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AVÔ DA TEORIA

Como Daniel Kahneman revolucionou os estudos econômicos, mostrou que economia não é só pragmática — e que seu comportamento mexe com ela

O “não-economista” vencedor do Nobel de ciência econômica em 2002 morreu nesta quarta-feira (27), aos 90 anos

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27 de março de 2024
15:21
Daniel Kahneman, psicólogo que levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002.
Daniel Kahneman, psicólogo que levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002. - Imagem: Montagem Seu Dinheiro / Divulgação

Ser pioneiro em qualquer área é um grande feito, mas desbravar um tema sem ter passado por qualquer educação formal na área é para poucos. Assim foi com Daniel Kahneman, que nunca fez um curso formal de Economia e, mesmo assim, levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002. 

O “não-economista” morreu nesta quarta-feira (27), aos 90 anos e o óbito foi confirmado pela esposa, Barbara Tversky. 

Apesar de não ser da área econômica, Kahneman já tinha formação em psicologia e ao longo da vida resolveu unir ambos os setores.

O avanço dos estudos de Kahneman deu origem ao que chamamos hoje de economia comportamental, ciência que estuda a relação de vieses cognitivos, investimentos — e até mesmo esportes.

Juntamente com Amos Tversky, psicólogo cognitivo e ex-marido de Barbara, fizeram um trabalho considerado inovador sobre o julgamento humano e a tomada de decisões. 

O que diz a economia comportamental de Kahneman 

Ao contrário da economia tradicional, que assume que os seres humanos geralmente agem de maneira totalmente racional e que quaisquer exceções tendem a desaparecer à medida que as apostas são levantadas, a escola comportamental é baseada na exposição de vieses mentais enraizados que podem distorcer o julgamento, muitas vezes com resultados contra-intuitivos.

Kahneman ficou conhecido por elucidar alguns desses vieses universais do cérebro humano, como a aversão à perda, um conceito que demonstra como tendemos a sentir mais fortemente a dor de perder do que o prazer de ganhar.

Esse insight teve implicações vastas, desde a gestão de portfólios de ações até a psicologia do esporte. Steven Pinker, psicólogo e professor de Harvard, escreveu sobre o trabalho de Kahneman, afirmando que a razão humana tende a cair em falácias e sensos comuns. 

“Se quisermos tomar as melhores decisões”, diz, “devemos estar cientes desses preconceitos e buscar soluções alternativas. Essa é uma descoberta poderosa importante”.

Histórico e vida

A linha do tempo da vida de Daniel Kahneman destaca seus marcos mais significativos e contribuições para a psicologia e economia comportamental.

Seguem alguns dos principais eventos de sua vida:

  • 1934: Nasce Daniel Kahneman em Tel Aviv, quando ainda havia a colônia britânica na Palestina, hoje Israel, durante uma visita de sua mãe a parentes. Sua família era originalmente da Lituânia e havia emigrado para a França nos anos 1920;
  • Início da década de 1940: Durante a Segunda Guerra Mundial, Kahneman e sua família enfrentam a ocupação nazista na França, uma experiência marcante que influenciaria profundamente suas percepções e interesses futuros;
  • 1944: Após a morte de seu pai por diabetes e o fim da guerra, Kahneman e sua família mudam-se para a região de controle britânico da Palestina, onde ele eventualmente conclui sua educação secundária;
  • Final da década de 1950: Kahneman se gradua na Universidade Hebraica de Jerusalém com um bacharelado em psicologia. Em 1954, ele é incorporado às forças armadas do departamento de Defesa de Israel, um ano após servir na infantaria;
  • Anos 1960: Kahneman segue para os Estados Unidos para realizar seu doutorado em psicologia na Universidade da Califórnia, Berkeley. Após concluir o doutorado, retorna a Israel para lecionar na Universidade Hebraica de Jerusalém; 
  • Anos 1970: Kahneman inicia sua colaboração com Amos Tversky, marcando o início de uma parceria produtiva que duraria até a morte de Tversky, em 1996. Juntos, eles realizam pesquisas fundamentais sobre julgamento humano e tomada de decisões, lançando as bases para a economia comportamental;
  • 2002: Recebe o Prêmio Nobel em Ciências Econômicas, em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro em economia comportamental, área que ele ajudou a fundar com suas investigações sobre vieses de julgamento e tomada de decisões;
  • 2011: Publicação de "Pensando, Rápido e Devagar", um best-seller internacional que resume grande parte de seu trabalho em psicologia cognitiva e economia comportamental. O livro se torna um marco na disseminação de suas ideias para o público em geral;
  • 2021: Lançamento de "Ruído: Um Defeito no Julgamento Humano", escrito com Cass Sunstein e Olivier Sibony, explorando como as variações no julgamento humano podem levar a erros significativos em diversos contextos profissionais e pessoais;
  • 2024: Daniel Kahneman falece aos 90 anos, deixando um legado profundo na psicologia e na economia, com suas teorias e pesquisas continuando a influenciar inúmeras áreas do conhecimento e da prática.

*Este texto contou com a ajuda de ferramentas de Inteligência Artificial (IA)

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