Retaliação: Irã lança mísseis contra bases dos EUA, e petróleo desaba no exterior; Petrobras (PETR4) cai na B3
Após a entrada dos EUA no conflito, o Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana no Catar, segundo agências de notícias

Com a tensão nas alturas, o cenário geopolítico ganhou um novo contorno na tarde desta segunda-feira (23). O Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana de Al Udeid, no Catar, e derrubou os mercados, que vinham operando com certo alívio diante das baixas chances de Teerã fechar o Estreito de Ormuz.
Várias explosões foram ouvidas sobre Doha, a capital do Catar, após as ameaças do Irã de retaliar os ataques dos EUA às suas instalações nucleares.
Além do ataque à base norte-americana no Catar, os iranianos também dispararam mísseis contra uma base militar dos EUA no Iraque, segundo informações da mídia estatal iraniana Tasnim.
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Antes das explosões, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou no X: "Nós não iniciamos a guerra nem a buscamos. Mas não deixaremos a invasão do grande Irã sem resposta".
O ataque aconteceu aproximadamente uma hora depois de o país anunciar o fechamento do espaço aéreo e as embaixadas dos EUA e do Reino Unido recomendarem aos cidadãos que se abriguem em local seguro, de acordo com o Wall Street Journal.
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Segundo informações da CNN, o governo norte-americano já esperava uma retaliação de Teerã, mas as avaliações iniciais indicam que os mísseis disparados pelos iranianos não atingiram os alvos pretendidos.
O Ministério da Defesa do Catar inclusive afirmou que interceptou um ataque de mísseis iranianos à base aérea dos EUA.
Um funcionário da Casa Branca afirmou à CNN que o presidente Donald Trump está disposto a intensificar o envolvimento militar dos EUA se necessário.
Petróleo desaba e pressiona ações de petroleiras na B3
A reação dos mercados é mista. Em Wall Street, os índices se mantiveram no azul. O Dow Jones fechou com alta de 0,89%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,96% e 0,94%, respectivamente.
Na Europa, as bolsas encerraram a sessão no vermelho, pressionadas pelo temor de retaliação iraniana após os ataques conjuntos dos Estados Unidos e de Israel do fim de semana.
Por aqui, o Ibovespa chegou a perder o patamar de 136 mil pontos, mas arrefeceu as quedas.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,41%, aos 136.550,50 pontos, pressionado pela desvalorização de ações de peso como a Petrobras (PETR4), que caíam 2,80%, cotadas a R$ 31,90.
E por falar em petroleiras, a commodity passou a operar em forte queda após a retaliação iraniana desta tarde.
No mercado internacional, os contratos futuros do petróleo do tipo Brent — referência global — para setembro fechou em baixa de 6,67%, negociados a US$ 70,52 o barril na Intercontinental Exchange (ICE).
Já o barril do WTI, referência no mercado norte-americano, para agosto encerrou em queda de 7,22%, a US$ 68,51 na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Embora o Irã esteja respondendo à ofensiva dos Estados Unidos no final de semana, a avaliação dos investidores é que o Irã não tem capacidade para retaliar contra as forças norte-americanas no mesmo nível.
Segundo especialistas, o país persa tem poucas opções para responder com vigor aos ataques dos EUA — e uma delas mexe diretamente com o petróleo.
Uma das maiores ameaças iranianas hoje é o fechamento do Estreito de Ormuz. Localizado entre Omã e o Irã, a via é o corredor marítimo mais importante do mundo para o transporte de petróleo — as projeções da consultoria de energia Vortexa indicam que cerca de 20 milhões de barris de petróleo bruto, condensado e combustíveis passam pela região diariamente.
A mídia estatal iraniana diz que o parlamento do país deu aval para o fechamento do estreito. Contudo, a decisão final está na mão do Conselho de Segurança Nacional do Irã.
Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que uma tentativa de fechar o estreito seria um “suicídio econômico” para o país.
“Temos opções para lidar com isso [o fechamento do estreito. Isso prejudicaria muito mais as economias de outros países do que a nossa. Seria uma escalada massiva do conflito que mereceria uma resposta, não apenas nossa, mas de outros", disse Rubio, em entrevista à Fox News no domingo.
Segundo Omar Mitre, head de multimercados do ASA, se isso acontecer, "obviamente o preço do petróleo poderia atingir preços bastante elevados", acima de US$ 100.
"Porém, acreditamos que a chance de esse evento ocorrer é baixa, dada a elevada dependência da economia do Irã das exportações de óleo, que ocorre quase na sua totalidade pelo Estreito, e pelos efeitos negativos nos aliados do Irã, notadamente a China, que compra 90% do petróleo do Irã", escreveu Mitre.
O ataque do Irã às bases dos EUA
Segundo o secretariado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, o número de mísseis que o Irã usou para atacar a base aérea foi "o mesmo número de bombas que os EUA usaram para atingir instalações nucleares iranianas".
A Axios reportou que, ao todo, foram lançados seis mísseis na direção das bases norte-americanas na região.
No último sábado (21), os EUA decidiram entrar no conflito entre Israel e Irã, no primeiro ataque direto dos norte-americanos contra Teerã em pelo menos 45 anos.
Na ocasião, Trump afirmou que concluiu o "ataque bem-sucedido" às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan.
*Com informações da CNN, Wall Street Journal, Reuters, AP News, Axios, Money Times e CNBC.
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