BTG Pactual (BPAC11) pode saltar 40% em 2025 e ainda pagar bons dividendos, diz JP Morgan — mas há outros bancos na mira dos analistas
BTG e outro gigante do setor bancário são escolhas populares entre os investidores, que hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos ou com menor risco de queda de lucros
Apesar de o BTG Pactual (BPAC11) ter renovado recordes de lucro em 2024, esse sentimento não se traduziu na performance na bolsa brasileira. Os papéis do banco tiveram um desempenho pior que o Ibovespa no ano passado, com queda superior a 26%. Mas, na visão do JP Morgan, o tombo do bancão abriu uma oportunidade.
Para os analistas, esse é o ponto de entrada que estava faltando para quem quer investir em uma ação de qualidade, que paga bons dividendos e com potencial robusto de valorização nos próximos meses.
O JP elevou a recomendação para o BTG de neutro para “overweight” — equivalente a compra —, com preço-alvo de R$ 38,00 para dezembro de 2025. A cifra implica uma valorização de 37% em relação ao último fechamento.
“Na nossa visão, o múltiplo atual de 7,3 vezes o preço/lucro (P/L) estimado para 2025 oferece um bom ponto de entrada para uma empresa que triplicou seus lucros desde 2019”, afirmaram os analistas.
Por trás do otimismo com o BTG Pactual (BPAC11)
É verdade que o BTG não se encaixa no perfil típico de ações de alto rendimento de dividendos, e que parte de suas receitas, como o crédito corporativo, tende a ser mais exposta a fatores macroeconômicos.
Ainda assim, o banco elevou a representatividade das linhas mais defensivas no balanço, como gestão de ativos e gestão de patrimônio, que agora correspondem a mais de 40% das receitas totais.
Leia Também
Além disso, o BTG tem ganhado participação em diferentes produtos — e, na visão dos analistas, a recente onda de atividades de fusões e aquisições (M&A) sugere oportunidades à frente.
“Embora nem sempre perfeito, acreditamos que o BTG possui um histórico majoritariamente positivo nesta área — e alguns investidores o percebem como uma ação para todos os momentos.”
Apesar de não ser considerado exatamente uma barganha, já que hoje negocia a 1,9 vez o valor patrimonial reportado, o BTG tem aumentado o valor patrimonial rapidamente, o que faz os analistas acreditarem que a empresa negocie a um múltiplo de P/VPA (valor de mercado sobre o patrimônio líquido) semelhante ao do Itaú já neste ano.
Apesar das condições macroeconômicas mais apertadas no Brasil em 2025, o JP Morgan prevê que a lucratividade do BTG continue a avançar e que os múltiplos se alinhem aos do Itaú, com um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ligeiramente superior e menor payout.
No entanto, há um risco crescente de reinvestimento para manter a rentabilidade alta.
“Embora o BTG tenha maior potencial de crescimento, ainda mantemos ITUB4 como nossa principal escolha, considerando seu retorno total, diversificação de lucros, menor custo de capital (CoE) e menor risco de queda do lucro por ação”, disseram os analistas.
BTG tem maior potencial de crescimento — mas não é o favorito
Segundo os analistas, os investidores hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos (dividend yield) ou com menor risco de queda de lucros, como Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Banco do Brasil (BBAS3).
Para o banco, enquanto Itaú e BTG são escolhas populares, outros bancos enfrentaram menor demanda, com discussões centradas em desafios da curva de juros e do ciclo de crédito.
O Nubank, por exemplo, é geralmente evitado pelos investidores locais devido a preocupações com o crescimento mais lento de empréstimos e qualidade de ativos.
“Antes dos resultados do 4T24, preferimos posições em Itaú e BTG, mas acreditamos que o Banco do Brasil tem mais espaço para superar ao longo do ano”, disseram os analistas.
Hoje, a ordem de preferência do JP Morgan no setor financeiro é: Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e, por fim, o Bradesco (BBDC4).
- VEJA MAIS: Itaú e BB Seguridade são as principais indicações do BTG Pactual no setor financeiro em 2025 – veja a tese completa dos papéis e outras 27 ações para atravessar este ano
Veja as teses de investimentos do JP Morgan para os grandes bancos da B3
Itaú (ITUB4) - “Overweight” (compra) - preço-alvo de R$ 39,00
No caso do Itaú (ITUB4), o JP Morgan também tem recomendação correspondente a compra, com preço-alvo de R$ 39,00 para o fim deste ano — uma alta potencial de 27% frente ao fechamento anterior.
Negociando a 6,6 vezes o preço-lucro estimado para 2025, o valuation do Itaú é considerado “muito atraente”, pois se aproxima de patamares vistos pela última vez no final do governo Dilma.
O banco também possui um alto rendimento de dividendos, de cerca de 9%, e um ROE superior a 22%.
Para os analistas, o Itaú está bem preparado para enfrentar pressões de capital — basicamente, em uma posição melhor que a maioria dos pares.
“Acreditamos que o Itaú tem sido o banco brasileiro mais proativo em ajustar seu modelo de negócios ao ambiente econômico mais desafiador dos últimos anos. Adicionalmente, acreditamos que a forte criação de valor, sustentada por uma receita operacional superior à dos pares, continuará a ser um fator positivo.”
Banco do Brasil (BBAS3) - “Overweight” (compra) - preço-alvo de R$ 31,00
O Banco do Brasil (BBAS3) é um nome com o qual o JP Morgan está otimista para 2025, já que uma Selic mais alta costuma ser positiva para margens, que o agronegócio deve atingir um ponto de inflexão em 2025 e que a fase de transição regulatória do IFRS deve proporcionar alívio de capital.
Além disso, é uma ação de beta elevado — isto é, com maior sensibilidade às mudanças nos retornos do mercado — no caso de mudanças no cenário.
“Embora alguns investidores estejam preocupados com a possibilidade de o governo eventualmente usar o Banco do Brasil para intervenção econômica, notamos que, negociando a 3,5 vezes o P/L e com dividend yield de 11%, parece que esse risco já está parcialmente precificado, apesar de a governança ter melhorado nos últimos anos.”
O preço-alvo de R$ 31,00 fixado pelos analistas para dezembro de 2025 implica uma alta de 28% contra o último fechamento.
Santander (SANB11) - “Overweight” (compra) - Preço-alvo de R$ 32,00
Para o JP Morgan, o Santander e o Bradesco devem ser os dois nomes mais negativamente expostos à Selic elevada em termos de margem financeira líquida.
No entanto, os analistas preferem as units SANB11, uma vez que a empresa já possui uma rentabilidade superior ao custo do capital próprio e tem desacelerado o crescimento de crédito antes dos demais – algo positivo em um ciclo de crédito.
O preço-alvo para as units SANB11 para dezembro deste ano corresponde a uma valorização potencial de 34% em relação ao fechamento passado.
Bradesco (BBDC4) - Neutro - Preço-alvo de R$ 14,50
Apesar de o valor de mercado do Bradesco ser o mais baixo desde dezembro de 2015, hoje em torno de R$ 114 bilhões, muitos investidores permanecem shorteados nos papéis BBDC4 — ou seja, operam vendidos e apostam na queda das ações na B3.
Além disso, o JP Morgan destaca dois pontos de preocupação:
- A rentabilidade medida pelo ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) permanece abaixo do custo de capital próprio; e
- A recuperação do bancão pode ser desacelerada pelo aperto da Selic e pelo ciclo econômico.
Mesmo com a visão mais conservadora, os analistas ainda preveem um potencial de retorno de 29% das ações até o fim de 2025 em comparação com as cotações do fechamento passado.
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
