🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

ONDE O BRASILEIRO INVESTE

Restrições a LCIs, LCAs, CRIs e CRAs não intimidaram investidor, e apetite para renda fixa isenta de IR continuou a crescer em 2024

Mesmo com novas regras de emissão e liquidez, ativos isentos de IR chegaram a ver altas de dois dígitos no ano, na busca do investidor por segurança e rentabilidade

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
26 de novembro de 2024
14:03 - atualizado às 14:05
renda fixa ipca investimentos
Imagem: iStock/Rmcarvalho

Com a alta dos juros futuros e a retomada do ciclo de aumentos da taxa Selic, a renda fixa não apenas desponta como a classe de ativos mais popular do ano entre os investidores pessoas física brasileiros, como a busca por seus representantes isentos de imposto de renda continua crescendo, mesmo com as restrições às emissões de CRIs e CRAs e liquidez a LCIs e LCAs impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no início do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o investimento em ativos de renda fixa foi um dos que mais cresceram nos primeiros nove meses de 2024 em relação a dezembro do ano passado.

A alta foi de 13,8%, totalizando R$ 4,16 trilhões ao final de setembro de 2024, perdendo apenas para a categoria previdência, que teve alta de 15,2% no período, para R$ 1,20 trilhão.

O investimento em renda variável cresceu apenas 5,3% na mesma base de comparação, alcançando R$ 1,03 trilhão, enquanto os instrumentos híbridos, que incluem fundos multimercados, fundos cambiais, fundos imobiliários, ETFs (fundos de índice) e Certificados de Operações Estruturadas (COEs) subiram apenas 2,8%, para R$ 790,1 bilhões.

“Com a alta da Selic e maior aversão a risco, houve um aumento de recursos alocados em produtos de renda fixa. É natural que o investidor tente compor sua carteira buscando mais estabilidade”, disse, em nota, Ademir A. Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LCIs, LCAs, CRIs e CRAs ainda brilham

Mesmo com as restrições aos títulos de renda fixa isentos de imposto de renda (LCIs, LCAs, CRIs e CRAs) anunciadas no início do ano, a demanda por esses instrumentos continuou forte.

Leia Também

No caso das LCIs e LCAs, houve um aumento do período de carência dos títulos, período no qual eles não podem ser resgatados, que passou de três para nove meses, em ambos os casos.

Já no caso de CRIs e CRAs, o CMN restringiu os tipos de negócios e projetos que podem emitir esses papéis apenas a empresas que tenham a atividade imobiliária e o agronegócio como atividade principal.

Segundo o levantamento da Anbima, o investimento das pessoas físicas nos títulos de renda fixa isenta chegou a R$ 1,18 trilhão ao final de setembro de 2024, um aumento de 10,3% em comparação ao fechamento de 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E todos os ativos com benefício fiscal viram variações positivas no período, mesmo aqueles que foram afetados pelas novas regras do CMN:

  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): alta de 32,5%, para R$ 83,02 bilhões;
  • Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs): alta de 23,7%, para R$ 115,08 bilhões;
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs): alta de 7,7%, para R$ 450,59 bilhões;
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCIs): alta de 5,7%, para R$ 339,35 bilhões;
  • Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs): alta de 5,1%, para R$ 114,4 bilhões;

"Em fevereiro, havia expectativas sobre qual seria o comportamento desses produtos frente às novas regras do CMN. O que nós vimos foi um crescimento, em muitos casos de dois dígitos, na procura por esses títulos em função da Selic em alta e da busca por rentabilidade e segurança, mesmo que com liquidez menor", disse Correa Júnior em nota.

Já as debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda por financiarem empresas e projetos de infraestrutura, não sofreram mudanças nas suas regras, mas viram uma disparada na demanda por parte dos investidores pessoas físicas, diretamente ou via fundos.

A procura mais forte se deveu justamente ao fato de esses ativos não terem sofrido restrições de emissão ou liquidez e também por um temor, por parte do mercado, de que em breve fossem também alvo de algum tipo de mudança pelo governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, o investimento das pessoas físicas em debêntures incentivadas cresceu 17% nos primeiros nove meses de 2024, para R$ 77,27 bilhões.

Títulos sem isenção e até a poupança viram alta

Mesmo produtos de renda fixa sem isenção de IR, porém, viram saltos substanciais no período, com a aversão a risco dos investidores. O investimento em debêntures tradicionais cresceu 26,7%, para R$ 44,62 bilhões, e a aplicação em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) subiu 15,5%, para R$ 996,67 bilhões.

Os títulos públicos, que podem ser adquiridos via Tesouro Direto ou mercado secundário, totalizaram R$ 172,39 bilhões ao fim de setembro, alta de 15% ante o fim de 2023.

Até a caderneta de poupança, com sua modesta rentabilidade, mas isenta de IR, viu alta no volume investido de 3,9% no ano, para R$ 962 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A título de comparação, o investimento em ações por parte das pessoas físicas subiu apenas 7,9% no período, para R$ 758,89 bilhões.

Entre os fundos de investimento, FIDCs e renda fixa ganham espaço...

A renda fixa também brilhou entre os fundos de investimento. O investimento via fundos viu um crescimento de 12% nos primeiros nove meses de 2024, para R$ 1,79 trilhão, puxados sobretudo pelos fundos de renda fixa e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).

Cerca de um ano após a liberação do investimento em FIDCs para o público geral, incluindo investidores de varejo, as aplicações nesse tipo de produto cresceram 52%, totalizando R$ 14,4 bilhões em setembro de 2024 em comparação ao final de dezembro de 2023.

“Embora o volume dos FIDCs ainda seja pouco representativo na carteira dos brasileiros, a decisão da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] abriu mais uma via de diversificação para o pequeno investidor e estimulou gestores a estruturem novos produto pensando nesse público”, diz o executivo da Anbima, em nota.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o investimento em fundos de renda fixa avançou 32,6% no período, totalizando R$ 766,95 bilhões ao final de setembro.

Outras classes de ativos que viram crescimento no período foram os fundos imobiliários (alta de 18,1%, para R$ 109,20 bilhões), os ETFs (alta de 42,9%, para R$ 10,68 bilhões) e os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) (alta de 15,9%, para R$ 32,20 bilhões).

...enquanto os multimercados e fundos de ações continuam perdendo recursos

O mau desempenho da bolsa e os resgates dos investidores avessos ao risco, por outro lado, levam os fundos multimercados e de ações a sofrerem em 2024, com uma redução do patrimônio investido.

Os multimercados viram recuo de 2,8% no volume investido, para R$ 614,19 bilhões, enquanto os fundos de ações, que incluem os Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) tiveram queda de 3,2%, para R$ 241 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os fundos cambiais foram a classe de fundos com maior queda, de 23,3%, para R$ 1,7 bilhão.

Investimentos das pessoas físicas totalizaram R$ 7,22 trilhões em 2024

Os investimentos das pessoas físicas somaram R$ 7,22 trilhões até o fim de setembro, o que representa um aumento de 11,5% até o fim de dezembro. O valor se refere a aplicações de clientes do varejo, tradicional e alta renda, e do private (segmento com mais de R$ 5 milhões investidos).

Segundo a Anbima, nos primeiros nove meses do ano, o volume aplicado por clientes de varejo alta renda cresceu 12,9%, para R$ 2,5 trilhões, enquanto o valor aplicado pelo varejo tradicional acumulou alta de 11,9%, chegando a R$ 2,39 trilhões no fim de setembro. Já o private avançou 9,6% no mesmo período, para um total de R$ 2,31 trilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RENDA FIXA

Tesouro Direto: prefixado curto dá adeus aos 13% ao ano — atrelados à inflação começam a perder taxa de 7%

11 de novembro de 2025 - 14:01

Surpresa da divulgação do IPCA de outubro foi gatilho para taxas do Tesouro Direto se afastaram dos níveis mais altos nesta terça-feira (11)

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa para novembro: CRAs da Minerva e CDB que paga IPCA + 8,8% são as estrelas das recomendações do mês

7 de novembro de 2025 - 14:21

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam aproveitar as rentabilidades enquanto a taxa de juros segue em 15% ao ano

RENDA FIXA

Onda de resgates em fundos de infraestrutura vem aí? Sparta vê oportunidade nos ativos isentos de IR listados em bolsa

6 de novembro de 2025 - 16:40

Queda inesperada de demanda acende alerta para os fundos abertos, porém é oportunidade para fundos fechados na visão da gestora

DEBÊNTURES INCENTIVADAS

A maré virou: fundos de infraestrutura isentos de IR se deparam com raro mês negativo, e gestor vê possível onda de resgates

3 de novembro de 2025 - 6:04

Queda inesperada de demanda por debêntures incentivadas abriu spreads e derrubou os preços dos papéis, mas movimento não tem a ver com crise de crédito

DE OLHO NOS RENDIMENTOS

Ficou mais fácil: B3 passa a mostrar posições em renda fixa de diferentes corretoras na área do investidor

23 de outubro de 2025 - 17:50

Funcionalidade facilita o acompanhamento das aplicações, refletindo o interesse crescente por renda fixa em meio à Selic elevada

DEBÊNTURES EM RISCO

Novo “efeito Americanas”? Títulos de dívida de Ambipar, Braskem e Raízen despencam e acendem alerta no mercado de crédito

23 de outubro de 2025 - 6:05

As três gigantes enfrentam desafios distintos, mas o estresse simultâneo nos seus títulos de dívida reacendeu o temor de um contágio similar ao que ocorreu quando a Americanas descobriu uma fraude bilionária em 2023

SIMULAÇÃO

Tesouro IPCA+ com taxa de 8%: quanto rendem R$ 10 mil aplicados no título do Tesouro Direto em diferentes prazos 

22 de outubro de 2025 - 6:30

Juro real no título indexado à inflação é histórico e pode mais que triplicar o patrimônio em prazos mais longos

RENDA FIXA

Tesouro Direto: Tesouro IPCA+ com taxa a 8% é oportunidade ou armadilha? 

22 de outubro de 2025 - 6:02

Prêmio pago no título público está nas máximas históricas, mas existem algumas condições para conseguir esse retorno total no final

ANBIMA

Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos

20 de outubro de 2025 - 17:35

Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima

NOVO TESOURO NA BOLSA

Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic

16 de outubro de 2025 - 15:50

Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice

ESTRATÉGIA APERTADA

Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida

9 de outubro de 2025 - 17:41

Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA

9 de outubro de 2025 - 16:02

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

AINDA NÃO SERÁ DESTA VEZ

LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)

7 de outubro de 2025 - 13:00

Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas

RENDA FIXA CORPORATIVA

Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch

3 de outubro de 2025 - 19:34

Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating

RENDA FIXA

Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?

2 de outubro de 2025 - 18:21

Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula

APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar