Eleições EUA: Donald Trump volta à Casa Branca com discurso ‘paz e amor’; índices futuros de Wall Street sobem e bitcoin estabelece novo recorde
Donald Trump fez discurso da vitória nas eleições presidenciais nos EUA quando estava prestes a atingir 270 votos no Colégio Eleitoral

Os mercados financeiros internacionais reagem em forte alta ao resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump superou o número mágico de 270 delegados no Colégio Eleitoral e em janeiro de 2025 voltará à Casa Branca.
Durante a madrugada, antes mesmo da confirmação do resultado, Trump fez seu discurso da vitória. Isso porque as projeções indicavam que ele venceria nos principais Estados em disputa nos EUA.
Os índices futuros das bolsas de valores de Nova York sobem perto de 2% na manhã de hoje, o dólar tem forte alta em relação a outras moedas — bem como os juros projetados dos títulos da dívida dos Estados Unidos.
Simultaneamente, o bitcoin (BTC), o ethereum (ETH) e outras criptomoeadas disparam em bloco em reação à expectativa de vitória de Trump. O bitcoin estabeleceu uma nova máxima histórica, aproximando-se dos US$ 75 mil por BTC antes de ceder algum terreno.
Formalmente, a apuração continua e não deve terminar hoje. No entanto, as projeções passaram a indicar Trump com 277 votos no Colégio Eleitoral por volta das 7h35 da manhã de hoje.
Trump alcança maioria no Colégio Eleitoral
Por volta das 5h, projeções indicavam que Donald Trump já havia garantido 267 dos 270 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral.
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A vice-presidente Kamala Harris tinha 224 delegados garantidos no Colégio Eleitoral.
A maior surpresa, porém, é a ampla vantagem de Trump no voto popular.
Em 2016, quando chegou pela primeira vez à Casa Branca, Trump teve quase 3 milhões de votos a menos do que a democrata Hillary Clinton.
Hoje, ele lidera com uma margem de mais de 5 milhões em relação a Kamala Harris.
O que levou à vitória de Trump nas eleições nos EUA
Não houve grandes surpresas nos principais redutos dos partidos Democrata e Republicano.
Donald Trump venceu na Flórida e no Texas, que este ano ganhou dois delegados no Colégio Eleitoral.
Kamala Harris ganhou na Califórnia e em Nova York, que perdeu um delegado na instância decisões das eleições presidenciais norte-americanas.
O que assegurou a vitória de Trump foi o voto rural.
O ex-presidente começou a encaminhar seu retorno à Casa Branca quando assegurou os votos da Carolina do Norte, da Geórgia e da Pensilvânia no Colégio Eleitoral.
A confirmação veio com a projeção de vitória de Trump em Wisconsin, o que levou a 277 votos para o republicano.
Além disso, ele liderava nos demais Estados-pêndulo.
O discurso da vitória de Trump nas eleições
Eram mais de 4h da manhã em Brasília quando Donald Trump subiu ao palco montado no quartel-general de sua campanha na Flórida.
Ele ainda não havia garantido 270 delegados no Colégio Eleitoral, mas a marca parecia uma questão de tempo.
Ao mesmo tempo, o Partido Republicano assegurou maioria no Senado e aparecia bem posicionado para dominar a Câmara dos Representantes.
Acompanhado dos filhos e do vice JD Vance, Donald Trump chamou a atenção mais pelo que deixou de dizer do que pelo que declarou a seus eleitores.
Sem ataques nem ofensas aos adversários, Trump agradeceu aos apoiadores e prometeu um país seguro e próspero.
"Será a Era de Ouro da América", afirmou.
O estilo "Trumpinho paz e amor" não se limitou à ausência de ataques aos adversários.
Ele disse ter chegado a hora de colocar de lado as divisões políticas dos últimos anos.
Entre outras coisas, Trump prometeu que vai reduzir impostos, manter as fronteiras bem guardadas e "consertar tudo em nosso país".
Disse ainda que os EUA terão forças militares potentes, "mas não queremos guerras", e apresentou um mote para seu próximo mandato: "promessa feita é promessa cumprida".
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