Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio
Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos

Depois de renovar recordes no início da semana, o Ibovespa amargou na quinta-feira (22) a segunda sessão seguida em queda.
O índice ia razoavelmente bem até o meio da tarde. No entanto, uma proposta do governo para elevar o IOF sobre dinheiro transferido para aplicação em fundos de investimento no exterior azedou o humor dos participantes do mercado.
A repercussão da proposta referente ao IOF, sigla para Imposto sobre Operações Financeiras, jogou para segundo plano a contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas do Orçamento para cumprir a meta de déficit fiscal zero.
No fim do dia, a bolsa caiu 0,44%, mas manteve os 137 mil pontos, e o dólar subiu.
Talvez o ânimo mude nesta sexta-feira (23). Isso porque, diante da repercussão negativa, o Ministério da Fazenda recuou da proposta no que se restringe às remessas para investimentos.
Ou seja, a alíquota zero sobre esse tipo de operação continua em vigor. No caso de remessas destinadas a investimentos por pessoas físicas, está mantida a alíquota atual, de 1,1%.
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“Este é um ajuste na medida - feito com equilíbrio, ouvindo o País, e corrigindo rumos sempre que necessário”, afirma a Fazenda em nota divulgada no fim da noite de ontem.
Também estão no radar comentários públicos do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento na parte da tarde.
Nova moda no mercado
Uma nova moda ganha força no mercado. O número de investidores nos chamados fundos imobiliários cetipados cresceu mais de 20% de 2023 para 2024, segundo levantamento da XP.
Esses fundos não são listados na bolsa. Negociados em balcão, eles não apresentam as oscilações intensas e rápidas que muitas vezes observamos na B3. Mas eles valem a pena?
A Dani Alvarenga traz a resposta na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro.
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O Seu Dinheiro está organizando seu próximo evento, o “Onde Investir no 2º semestre”. Veja como a sua marca pode participar com destaque com as oportunidades de patrocínio que estamos oferecendo.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
TUDO IGUAL
Com IOF mais alto, conta em dólar e moeda em espécie perdem vantagem ante cartão de crédito internacional e pré-pago. Alíquota do imposto agora é igual — e mais alta — para todas as modalidades de câmbio feitas por pessoas físicas, sobretudo quem viaja para o exterior.
COLHER DE CHÁ
CMN reduz prazo de carência de LCIs e LCAs de nove para seis meses, mas fecha um pouco mais o cerco a CRIs, CRAs e CDCAs. Órgão afrouxa restrição imposta em fevereiro de 2024 a LCIs e LCAs, mas aperta um pouco mais as regras para outros títulos isentos de imposto de renda.
AGROFORUM 2025
“Se fizer o dever de casa e sinalizar um ajuste fiscal, imediatamente a economia melhora”, diz Mansueto Almeida. Economista-chefe do BTG Pactual acredita que com sinais claros de responsabilidade fiscal e controle de gastos, juros e inflação no país teriam espaço para cair rapidamente.
ADIOU
“Pix dos Investimentos” vai ficar para 2026: CVM adia data de lançamento e muda regras de portabilidade das aplicações financeiras; veja como ficou. Resoluções entrarão em vigor somente em 2026 e possibilitam, por exemplo, transferir cotas de fundos de investimento de uma corretora para outra.
ATÉ DANOS MORAIS
Aposentados vítimas de fraude do INSS e até mesmo seus herdeiros têm direito a ressarcimento em dobro; saiba como pleitear. Segundo advogado, é possível entrar com ação judicial para pedir restituição em dobro dos valores descontados e até indenização por danos morais.
CHARME DA APPLE?
Por que a OpenAI decidiu pagar US$ 6,5 bilhões pela startup do designer do iPhone? Em comunicado, a dona do ChatGPT afirma que o objetivo da parceria com Jony Ive é desenvolver dispositivos voltados ao consumidor e que moldarão o futuro da IA.
RESSARCIMENTO
Fraude no INSS: descontos indevidos já comunicados somam R$ 1 bilhão em devoluções; governo amplia atendimento com os Correios. Em entrevista coletiva, presidente do INSS falou sobre os ressarcimentos e confirmou parceria com os Correios para atendimento presencial a partir do dia 30.
NOVAS REGRAS
Cursos vetados pelo marco do EaD só poderão aceitar novas matrículas até agosto deste ano; entenda. As novas regras afetarão as graduações de ensino à distância nos cursos de direito, medicina, odontologia, enfermagem e psicologia.
EMISSÃO BILIONÁRIA
Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos. Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais.
DESTAQUES DA BOLSA
Vem casamento pela frente? Ações da Gol (GOLL4) chegam a disparar quase 20% e levam Azul (AZUL4) às alturas com expectativas de fusão. Na avaliação do mercado, parte do combustível para a performance robusta é a expectativa de combinação de negócios entre as aéreas.
DIAS DE LUTA, DIAS DE GLÓRIA
Magazine Luiza (MGLU3) desponta como uma das maiores altas do Ibovespa — o que está por trás da arrancada? O Jefferies, bancão norte-americano, iniciou a cobertura das ações de Magazine Luiza com recomendação de compra; entenda os motivos.
DINHEIRO NO BOLSO
Entenda por que a Marcopolo (POMO4) é a escolha do Itaú BBA para quem procura dividendos sólidos e constantes. Empresa de ônibus ainda não alcançou a recuperação da bolsa brasileira neste ano, mas as ações continuam com valorização atrativa e sólida, de acordo com o banco.
EM MEIO A DÍVIDAS BILIONÁRIAS
Crise financeira na Invepar: concessionária do aeroporto de Guarulhos quer que acionistas votem pedido de recuperação judicial. Com dívidas brutas de mais de R$ 3 bilhões, a empresa de infraestrutura de transportes quer recorrer à reestruturação de débitos junto à Justiça para se reerguer financeiramente.
JANTAR CRIPTO
Quanto custa um jantar com o presidente? Trump realiza jantar exclusivo com megainvestidores de sua memecoin (TRUMP) e gera polêmica nos EUA. A lista completa de convidados segue sob sigilo, mas alguns nomes já vieram à tona, revelando um público variado e, em alguns casos, excêntrico.
CRIPTO
Bitcoin (BTC) continua quebrando recordes e se aproxima dos US$ 112 mil no aniversário de sua 1ª transação. Bitcoin sustenta e renova máximas históricas nesta quinta-feira (22), impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além do avanço regulatório das stablecoins no Senado norte-americano.
MERCADO 24/07
Kraken lança ações tokenizadas de empresas dos EUA para clientes internacionais; Nvidia, Tesla e Apple estão na lista. Corretora anuncia lançamento de mais de 50 ações e ETFs tokenizados; papéis como Apple, Tesla e Nvidia poderão ser negociados como tokens por investidores fora dos EUA.
SETOR PRODUTIVO COMEMORA
Senado aprova projeto de lei que flexibiliza licenciamento ambiental, mas pode provocar aumento na judicialização, diz Ministério do Meio Ambiente. O texto retorna à Câmara dos Deputados para revisão das mudanças e, em caso de nova aprovação, seguirá para a sanção do presidente Lula.
GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO
Três empresas vencem leilão do BNDES para manejo sustentável de floresta com potencial de arrecadação de R$ 32 milhões por ano. A concessão prevê o uso sustentável de recursos como madeira em tora, palmito, açaí, castanha-do-pará, óleo de copaíba e andiroba no sul do Amazonas.
O BRASIL ‘NA FILA DO PÃO’
São Paulo é a 303ª melhor entre as 1000 cidades mais populosas do mundo; veja o ranking da Oxford. Estudo considera 27 indicadores para classificar as melhores entre as mil cidades mais populosas do mundo.
O MAPA DA MINA
Onde moram os bilionários? Brasil supera a França e é o 10º país com mais ultra ricos residentes. A partir de lista da Forbes, site calculou os 40 nações com mais moradores bilionários; numericamente, Brasil.
Aquele fatídico 9 de julho que mudou os rumos da bolsa brasileira, e o que esperar dos mercados hoje
Tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil vem impactando a bolsa por aqui desde seu anúncio; no cenário global, investidores aguardam negociações sobre guerra na Ucrânia
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia de agenda esvaziada, mercados aguardam negociações para a paz na Ucrânia
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Na pujança da indústria de inteligência artificial e de seu entorno, raramente encontraremos na História uma excepcionalidade tão grande
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
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Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
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O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
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