuou mais de 4%.
Talvez Trump prefira que o mundo assista passivamente enquanto ele bate na mesa e sobe o tom, mas as reações ao que ele chama de tarifas “recíprocas” se acumulam.
Ao redor do mundo, os países retaliam ou se preparam para reagir. Internamente, protestos contra o presidente ganham corpo, bem como as contestações aos argumentos da Casa Branca.
Leia Também
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
Na segunda-feira, o megaivestidor Bill Ackman, que ajudou a financiar a campanha de Trump, mandou avisar que o presidente está perdendo a confiança dos empresários norte-americanos.
Hoje, depois da forte queda dos últimos dias, os mercados financeiros internacionais apontam para uma correção.
No entanto, é provável que ela tenha um prazo de validade bastante curto. Isso porque Trump deu até o meio-dia desta terça-feira para que a China desista de retaliar as sobretaxas norte-americanas ou enfrente mais tarifas.
O governo chinês já antecipou que não pretende ceder e que vai responder de maneira “resoluta”.
De qualquer modo, fica mais claro que Trump atira para todos os lados, mas seu alvo é a China.
Em meio à escalada, há quem veja que a guerra comercial tem o potencial de se transformar em uma oportunidade para o Brasil. Isso se ela não terminar em uma recessão global.
Parte dessa análise se baseia na perspectiva de que o impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia mundial pode reduzir a pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante por aqui.
Em si, essa seria uma boa notícia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas seria suficiente para transformar Trump em um cabo eleitoral involuntário de Lula em 2026?
Quem analisa o tema é o colunista Matheus Spiess.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
DIÁRIO DOS 100 DIAS
Tarifas de Trump: o dia que o mercado caiu em uma fake news e não sabia que o pior estava por vir. Wall Street chegou a operar com alta de 1% por cerca de dez minutos na segunda-feira (7), mas a alegria durou pouco; entenda toda a confusão.
A REALIDADE BATEU NA PORTA
EUA já estão em recessão, diz CEO de uma das maiores gestoras de ativos do mundo. Larry Fink, da BlackRock, acredita que a inflação vai acelerar e dificultar a vida do banco central norte-americano no corte de juros.
NEM QUE ME PAGUE
CDBs do Banco Master pagam até 160% do CDI no mercado secundário após investidores desovarem papéis com desconto. Negócio do Master com BRB jogou luz nos problemas de liquidez do banco, o que levou os investidores a optarem por resgate antecipado, com descontos de até 20%; taxas no secundário tiram atratividade dos novos títulos emitidos pelo banco, a taxas mais baixas.
VAI REBAIXAR?
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação. A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios.
MULTIPLICANDO A CARNE
Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3? Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação.
IR 2025
Como declarar pensão alimentícia no imposto de renda 2025. Pensão alimentícia é gasto dedutível para quem paga e rendimento isento para quem recebe. Veja como declarar as duas situações no imposto de renda 2025.
MAIS QUE AMIGOS…
Para ficar perto de Trump, Zuckerberg paga US$ 23 milhões por mansão em Washington — a terceira maior transação imobiliária história da capital americana. Localizada a menos de 4 km da Casa Branca, a residência permitirá ao dono da Meta uma maior proximidade com presidente norte-americano.
IR 2025
Como declarar aluguéis pagos e recebidos no imposto de renda 2025. Se você mora de aluguel ou investe em imóveis para renda, não se esqueça de informar os valores pagos ou recebidos pelo imóvel na sua declaração de IR 2025. Confira o passo a passo para declarar aluguéis no imposto de renda.
FIIS HOJE
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa após bancão chinês encerrar contrato de locação. Inicialmente, não seria aplicado multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo.
DEPOIS DA CALMARIA, A TEMPESTADE
Segunda-feira sangrenta: bitcoin afunda; o que esperar daqui para frente? Após breve alívio na sexta-feira, mercado cripto volta a enfrentar pressão vendedora, liquidações bilionárias e queda de indicadores técnicos — mas ainda há um ponto de esperança no horizonte.
MAIS UM VOO
Gol (GOLL4) firma acordo com a Boeing e destrava R$ 235 milhões para credores. A decisão é mais um passo no processo de reestruturação da companhia, conduzido pelo Chapter 11 do código de falências norte-americano.
AS 7 MALÉVOLAS
O rombo de trilhões de dólares: sete magníficas desabam junto com NY — ainda há esperança para as maiores empresas do mundo? Só na última sexta-feira (04), as sete magníficas perderam juntas US$ 800 bilhões em valor de mercado; BTG responde se ainda há esperanças.
MADE IN BRAZIL
Líder em smartphones na China chega ao Brasil, mas troca de nome para não ser confundida com outra empresa de telefonia. A chinesa Vivo Mobile Communication Co., Ltd. vai adotar o nome JOVI por aqui, além de fabricar seus aparelhos na Zona Franca de Manaus; previsão é chegar ao mercado no segundo trimestre.
EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Após prejuízo de R$ 2,9 bilhões, Oi (OIBR3) quer pagar R$ 199 milhões a executivos; ações caem forte na bolsa. A proposta, que será discutida em assembleia geral no fim do mês, indica o pagamento de R$ 199 milhões entre 2025 e 2027, o que representa aumento de 42,5%.
BILIONÁRIO COM APETITE RENOVADO
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3. Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel.
MAIS PROVENTOS NO FUTURO?
Equatorial (EQTL3): Por que a venda da divisão de transmissão pode representar uma virada de jogo em termos de dividendos — e o que fazer com as ações. Bancões enxergam a redução do endividamento como principal ponto positivo da venda; veja o que fazer com as ações EQTL3.
DINHEIRO NA CONTA
Dividendos e JCP: mais de R$ 5,6 bilhões serão pagos aos acionistas destas empresas até o fim de abril — veja quais e em que datas. Itaúsa, Telefônica Brasil, B3, Lojas Renner e outras 16 empresas pagarão proventos aos acionistas até o fim deste mês; veja valores e o calendário.
ENGORDOU A FORTUNA
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025. O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta.
DESIGN WEEK
Semana de Design de Milão: 10 dicas de insider para conferir na Fuorisalone. A diretora criativa Bruna Galliano indica 10 atrações criativas imperdíveis para conferir em Milão durante a programação Fuorisalone, paralela à feira de negócios.
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento