Futebol, ditados populares e a bolsa: Ata do Fed e dados de emprego nos EUA testam fôlego do Ibovespa e alívio no dólar
Comentários de Haddad na GloboNews ajudaram a sustentar segunda alta seguida do Ibovespa e queda do dólar

Não são apenas as analogias futebolísticas. Ditados populares também se aplicam ao mercado financeiro, embora sem a mesma frequência do esporte bretão.
Hoje é possível recorrer ao “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
Isso porque, enquanto os investidores parecem convencidos de que a melhor maneira de se posicionar neste momento é jogar na retranca, cada vez mais gestores pressentem que a postura do governo em relação ao corte de gastos em algum momento vai mudar.
Ontem, os comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma entrevista à GloboNews ajudaram a aliviar um pouco a pressão sobre o dólar e a sustentar uma alta de quase 1% do Ibovespa.
No entanto, a queda da bolsa nos últimos meses de 2024, a recente disparada do dólar e alta dos juros projetados são algumas das provas de que o mercado financeiro discorda do ministro.
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Para o ex-diretor do Banco Central e atual diretor de macroeconomia do ASA, Fabio Kanczuk, o cenário para o mercado financeiro brasileiro de 2025 é de “continuidade de crise”.
No entanto, ele afirma enxergar uma luz no fim do túnel.
Em entrevista exclusiva à Julia Wiltgen, Kanczuk disse acreditar que, ainda em 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai mudar de postura em relação ao fiscal.
A íntegra da entrevista você confere aqui.
Enquanto isso, a ata da última reunião do Fed e novos dados de emprego nos EUA testam a recuperação da bolsa e o alívio no dólar.
O que você precisa saber hoje
INFLAÇÃO ACIMA DE 6% EM 2025?
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FREE SPEECH?
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QUESTÃO DE SAÚDE GLOBAL
Outro vírus se espalha na China: HMPV causa nova onda de infecções respiratórias e Brasil monitora com atenção. O HMPV é um vírus respiratório que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. No Brasil, foi identificado pela primeira vez em 2004.
ANO POSITIVO
Embraer (EMBR3) registra aumento de 27% nas entregas de aeronaves no 4T24 e alcança crescimento anual de 14%; confira os números. A aviação Comercial e Executiva registram aumentos de 14% e 13%, respectivamente, enquanto em Defesa & Segurança o destaque foi a entrega de novos C-390 Millennium.
MEIO AMBIENTE
Energia renovável: Vale (VALE3) e GreenIron assinam memorando para projetos de descarbonização conjuntos no Brasil e na Suécia. Vale (VALE3) e a parceira sueca vão desenvolver um estudo de viabilidade para a instalação de uma unidade de redução direta no Brasil.
DESTAQUES DA BOLSA
A Smart Fit (SMFT3) vai perder o ‘shape’? Rede de academias supera guidance após crescimento bombado em 2024, mas bancão prevê menor rentabilidade daqui para frente. A empresa fitness cresceu 21% em relação ao ano anterior, com a abertura de 305 unidades — a maior adição de academias da história do grupo.
PREVISÕES DOS ANALISTAS
Vale a pena investir na Rumo (RAIL3) em 2025? BTG Pactual revela o que esperar das ações neste ano — e os principais riscos à empresa de Rubens Ometto. Na visão dos analistas, a empresa é a melhor pedida no setor de infraestrutura atualmente — mas há riscos no radar; entenda o que está em jogo neste ano.
NA MIRA DA B3
Com cotas abaixo de R$ 1,00, TORD11 anuncia intenção de promover grupamento e cai quase 10%. O fundo imobiliário TORD11 opera abaixo de R$ 1,00 desde outubro, o que levou a B3 a exigir, em dezembro, que o FII anunciasse medidas para correção do valor.
NEM CHARLES ESPERAVA POR ESSA
Caos na terra do rei: por que os títulos de longo prazo do Reino Unido atingiram o maior nível em 30 anos hoje. O yield (retorno) do título de 30 anos subiu 3 pontos-base, para 5,212% — um patamar que não era visto desde os anos de 1990.
NOVA CONCORRENTE
Elon Musk que se cuide: uma fabricante de carros japonesa quer ‘bater de frente’ com a SpaceX e investe US$ 45 milhões em foguetes. Em indireta para Elon Musk, presidente do Conselho da Toyota afirma que o futuro da mobilidade não deve depender de uma só empresa.
GUERRA COMERCIAL
Tencent, dona de League of Legends, entra para “lista proibida” dos Estados Unidos por suposta ligação militar com Pequim. Embora a decisão do Pentágono não implique em sanções diretas, as ações da Tencent caíram mais de 7% em Hong Kong.
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