Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Por mais que o título desta newsletter soe clichê, é o que é. Na madrugada desta terça-feira (21), a empresa de gestão ambiental Ambipar (AMBP3) anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial, algo que já era esperado pelo mercado para ocorrer nesta semana.
Trata-se de um desfecho amargo para uma companhia que abriu seu capital na bolsa brasileira “na crista da onda”, surfando a onda ESG — uma empresa com negócio ESG de verdade, nada do greenwashing que tanto vemos por aí.
Porém, o crescimento via aquisições, com endividamento em época de juros altos, abalou as ações da companhia. A confiança do mercado na empresa foi ainda mais abalada com a escalada artificial das ações que se seguiu, com o próprio controlador, a empresa e outros grandes investidores comprando papéis desenfreadamente e obrigando os vendidos a desfazerem suas posições. Ali já estava bem claro que algo não ia bem.
A pá de cal veio há cerca de um mês, quando a empresa pediu proteção judicial contra credores, depois que seus títulos de dívida no exterior começaram a se desvalorizar, acionando o mecanismo de um contrato de swap que a obrigava a depositar mais garantias. Seria o gatilho para um efeito cascata de vencimento antecipado de dívidas, com o qual a Ambipar não conseguiria arcar.
Os detentores de debêntures e bonds da empresa viram os preços dos seus papéis derreterem, assim como os acionistas, que se depararam com uma desvalorização de mais de 97%. Nós trazemos os detalhes sobre a RJ da Ambipar e o processo que resultou no pedido de reestruturação da empresa nesta reportagem da Bia Azevedo.
Muito além do cafezinho com o gerente
A competição acirrada entre os grandes bancos brasileiros tem muitas frentes de batalha, e uma delas pode envolver você. Trata-se da concorrência pelos clientes pessoas físicas de alta renda, em segmentos como o Estilo, do Banco do Brasil, o Principal, do Bradesco, e o Select, do Santander.
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A lista de “mimos” para atrair esse público e se tornar o banco principal desses clientes vai muito além do tradicional cafezinho com o gerente. Estamos falando de um assessor específico de investimentos, aplicativo totalmente personalizado, cartões de crédito com benefícios especiais, consultoria para sucessão patrimonial e agências diferenciadas.
A repórter Camille Lima conversou com os responsáveis pelo foco na alta renda dos três bancos e conta, nesta reportagem, o que eles têm a oferecer, além de como essa estratégia se enquadra nos planos de negócio mais gerais de cada instituição financeira.
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ESQUENTA DOS MERCADOS
O Ibovespa entrou em ritmo de recuperação e já voltou à marca dos 144 mil pontos. O principal índice da B3 é impulsionado pelas expectativas de um encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que podem trazer alívio ao tarifaço imposto pelo republicano.
Já nesta terça-feira, os investidores locais estarão de olho na publicação do relatório de produção da Vale (VALE3) depois do fechamento e no início da temporada de balanços no Brasil.
E não é só por aqui que os resultados das empresas ficam sob os holofotes. No exterior, os participantes do mercado digerem balanços de pesos-pesados, a começar pela General Motors, Nasdaq Inc. e Coca-Cola.
Além disso, o mercado estará atento à divulgação da balança comercial do Japão e ao discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.
Enquanto os investidores calibram as expectativas, as bolsas europeias abrem o dia sem uma direção única. Já os índices futuros de Nova York operam em leve queda.
As bolsas asiáticas, no entanto, foram no sentido contrário e fecharam o dia no azul, em meio a esperanças de que EUA e China resolvam as divergências comerciais.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem. O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026.
EXCLUSIVO
Segunda instância deve confirmar decisão inédita que colocou a Oi (OIBR3) de cara com a falência. Afastamento de toda a diretoria telecom deve ser mantida no Tribunal de Justiça do Rio; empresa tenta reverter medida que destituiu o conselho.
ENTENDA A SAGA
Depois de anos de embate, Petrobras (PETR4) obtém licença histórica para perfurar Margem Equatorial. Após anos de disputa com órgãos ambientais e pressões políticas, estatal inicia perfuração em águas profundas do Amapá, em uma das regiões mais promissoras — e controversas — do país.
DESCENDO PARA O PLAY
O gigante acordou: a nova ‘arma secreta’ da Amazon na batalha do e-commerce brasileiro. Batendo de frente com Mercado Livre, uma nova funcionalidade da norte-americana tem potencial de fidelizar o cliente — apesar das margens baixas.
DEU TILT
Falha global da AWS derruba plataformas e atrapalha até companhias aéreas; Amazon diz que serviço em nuvem está voltando ao normal. A Amazon Web Services (AWS) confirmou sinais de recuperação após a falha global que afetou grandes plataformas digitais nesta segunda-feira (20).
NEGOCIAÇÕES SEM DIAGNÓSTICO
Fleury (FLRY3) diz que negociações com Rede D’Or (RDOR3) continuam, mas ações caem na bolsa; qual a chance de um acordo? Para o BTG, comunicação do Fleury reforça que conversas ainda estão de pé e que acordo é ainda mais provável.
MINE, BABY, MINE
O jogo das terras raras: tensões entre China e EUA voltam a agitar o comércio global. Restrição de exportações, corrida por licenças e alta nas ações do setor expõem a nova frente da disputa estratégica entre as duas maiores economias do mundo.
GUERRA COMERCIAL
Trump cobra que China volte a comprar soja norte-americana, exigência para negociações sobre tarifas. O republicano exige que a China retome importações de soja e diz manter boas relações com o país; China admite desaceleração econômica.
ANBIMA
Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos. Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima.
PRÉ-SAL
Petrobras (PETR4) assina acordo de equalização de Jubarte; valor devido à União é de R$ 1,54 bilhão. A estatal informou que as negociações com os parceiros do campo de Argonauta — Shell Brasil, Enauta (Brava) e ONGC Campos — ainda estão em andamento.
COMBUSTÍVEIS
Petrobras (PETR4) dá alívio para o bolso dos motoristas e anuncia redução de 4,9% no preço da gasolina. Segundo estimativas de mercado, a estatal tinha margem para reduzir entre 5% e 10% o preço da gasolina.
FÔLEGO
Em crise, Invepar entrega controle da Linha Amarela no RJ ao fundo Mubadala para quitar dívidas e estende trégua com credores. Negócio marca mais um capítulo da reestruturação da Invepar, que busca aliviar dívidas bilionárias e manter acordos com credores enquanto o Mubadala assume o controle da Linha Amarela, no Rio de Janeiro.
A JOIA DA COROA
Cogna (COGN3) é destaque no Ibovespa com alta de mais de 6% — e analistas ainda veem espaço para mais. Com alta de 210% desde janeiro, as ações da empresa conquistaram o posto de melhor desempenho na carteira do Ibovespa em 2025.
PRÉVIA OPERACIONAL 3T35
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25. BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida.
REEMBOLSO DE DESPESAS
Isa Energia (ISAE4) confirma captação de R$ 2 bilhões em debêntures — mercado segue de olho na dívida da companhia. Recursos serão usados no reembolso de despesas de um projeto de transmissão elétrica; captação ocorre em meio ao avanço da alavancagem da companhia.
FIIS
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso. O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato.
CRÉDITO MAIS BARATO
Precisa reformar a casa? Governo lança hoje programa que oferecerá R$ 40 bilhões em crédito; veja quem pode participar. O Reforma Casa Brasil prevê créditos com juros reduzidos e prazos de pagamento de até 60 meses, e inclui faixa para quem tem renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9,6 mil.
FORA DO AR
De redes sociais a companhia aéreas: o que a falha da AWS revela sobre a dependência mundial da nuvem. A falha global da Amazon Web Services (AWS) nesta segunda-feira (20) deixou milhões de pessoas sem acesso a sites, aplicativos e serviços que sustentam a vida digital.
NEGÓCIO INTERGALÁTICO
Quer morar em uma base da Nasa? Governo dos EUA coloca imóvel com planetário e 25 telescópios à venda, mas o preço não é uma pechincha. Construída em 1963, a antiga base da Nasa na Carolina do Norte teve papel importante na Guerra Fria e agora está à venda por US$ 30 milhões (R$ 162 milhões).
ROTEIRO DE FILME
Roubo no Louvre, Mona Lisa desaparecida, pé-de-cabra no MASP: os grandes assaltos a museus de arte da história. De privadas de ouro até “quadros para viagem”, a história da arte foi entalhada por roubos dignos de um bom roteiro policial. Confira aqui alguns dos assaltos mais emblemáticos.
WHAT A COINCIDENCE!
O sumiço que antecedeu o roubo: pintura de Picasso desaparece na Espanha dias antes de assalto ao Louvre. A peça desaparecida é “Naturaleza muerta con guitarra”, uma pequena pintura em guache que deveria ser exibida ao público em Granada em 9 de outubro.
PROIBIDO!
Outra marca de azeite cai na mira da Anvisa. Veja todas as marcas proibidas pelo governo — e descubra como evitar os produtos irregulares. A decisão proíbe a fabricação, venda, distribuição, importação, divulgação e consumo de todos os lotes de azeite desta marca. Veja qual é.
UM DOS MAIORES ROUBOS DA HITÓRIA
Em meio a roubo de joias históricas do Museu do Louvre, a peça principal ficou para trás; veja o que foi levado. Criminosos invadiram o Museu do Louvre e levaram oito joias da coroa francesa, em um dos maiores roubos da história; o diamante Régent, avaliado em US$ 60 milhões, ficou para trás.
TRADUZINDO PRÊMIOS
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