Tchau, Made in China: seu próximo iPhone pode vir de outro país asiático; saiba para onde as big techs estão indo agora
O novo destino das grandes empresas de tecnologia tem alta receptividade para firmas estrangeiras e já foi o ‘queridinho’ de Adidas e Nike nos anos 1990
A vontade de Donald Trump de levar as indústrias e fábricas de volta aos Estados Unidos já foi amplamente anunciada durante a campanha presidencial. “Veremos um êxodo da manufatura da China para a Pensilvânia, da Coréia para a Carolina do Norte”, declarou em setembro.
Essas tendências nacionalistas se manifestam também no aumento das taxas de importação que o presidente eleito quer impor a parceiros comerciais. Entre eles, a China, que pode pagar impostos de até 60% para ter os produtos entrando na Terra do Tio Sam.
No entanto, os planos do republicano de migrar a produção industrial de volta para os EUA podem demorar mais do que ele mesmo pensa — ou pior: podem nunca acontecer.
- LEIA MAIS: Ogro de Wall Street está de volta à Empiricus – e sua meta é mostrar como qualquer pessoa pode ganhar média de R$ 2 mil por dia na bolsa
O cenário mais provável é que outra nação asiática “roube” o lugar da China para abrigar as fábricas norte-americanas.
Esqueça o “Made in China”. Suas próximas comprinhas on-line, iPhone e outros eletrônicos podem ser “Made in Vietnam”.
Vietnã: a próxima China?
A receptividade do Vietnã para fábricas estrangeiras não é exatamente uma novidade. Nos anos 2000s, diversas companhias do setor de tecnologia foram atraídas para a região devido aos baixos custos de mão de obra e o bom ambiente de negócios.
Leia Também
Em 2008, a Samsung, que permanece sendo o maior investidor estrangeiro no país, abriu a primeira fábrica. LG e Intel seguiram na toada, fazendo com que fornecedores menores acompanhassem a migração também.
No primeiro governo Trump, a Apple começou a diversificar a produção industrial para o país asiático. Em 2020, a produção dos AirPods deixou de ser feita na China para mudar para o vizinho.
A SpaceX, de Elon Musk, fez um investimento de US$ 1,5 bilhão (R$ 9 bilhões) e até mesmo o conglomerado de Trump fechou negócios por lá via empreendimento imobiliário de luxo nas proximidades da capital Hanói.
Agora, a pequena nação do Sudeste Asiático pode se beneficiar ainda mais da postura anti-China do presidente eleito dos EUA.
Mas é preciso “arrumar a casa” rápido para poder receber o fluxo gringo.
O que joga a favor do país
Na visão do professor Anh Ngoc Tran, ex-conselheiro do primeiro-ministro vietnamita, “o Vietnã pode ser moderadamente bem-sucedido ou altamente bem-sucedido a depender do quanto facilitar os investimentos estrangeiros”.
À Forbes, o especialista complementou: “O Vietnã deveria priorizar companhias que vão trazer outras empresas para o Vietnã. Se você trouxer a Apple, há uma série de fornecedores que querem ficar próximos à ela.”
De acordo com ele, o foco do país deveria ser em biotecnologia, inteligência artificial e semicondutores, não na indústria têxtil. Nos anos 1990, a região era bem visada por multinacionais como Nike e Adidas para produção de calçados e demais itens de vestuário.
Em comparação com países vizinhos, como a Índia, o Vietnã tem algumas vantagens:
- Por ser um Estado com um partido único, consegue implementar políticas rapidamente, incluindo aquelas pró-negócios;
- Está bem posicionado geograficamente, ao lado da China, e tem 3 dos 50 portos mais movimentados do mundo;
- Tem acordo de livre comércio com a União Europeia.
O futuro parece promissor para o país. Com exceção da China, o Vietnã tem o Produto Interno Bruto (PIB) que mais cresce na Ásia, a um ritmo de 6,2% por ano.
Desde 2004, triplicou o déficit comercial do país com os Estados Unidos. É o quarto maior déficit, atrás apenas de China, México e União Europeia.
Não seria surpresa ver a pequena nação se tornar um novo alvo das tarifas de Trump.
* Com informações da Forbes.
China e Rússia contra Trump? O que Putin e Xi conversaram por 1h30 logo após a posse nos EUA
Os dois líderes conversaram nesta terça-feira (21) e o Kremlin deu algumas pistas dos assuntos que foram tratados; confira os detalhes
Trump vira assunto em Davos: o recado da China e a reação internacional em um dos fóruns mais respeitados do mundo
O novo chefe da Casa Branca deve participar do evento na quinta-feira (23), mas já recebeu algumas cutucadas de líderes ao redor do mundo
Efeito Trump na bolsa e no dólar: Nova York sobe de carona na posse; Ibovespa acompanha, fica acima de 123 mil pontos e câmbio perde força
Depois de passar boa parte da manhã em alta, a moeda norte-americana reverteu o sinal e passou a cair ante o real
Donald Trump está de volta com promessa de novidades para a economia e para o mercado — e isso abre oportunidades temáticas de investimentos
Trump assina dezenas de ordens executivas em esforço para ‘frear o declínio americano e inaugurar a Era de Ouro da América’.
Braskem (BRKM5) salta 8% e lidera altas do Ibovespa após anúncio de investimento milionário — mas esse bancão ainda não recomenda compra
Na semana passada, o papel da petroquímica subiu 3,09% e ficou entre as maiores altas da bolsa como repercussão dos novos investimentos
TikTok está no ar nos EUA; entenda o que fez o aplicativo chinês voltar a funcionar
O TikTok parou de funcionar devido a uma lei aprovada no governo Biden, porém o retorno de Donald Trump à Casa Branca pode fazer a legislação se tornar simbólica
Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025
Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje
Trump 2.0 será “imparável em uma extensão que nunca vimos antes”, diz presidente da Eurasia
O republicano toma posse nesta segunda-feira (20). O Seu Dinheiro conversou com o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, sobre essa volta à Casa Branca, e ele deu pistas do que vem por aí.
Donald Trump volta à Casa Branca nesta segunda-feira; confira os preparativos e como acompanhar a posse do presidente dos EUA
A cerimônia de posse de Donald Trump contará com apresentações, discursos e a presença de líderes internacionais. Porém, até lá, o republicano participa de diversos outros eventos
Apesar dos pesares: China cresce mais do que o esperado e atinge meta de expansão do PIB para 2024
Aceleração da atividade econômica no último trimestre do ano e estímulos do governo ajudaram o país a atingir a meta
Entre a paciência e a ansiedade: Ibovespa se prepara para posse de Trump enquanto investidores reagem a PIB da China
Bolsas internacionais amanhecem em leve alta depois de resultado melhor que o esperado da economia chinesa no quarto trimestre de 2024
O TikTok deve ser banido dos Estados Unidos em três dias e usuários encontram um app substituto — o problema é que ele também é chinês
Chamado de Xiaohongshu ou RedNote, o app foi o mais baixado na Apple Store nos EUA no começo desta semana
Hora de acelerar: Itaú BBA diz quais são as melhores ações ligadas ao setor automotivo — e os papéis para “deixar de lado” em 2025
Alta dos juros e volatilidade cambial devem favorecer empresas com balanços saudáveis e foco em exportação, enquanto as endividadas ou com baixa demanda enfrentam desafios
Onde investir 2025: Inflação a 10% e dólar a R$ 10? O que pode salvar a economia enquanto o mercado se prepara para o pior
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, e Felipe Miranda, fundador e estrategista-chefe da Empiricus, revelam os riscos e oportunidades para o investidor neste ano
Olha nos classificados: Depois da leve alta de ontem, Ibovespa se prepara para mais um dia difícil pela frente hoje
Petróleo acima dos US$ 80 e juros das Treasuries de 10 anos próximos de 5% mantêm pressão sobre os mercados financeiros internacionais
“Queridinha da IA” sob ameaça? Governo dos EUA lança documento com novas restrições para exportação de chips; Nvidia sobe o tom contra as regras
Regras facilitam o acesso a tecnologia para aliados do governo norte-americano, mas com diferentes níveis de acesso com base em critérios de segurança e confiança
Se cuida, OpenAI: Reino Unido lança plano nacional para se tornar líder global em IA — com direito a concorrente do ChatGPT
Governo quer aumentar a capacidade de computação dos países britânicos em vinte vezes até 2030 e reduzir a dependência de gigantes do Vale do Silício
Tem certeza que nada presta? Ibovespa tenta recuperação em meio a dados fortes na China, prévia do PIB e inflação nos EUA
Além da agenda de indicadores, mercado já se prepara para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos
Agenda econômica: prévia do PIB no Brasil e Livro Bege nos EUA são destaques da semana
Os investidores ainda acompanham a divulgação do PIB da China e dados de inflação no Reino Unido e EUA
Putin vai tirar proveito de Trump? Como a Rússia vê a ameaça de anexação do Canadá, da Groenlândia e do Panamá
Ameaças do republicano sobre anexar a Groenlândia geram reação na Europa, enquanto a Moscou observa de perto e avalia os desdobramentos em benefício próprio