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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

FOGUETE NÃO TEM RÉ

Nubank (ROXO34) já subiu 40% em NY em 2024 — mas o roxinho continua a brilhar aos olhos do Itaú BBA. O que está por trás do otimismo?

Os analistas mantêm recomendação de compra para as ações da fintech negociadas em Nova York, com preço-alvo de US$ 13 para o fim de 2024

Camille Lima
Camille Lima
27 de maio de 2024
14:26 - atualizado às 17:38
Nubank
Nubank - Imagem: Shutterstock

Mesmo após reconquistar o título de banco mais valioso da América Latina, o Nubank (ROXO34) continua a brilhar aos olhos do Itaú BBA. Para os analistas, apesar da valorização de mais de 40% em Wall Street no acumulado de 2024, o foguete roxo do setor financeiro não deu sinais de desaceleração.

Com otimismo renovado, o banco manteve a recomendação de compra para as ações Nu negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE) — e reiterou a fintech como uma das principais escolhas dos analistas entre as instituições financeiras brasileiras hoje.

O Itaú fixou preço-alvo de US$ 13 para os papéis do roxinho para o fim deste ano, implicando em um potencial de alta de 12% em relação ao último fechamento.

Os recibos (BDRs) na B3, negociados sob o código ROXO34, fecharam o dia com alta de 1,19%, a R$ 10,17.

Ação do Nubank ainda está barata

É de se imaginar que uma disparada de 40% levantasse preocupações entre analistas. Mas na visão do Itaú BBA, mesmo com a escalada neste ano, as ações do Nubank ainda estão baratas.

Segundo o banco, o Nu atualmente é negociado a uma relação de preço por lucro (P/L) de 24 vezes em 2024 e 15 vezes no ano que vem. Porém, na conta dos analistas, o banco digital pode chegar a um múltiplo de 26 vezes neste ano e de 16 vezes em 2025, considerando o preço alvo de US$ 13 por papel. 

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De acordo com o Itaú BBA, depois de registrar o primeiro lucro em 2023, agora o Nubank encontra-se em fase de alavancar o crescimento através da penetração do crédito no Brasil e da expansão no México

O banco ainda prevê uma rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) de 30% em 2024 e avanços em áreas-chave que apoiam as previsões de longo prazo. 

“A consistência no equilíbrio entre crescimento e lucro deverá manter elevados os múltiplos de preço sobre lucro de curto prazo.”

Por que o Itaú BBA ainda está otimista com o Nubank

A visão mais otimista do Itaú BBA para o Nubank tem base em três pilares principais: a penetração de crédito, participação de mercado e qualidade de crédito. 

Para os analistas, o balanço do Nu no primeiro trimestre mostrou que o banco digital continuou a aumentar a penetração de crédito por cliente em ritmo acelerado.

Ao expandir as ofertas de produtos, a elegibilidade dos clientes e ainda aumentar o limite por cliente, o Nubank consegue “monetizar mais e ganhar principado entre os brasileiros de renda média-alta em sua base de aproximadamente 90 milhões”, segundo o Itaú BBA. 

“O sucesso nesta estratégia é crucial para os lucros e para a história de longo prazo”, disse o banco. 

Segundo os analistas, ainda que a base de clientes do Nubank no Brasil não cresça para sempre, ela “certamente poderá ser mais explorada do que é hoje”.

Através da maior oferta de produtos, do maior apetite por crédito por cliente e do aumento no número de usuários elegíveis para crédito, a fintech consegue aumentar sua relevância como principal banco dos brasileiros — isto é, com as principais transações realizadas pela instituição digital — de renda média-alta, afirmam os analistas.

Em meio ao aumento da oferta de crédito, o Nubank ainda ganhou participação de mercado. Hoje, a fintech responde por 21% das originações de empréstimos pessoais e 26% do mercado nacional de parcelamento de cartões de crédito, reflexo do financiamento do Pix, segundo o Itaú BBA.

O Itaú BBA prevê um aumento das provisões para risco de crédito devido à entrada de clientes potencialmente mais arriscados na base do Nubank, acompanhado por margens financeiras (NII) elevadas a partir do segundo trimestre de 2024.

“Prevemos que esta carteira de maior risco impulsione o crescimento dos lucros nos próximos trimestres”, escreveram os analistas.

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