Invasão da China: como Biden e Trump querem frear os elétricos chineses liderados pela BYD nos EUA
Os veículos elétricos ainda não são vendidos no país, mas despertam cada vez mais preocupação de políticos e empresários do segmento, que colocam planos para barrar a maré vermelha à prova

Quando o bilionário Elon Musk disse que as fabricantes de carros elétricos da China iriam demolir a concorrência, ele não estava brincando — e esperava que o próximo presidente dos EUA fizesse alguma coisa para defender o mercado automotivo norte-americano. Ao que parece, o pedido do dono da Tesla deve ser atendido.
E Musk não estava sozinho nessa. Carlos Tavares, CEO da Stellantis — dona da Chrysler e Jeep — chegou a afirmar que a ofensiva chinesa é o maior risco que as fabricantes de automóveis enfrentam no momento.
O assunto ficou tão sério que acabou unindo dois rivais históricos: o presidente dos EUA, Joe Biden, que tenta a reeleição, e o republicano Donald Trump, que quer voltar à Casa Branca nas eleições de 5 de novembro.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Como Biden quer parar a China
Embora ainda não estejam disponíveis nos EUA, os veículos elétricos chineses têm sido um tema quente este ano, tanto nas salas de reuniões corporativas como na campanha presidencial.
Biden, por exemplo, fez um esforço para frear a entrada da China no mercado automotivo norte-americano. Sua administração tem considerado aumentar as tarifas sobre os elétricos chineses — que já estariam sujeitos a uma taxa total de 27,5% caso estivessem disponíveis nos EUA e que não seriam elegíveis para um crédito fiscal bem popular no país, de US$ 7.500 carros elétricos.
O presidente norte-americano também ordenou uma investigação sobre os riscos à segurança nacional representados pelos veículos elétricos chineses que apresentam tecnologia sofisticada que rastreia os motoristas.
Leia Também
O que realmente está acontecendo com China: a catástrofe é real? Dê o play para saber mais
O plano de Trump contra os elétricos chineses
Trump defende uma tarifa de 100% sobre os veículos elétricos da China, ao mesmo tempo em que alerta para a fabricação de automóveis chineses no México.
A proposta do republicano, lançada no mês passado em um discurso no qual falou sobre um possível “banho de sangue” da indústria automotiva dos EUA, veio depois que o senador republicano Josh Hawley, do Missouri, pediu tarifas totais de 125% sobre veículos elétricos chineses em fevereiro, e depois que o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, apoiou uma tarifa fixa de US$ 20.000 para todos os carros da China.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Os americanos querem um carro made in China?
Há quem diga que os elétricos da China venderiam como pão quente nos EUA.
Uma pesquisa da Edmunds no mês passado descobriu que 90% dos jovens de 18 a 24 anos disseram que estão abertos a um veículo elétrico como a próxima compra, enquanto 83% dos jovens de 24 a 34 anos disseram o mesmo.
O levantamento mostrou ainda que 22% dos norte-americanos afirmaram que comprariam um elétrico chinês em vez de um de uma empresa norte-americana de marca em cenário em que os carros tivessem características idênticas, mas o de fabricação na China custasse US$ 5.000 a menos.
O percentual representa uma parcela significativa do público comprador de automóveis, mas ainda é menor do que os 78% dos entrevistados que disseram que comprariam o veículo norte-americano mais caro. Não houve muita variação por partido político, idade ou sexo.
Vale lembrar que os veículos elétricos chineses não estão nos EUA ainda, mas China tem uma posição no mercado automotivo norte-americano por meio de marcas como Volvo. Além disso, Pequim tem um papel dominante na cadeia de fornecimento de minerais para o segmento de carros elétricos.
*Com informações do MarketWatch
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
E agora, Trump? A cutucada da China que pode reacender a guerra comercial
Em meio à sinalização do presidente norte-americano de que uma trégua está próxima, é Pequim que estica as cordas do conflito tarifário dessa vez
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Vigilantes do Peso sucumbe à concorrência do Ozempic e pede recuperação judicial nos Estados Unidos
Ícone das dietas fundado na década de 1960 é vítima do espírito do tempo e se viu obrigada a reestruturar dívida com credores, em meio a um passivo de US$ 1,5 bilhão
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
Startup franco-brasileira de remoção de carbono leva prêmio de R$ 85 milhões da fundação de Elon Musk
NetZero utiliza tecnologia circular para processar resíduos agrícolas que sequestram carbono e aumentam a resiliência das lavouras
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
A tarifa como arma, a recessão como colateral: o preço da guerra comercial de Trump
Em meio a sinais de que a Casa Branca pode aliviar o tom na guerra comercial com a China, os mercados dos EUA fecharam em alta. O alívio, no entanto, contrasta com o alerta do FMI, que cortou a projeção de crescimento americano e elevou o risco de recessão — efeito colateral da política tarifária errática de Trump.
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Trump, tarifas e um funeral
O presidente norte-americano confirmou presença no funeral do papa Francisco e vai usar a ocasião para realizar encontros com outros líderes estrangeiros
Trump recua e bitcoin avança: BTC flerta com US$ 94 mil e supera a dona do Google em valor de mercado
Após a Casa Branca adotar um tom menos confrontativo, o mercado de criptomoedas entrou em uma onda de otimismo, levando o bitcoin a superar o valor de mercado da prata e da Alphabet, controladora do Google
Boeing tem prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre e ações sobem forte em NY
A fabricante de aeronaves vem enfrentando problemas desde 2018, quando entregou o último lucro anual. Em 2025, Trump é a nova pedra no sapato da companhia.
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
A festa do estica e puxa de Donald Trump
Primeiro foram as tarifas recíprocas e agora a polêmica envolvendo uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell
Nem Elon Musk escapou da fúria de Trump: Tesla (TSLA34) sente na pele os efeitos da guerra comercial e receita com carros despenca 20%
As tarifas anunciadas pelo governo norte-americano pesaram sobre o desempenho do primeiro trimestre e a companhia revela planos para retomar o crescimento
Tesla (TSLA34) não escapa das tarifas contra a China, e BofA corta preço-alvo pela segunda vez no ano — mas balanço do 1T25 devem vir bom
Bank of America reduz preço-alvo em antecipação ao relatório trimestral previsto para esta terça-feira; resultados devem vir bons, mas perspectiva futura é de dificuldades