Alemanha em crise: presidente dissolve parlamento e partidos se preparam para embate nas eleições antecipadas de 23 de fevereiro
Maior economia da Europa enfrenta cenário econômico desafiador e governo luta para recuperar controle após colapso de sua coalizão
Faltam apenas cinco dias para 2025, mas isso não significa que já acabou o tempo para reviravoltas na política europeia. Na Alemanha, após o chanceler Olaf Scholz perder o voto de confiança em 16 de dezembro, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier dissolveu o parlamento na última sexta-feira do ano e convocou eleições antecipadas para 23 de fevereiro, sete meses antes do término previsto do mandato de Scholz.
A necessidade de antecipar a eleição surgiu após uma série de impasses no parlamento em torno do orçamento e da dívida pública alemã. Scholz, líder dos Social-Democratas (SPD) de centro-esquerda, dissolveu a aliança de três partidos ao demitir o ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Liberal (FDP), pondo fim à coalizão com os Verdes e os Democratas Livres.
Com o colapso da coalizão, Scholz perdeu a maioria no Bundestag (câmara baixa), agravando sua posição política. “Especialmente em tempos difíceis como os de agora, um governo eficaz e maiorias confiáveis no parlamento são necessários para a estabilidade”, declarou Steinmeier em um pronunciamento transmitido pela televisão.
Ele também alertou que o próximo governo enfrentará desafios significativos, como a fraqueza da economia alemã, a guerra entre Rússia e Ucrânia, a instabilidade no Oriente Médio, as mudanças climáticas e a gestão dos fluxos migratórios.
Crise econômica e desafios à democracia
Ainda com o impasse orçamentário, o coração econômico da Europa enfrenta tempos difíceis. O PIB do país encolheu em 2024, e a Comissão Europeia projeta um crescimento modesto de 0,7% para 2025.
Steinmeier não mencionou o presidente eleito dos Estados Unidos, porém a promessa de campanha de Donald Trump de impor tarifas de 10% sobre produtos europeus representa uma ameaça adicional para a economia.
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No entanto, Elon Musk não foi poupado. O presidente alemão alertou sobre a ameaça de influências externas à democracia, sejam elas "encobertas, como foi o caso recente durante as eleições na Romênia, ou abertas e flagrantes, como está sendo praticado na plataforma X”.
O bilionário dono da rede X já declarou seu apoio ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Cenário eleitoral na Alemanha
A menos de dois meses da eleição, os conservadores da oposição, liderados por Friedrich Merz, aparecem como favoritos nas pesquisas. O bloco União Democrata-Cristã da Alemanha (CDU) e União Social-Cristã (CSU) de Merz lidera com 31% das intenções de voto, segundo a Bloomberg, seguido pelo AfD com 19%. O SPD de Scholz, em terceiro lugar, soma apenas 16%, enquanto os Verdes têm 13%, e o FDP de Lindner, com 4%, pode não atingir o mínimo de 5% necessário para entrar no parlamento.
Nas últimas eleições, em 2021, o SPD reverteu um cenário desfavorável nas semanas finais da campanha, conquistando 26% dos votos e superando o CDU/CSU, que obteve 24%. Lars Klingbeil, líder do SPD, acredita que a história pode se repetir, destacando que “mais cidadãos perguntarão: queremos Olaf Scholz ou Friedrich Merz como chanceler?”.
Embora Steinmeier tenha dissolvido o Bundestag, seus membros continuarão a se reunir até que o novo parlamento seja constituído, com duas sessões já planejadas antes da votação.
Eleições nacionais antecipadas são raras na Alemanha: desde 1949, ocorreram apenas duas vezes na Alemanha Ocidental e uma vez após a reunificação, em 1990. A última eleição antecipada foi provocada pelo ex-chanceler Gerhard Schroeder em 2005. Schroeder, também social-democrata, perdeu para Angela Merkel, que liderou o país até Scholz assumir em 2021.
*Com informações da Bloomberg
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