Temor no Mar Vermelho: ataque do Irã e aviso dos EUA deixa o Oriente Médio em estado de alerta
Vale lembrar que o Hezbollah, que opera tanto como partido político quanto como grupo paramilitar no Líbano, tem trocado tiros quase diários com as forças armadas israelenses desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro
O temor da escalada do conflito no Oriente Médio já vinha tomando corpo no fim do ano passado e agora parece que são cada vez maiores as preocupações de que as tensões se alastrem por toda a região, com o envolvimento de novos atores.
E mais um sinal veio de explosões que mataram pelo menos 84 pessoas no sul do Irã — um ataque que teve como alvo uma cerimônia em memória de Qassem Soleimani, um importante general iraniano morto pelos EUA em 2020.
A ação se soma ao ataque com drone que matou um importante líder do Hamas na capital libanesa, Beirute, na terça-feira (3).
Além disso, os rebeldes no Iêmen continuam a atacar navios comerciais que transitam pelo Mar Vermelho, aumentando os receios de que a guerra de quase três meses de Israel contra o Hamas possa se alastrar para além de Gaza.
Ainda tem o Líbano…
O Hezbollah, que opera tanto como partido político quanto como grupo paramilitar no Líbano, tem trocado tiros quase diários com as forças armadas israelenses desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
O Líbano disse que Israel foi responsável pelo ataque com drones de terça-feira e acusou Tel Aviv de tentar arrastar Beirute para uma guerra regional.
Israel não assumiu a responsabilidade pela ação, enquanto um conselheiro do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu-o como um ataque “cirúrgico” ao Hamas, em vez de um ataque ao Líbano.
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, alertou em um discurso mais cedo que se Israel alimentar tensões com o grupo militante apoiado pelo Irã, os combatentes reagirão sem “limites, regras e controles”.
TOUROS E URSOS - Haddad, Bitcoin, Petrobras e ChatGPT... Elegemos os melhores do ano (Milei e Barbie perderam) — aqui está o ranking
EUA também mandam recado
Separadamente, em carta assinada pelos EUA e 12 aliados, a Casa Branca emitiu hoje um aviso aos Houthis do Iêmen, dizendo que os ataques em curso contra navios comerciais que transitam pelo Mar Vermelho eram “ilegais, inaceitáveis e profundamente desestabilizadores”.
“Que a nossa mensagem seja agora clara: apelamos ao fim imediato destes ataques ilegais e à libertação de embarcações e tripulações detidas ilegalmente”, afirmou a Casa Branca.
A carta é assinada por Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão, Itália, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Nova Zelândia, Singapura e Bahrein.
“Os Houthis arcarão com a responsabilidade pelas consequências caso continuem a ameaçar vidas, a economia global e o livre fluxo de comércio nas vias navegáveis críticas da região”, acrescenta a declaração conjunta.
Os EUA afirmam que quase 15% do comércio marítimo global passa pelo Mar Vermelho, incluindo 12% do petróleo comercializado por via marítima e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.
*Com informações da CNBC
Por que o dado negativo de emprego nos EUA anima os mercados e pode fazer você ganhar dinheiro na bolsa
A economia norte-americana abriu menos vagas do que o esperado em abril e a taxa de desemprego subiu no período — isso pode ser uma boa notícia para os investidores; descubra as razões
Paciência no limite? Biden solta o verbo e não perdoa nem mesmo um grande aliado dos EUA
O presidente norte-americano comparou o aliado à China e à Rússia; saiba o que ele disse e a razão para isso
O milagre de Milei será adiado? A Via Sacra da Argentina até o crescimento econômico na visão da OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta, no relatório Perspectiva Econômica divulgado nesta quinta-feira (2), que o PIB da Argentina sofrerá contração de 3,3% em 2024
Os juros não sobem mais nos EUA? A declaração de Powell que animou os investidores — e os dois fatores determinantes para a taxa começar a cair
Na decisão desta quarta-feira (1), o comitê de política monetária do Fed manteve a taxa de juros inalterada como era amplamente esperado; foi Powell o encarregado de dar os sinais ao mercado
Juros nos EUA não caíram, mas decisão do Fed traz uma mudança importante para o mercado
Com amplamente esperado, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas a autoridade monetária marcou uma data para mudar uma das políticas mais importantes em vigor desde a pandemia
O impacto da decisão do Fed: como os juros americanos afetam o Brasil e o futuro da Selic
Fed comandado por Jerome Powell deve mostrar postura cautelosa sobre os cortes nas taxas de juros, sem previsões imediatas de redução
Novo round de Milei contra o Congresso na Argentina tem proposta para regularizar fortunas, minirreforma trabalhista e corte em isenção de impostos
O texto precisou passar por uma série de alterações e terminou com 232 artigos, sendo 112 deles relativos a medidas fiscais
Nova pesquisa eleitoral liga sinal amarelo para governo de Joe Biden: Donald Trump segue à frente do democrata
No topo da lista de prioridades do eleitorado norte-americano, estão a proteção à democracia — sendo considerada extremamente importante por 58% dos entrevistados
Exército russo tem avanço diário sobre Ucrânia, que enfrenta soldados exaustos após mais de dois anos de guerra
Na semana passada, os Estados Unidos aprovaram um novo pacote bilionário para ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan
O que a queda do lucro da indústria da China pode significar para o mundo neste momento? Exportação de carros elétricos preocupa EUA e Europa
No acumulado do trimestre, o lucro cresceu 4,3%, para US$ 208 bilhões, o que representa uma desaceleração em relação à recuperação após a pior fase da pandemia de covid-19
Leia Também
-
Exército russo tem avanço diário sobre Ucrânia, que enfrenta soldados exaustos após mais de dois anos de guerra
-
Deputados dos Estados Unidos aprovam novo pacote bilionário de apoio à Ucrânia — e Putin não deve deixar ‘barato’
-
Barril de pólvora — e inflação. Como o conflito no Oriente Médio e os juros nos EUA mexem com a bolsa e o dólar
Mais lidas
-
1
'Se eu quisesse investir em golpes, esta seria a próxima grande indústria': o alerta de Warren Buffett sobre a inteligência artificial
-
2
Campos Neto 'esnoba' dólar, o futuro dos juros no Brasil e fundos imobiliários com desconto na bolsa: os destaques do na semana
-
3
É o fim do rali do dólar? Por que a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez em três semanas