🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

PREVISÃO SOMBRIA

Guerra comercial de Trump pode pôr fim à exuberância da bolsa dos EUA, diz gestora de Ray Dalio

Bridgewater envia uma mensagem clara: não se pode mais confiar nos EUA como um parceiro consistente — e lista quatro fatores que comprovam essa tese e podem mexer com os investimentos

Carolina Gama
6 de março de 2025
19:15 - atualizado às 18:34
Estátua de garota em frente ao touro de Wall Street
Estátua de garota em frente ao touro de Wall Street - Imagem: Shutterstock

Quando um dos maiores fundos de hedge do mundo faz uma previsão, os investidores param para ouvir. Quando essa previsão compara o ambiente de transformação atual da bolsa americana à crise financeira de 2008 e aos eventos ligados à pandemia de covid-19, a atenção deve ser redobrada — e é isso que o Bridgewater Associates, do bilionário Ray Dalio, fez. 

Em carta intitulada “O Preço da Nova Ordem Econômica de Trump Pode Ser o Fim do Desempenho Superior dos Ativos dos EUA”, Greg Jensen, Danny DeBois e Ben Park dizem que um aumento tarifário da magnitude do que foi anunciado pelo presidente norte-americano apresenta desafios sem precedentes para economias tão integradas como a de EUA, Canadá e México

“Embora a trajetória de curto prazo dessas tarifas permaneça incerta, com possíveis alívios para o Canadá e o México, a mensagem para os parceiros comerciais dos EUA é clara: não se pode mais confiar nos EUA como um parceiro consistente”, diz o trio. 

Segundo eles, o cenário atual “se assemelha a uma mudança secular que os mercados demorarão a precificar totalmente, semelhante à crise financeira global e à mudança acelerada para a coordenação fiscal-monetária impulsionada pela covid-19”. 

Jensen, DeBois e Park apresentam quatro fatores que justificam o alerta aos investidores e o Seu Dinheiro conta os principais pontos a partir de agora. 

Com Trump, o ambiente fica mais perigoso para a bolsa americana

De acordo com o trio, o ambiente para os ativos dos EUA tornou-se significativamente mais perigoso devido a quatro fatores principais:

Leia Também

1. Os preços dos ativos norte-americanos exigem um grande superávit de capital dos EUA

Um ponto de partida fundamental para entender o quão arriscados são os mercados de ativos dos EUA nesta nova ordem mundial é entender o quão dependentes os preços dos ativos dos EUA estão dos fluxos financeiros de seus parceiros. 

O mercado de ações dos EUA representa mais de 70% das ações globais negociadas publicamente. Isso significa que, para sustentar os níveis atuais do mercado de ações dos EUA em uma base relativa, os EUA precisam atrair 70 centavos de cada dólar economizado em ações globais. Esses níveis exigem fluxos altos contínuos do resto do mundo.

Os mercados de ativos dos EUA são muito mais dependentes de investidores estrangeiros do que o contrário.

“Há um risco direto de que medidas comerciais agressivas contra os principais parceiros comerciais dos EUA prejudiquem o desejo de injetar recursos em ativos norte-americanos, seja por meio de pressões orgânicas para boicotar os mercados dos EUA ou de diretrizes governamentais de cima para baixo para diversificação em outros mercados”, dizem os gestores. 

2. Empresas dos EUA precisam de cooperação global

Por meio de uma combinação de engajamento econômico global, garantias de segurança para os principais parceiros comerciais e incentivos por meio do acesso aos seus mercados, os EUA criaram um conjunto de instituições globais que lançaram as bases para o excepcionalismo corporativo norte-americano. 

Embora os EUA constituam aproximadamente 20% do PIB global, suas empresas têm um desempenho significativamente superior em relação ao peso da economia, ficando com 40% dos lucros globais. 

Este é o resultado de instituições internacionais que permitiram que as empresas dos EUA operassem no exterior e competissem de forma justa — com grande parte do aumento vindo da China e com os principais parceiros comerciais, como a Europa, permanecendo uma fonte importante de lucros. 

“Embora a economia norte-americana seja comparativamente mais resistente a uma guerra comercial do que seus parceiros comerciais porque importa mais do que exporta, as empresas dos EUA são consideravelmente mais vulneráveis”, dizem os gestores. 

Eles alertam que, nesse cenário, a retaliação não tarifária direcionada aos lucros das empresas norte-americanas por países que enfrentam as taxações de Trump é um risco fundamental.

ONDE INVESTIR EM MARÇO: Ações, criptomoedas, pagadoras de dividendos, FIIs e BDRs para este mês

3. O forte crescimento dos lucros dos EUA tem sido, em parte, consequência direta do aumento dos déficits fiscais

Os fortes lucros das empresas norte-americanas nos últimos anos foram diretamente possibilitados por grandes déficits fiscais. 

Em nível de economia, a poupança total entre os setores precisa somar o investimento total e, para que os lucros corporativos aumentem, algum outro player na economia deve gastar. 

Desde a covid-19, o setor que mais gastou nos EUA — isto é, tomou emprestado — foi o governo. Esses déficits abriram caminho pela economia dos EUA para apoiar os lucros corporativos de várias maneiras. 

Um exemplo é a transferência de renda para as famílias, que compensou a perda de renda privada durante o choque da covid-19, o que permitiu que as empresas dos EUA coletassem receitas mais altas do setor familiar sem pagar salários correspondentemente mais altos.

Outro canal, mais direto de déficits fiscais apoiando os lucros corporativos, foi o corte de impostos corporativos de Trump.

“Permanece considerável incerteza sobre a trajetória da política fiscal a partir daqui, e cortar significativamente os gastos será politicamente desafiador”, dizem Jensen, DeBois e Park.

4. O Fed está começando a enfrentar mais uma restrição de inflação

O ciclo de flexibilização do Federal Reserve (Fed) no ano passado foi particularmente otimista para a bolsa americana porque foi preventivo — o crescimento ainda não havia perdido força e a inflação estava moderando, o banco central norte-americano cortou os juros para sustentar a expansão atual em vez de esperar para compensar uma desaceleração. 

Com a inflação mais persistente e as tarifas — pelo menos no curto prazo — provavelmente impulsionando os preços para cima, é muito mais difícil para o Fed ser proativo. 

“Embora esperemos que o Fed reduza as taxas se o desemprego aumentar significativamente, com a inflação onde está e um alto grau de incerteza política, o banco central ficará para trás desse movimento em vez de evitá-lo. Essa é uma situação muito mais perigosa para os preços de ativos esticados”, dizem.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DECOLANDO

Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)

12 de junho de 2025 - 18:23

Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

12 de junho de 2025 - 17:40

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

MOVIMENTO INÉDITO

Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria

12 de junho de 2025 - 16:49

Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3

NA MIRA DO LEÃO

Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras

12 de junho de 2025 - 15:48

O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso

MENOS RENDIMENTOS

Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto

12 de junho de 2025 - 13:52

Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores

DE CARA NOVA

Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11

12 de junho de 2025 - 13:02

Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial

AJUSTES NO PORTFÓLIO

Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3

12 de junho de 2025 - 9:16

O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?

ANOTE NA AGENDA

Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber

11 de junho de 2025 - 19:40

A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos

CARTA MENSAL

Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”

11 de junho de 2025 - 16:04

Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação

A MAIOR ALTA DO IFIX

Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje

11 de junho de 2025 - 12:19

Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII

DE OLHO NA CONTA

Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber

11 de junho de 2025 - 11:39

A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu

11 de junho de 2025 - 10:39

Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas

QUE SE FAÇA LUZ

Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%

10 de junho de 2025 - 19:29

A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado

COMPRAR OU VENDER

Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta  preço-alvo das ações BBSA3

10 de junho de 2025 - 18:00

Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço

É A HORA

Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos

10 de junho de 2025 - 13:25

De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%

OPORTUNIDADE À VISTA

Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG

10 de junho de 2025 - 12:39

Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG

LEÃO COM MAIS APETITE

“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?

9 de junho de 2025 - 17:23

Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos

LÁ VAMOS NÓS DE NOVO…

FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda

9 de junho de 2025 - 17:14

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF

É PARA COMPRAR

UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”

9 de junho de 2025 - 13:10

Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA

A ESTRATÉGIA DO FII

Maior fundo imobiliário de renda urbana da B3 vende imóvel locado pelo Insper por R$ 170 milhões; veja o que muda para os cotistas

9 de junho de 2025 - 12:11

O FII anunciou nesta segunda-feira (9) que firmou um acordo para a venda total do edifício localizado na Rua Quatá, em São Paulo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar