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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

AÇÕES NA VITRINE

Multiplan (MULT3) propõe pagar R$ 2 bilhões por participação de um dos maiores investidores históricos

O Ontario Teacher’s Pension Plan (OTPP) colocou à venda toda a sua posição na companhia — a própria Multiplan e o fundador devem levar os papéis

Camille Lima
Camille Lima
20 de setembro de 2024
10:39 - atualizado às 18:05
Fachada do shopping Village Mall, da Multiplan (MULT3) | Dividendos
Localizado no Rio de Janeiro, o VillageMall é um dos principais shoppings do portfólio da Multiplan (MULT3) - Imagem: Divulgação

A Multiplan (MULT3) chamou na noite da última quinta-feira (19) os acionistas para decidirem quem vai ficar com a fatia de 18,5% na companhia em meio à saída de um dos maiores investidores históricos da administradora de shoppings.

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O Ontario Teacher’s Pension Plan (OTPP) colocou no fim de junho à venda toda a sua posição restante na companhia, cerca de dois meses depois de se desfazer da outra metade da fatia.

Acionista da empresa há 18 anos, o fundo de pensão dos professores canadense pretende vender as 111.260.914 ações MULT3 que detém na empresa.

De acordo com o acordo de acionistas entre o OTPP e o fundador da Multiplan, José Isaac Peres, o fundo não poderia vender a fatia de forma pulverizada em bolsa.

O fundador da administradora de shoppings decidiu comprar as 21.211.387 ações, elevando sua fatia na companhia de 26,2% para 35,37%, excluindo o total em tesouraria.

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No entanto, Peres decidiu oferecer à companhia, por meio da Multiplan Participações (MPAR), a oportunidade de adquirir 90.049.527 ações MULT3 nas mesmas condições — e a Multiplan já confirmou o interesse. 

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Pelos termos do negócio — que você pode ler em detalhes mais adiante — a administradora de shoppings pode desembolsar aproximadamente R$ 2 bilhões pela participação.

A Multiplan convocou para 21 de outubro uma assembleia geral extraordinária (AGE) para decidir sobre a transação e as consequentes mudanças na estrutura de acionistas.

Apesar da perspectiva otimista dos analistas para a operação, as ações da Multiplan encerraram o pregão desta sexta-feira (20) em leve queda de 0,75%, a R$ 26,34. No ano, os papéis acumulam leve queda de 4,16%.

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Os termos do negócio da Multiplan (MULT3)

Os termos do negócio estipulam a compra dos papéis a um preço unitário de R$ 22,21. O valor equivale a um desconto implícito de aproximadamente 16,2% em relação à cotação média das ações MULT3 nos últimos 30 pregões.

A cifra ainda implica um desconto de 57,8% sobre o valor justo das propriedades, segundo comunicado enviado à CVM — um cap rate (taxa de capitalização, em português) implícito de 13%, um dos mais altos desde o IPO da companhia, realizado em 2007.

Vale lembrar que o cap rate mede o retorno de um investimento imobiliário através da relação entre a receita gerada pelo ativo e o preço de venda. Isso significa que, quanto maior for a quantia recebida pelo vendedor, menor o indicador.

Se a transação for adiante, a Multiplan pretende realizar a compra das ações com recursos próprios e financiamento de terceiros. 

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Caso os acionistas aprovem a operação na AGE, o fechamento do negócio está condicionado à extinção do acordo de acionistas atual para que o OTPP deixe de integrar o grupo de controle da administradora de shoppings.

Separadamente, a empresa também concordou em cancelar 22,6 milhões de ações atualmente mantidas em tesouraria, reduzindo a cifra para 577,8 milhões de papéis.

Multiplan (MULT3): como vai funcionar a recompra

Segundo fato relevante enviado à CVM, a administração da Multiplan entendeu que a recompra das ações detidas pelo OTPP é “do interesse tanto da companhia quanto do conjunto dos seus acionistas”.

Vale destacar que o objetivo da Multiplan com a recompra de ações é eventualmente cancelar os papéis adquiridos. Com isso, o total de ações MULT3 em circulação (free float), excluindo os papéis mantidos em tesouraria, chegaria a 64,63%.

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“Com a implementação da recompra, todos os acionistas terão sua participação aumentada proporcionalmente em 18,46%, desconsiderando-se as ações em tesouraria antes e após a operação”, escreveu a empresa.

Confira como ficaria a estrutura acionária da Multiplan, caso a transação seja aprovada pelos acionistas:

O que dizem os analistas sobre a recompra da Multiplan (MULT3)

Diante da notícia da recompra de ações bilionária, os analistas do Santander elevaram a Multiplan para a principal escolha no setor de “income properties” no Brasil.

“Estamos movendo a Multiplan para nossa top pick pois acreditamos que a forte qualidade dos ativos, juntamente com padrões diferenciados de governança corporativa e liquidez de ações, justifica o prêmio de valuation que as ações estão sendo negociadas atualmente em relação aos pares”, afirmaram os analistas. 

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Para o banco, o negócio é “altamente positivo”, já que a empresa está aumentando a participação de seus acionistas em “um dos melhores portfólios de shopping centers do Brasil”, a um cap rate de 13% para 2025.

Segundo o Santander, a transação ainda reforça os “padrões diferenciados de governança corporativa” da Multiplan, já que o fundador optou por compartilhar os benefícios financeiros da aquisição das ações da Multiplan com desconto com os acionistas minoritários.

Os analistas ainda avaliam que o negócio reforça o sólido histórico da Multiplan de retorno de capital aos acionistas, com rendimento (yield) de 18% no acumulado do ano após a recompra.

O Santander manteve recomendação “outperform”, equivalente a compra, para as ações MULT3, com preço-alvo de R$ 37 para o fim de 2025, alta potencial de 39% frente ao último fechamento.

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Na avaliação do Goldman Sachs, a operação deve ser bem recebida pelo mercado e manteve recomendação de compra para as ações da Multiplan.

O banco reiterou o preço-alvo de R$ 33 para os próximos 12 meses, correspondente a uma valorização potencial de 24% em relação ao fechamento anterior.

Nas contas dos analistas, a transação resultaria em um aumento da alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda, de 1,2 vez para 2,4 vezes em 2024, em linha com a média da companhia de 2011 a 2019 e significativamente abaixo do limite de 4 vezes do covenant de dívida. 

A Genial Investimentos também avalia a transação como positiva do ponto de vista de geração de valor para os acionistas,uma vez que deve resultar em um incremento do indicador de FFO — indicador que mede a capacidade de geração de caixa operacional — por ação de 4,6%.

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Para os analistas, o negócio deve derrubar o múltiplo de preço sobre FFO (P/FFO) dos próximos 12 meses da companhia de 12,2 vezes para 11,7 vezes.

Segundo o BTG Pactual, o acordo demonstra o comprometimento da família Peres com a empresa, aumentando sua participação na Multiplan.

Além disso, para os analistas, a operação é positiva para acionistas minoritários, que compram o portfólio premium da Multiplan a um cap rate de 13% e que deve se traduzir em um ganho de 5% preço por FFO em 2025.

No entanto, o BTG avalia que, após o recente desempenho superior das ações MULT3, que já subiram cerca de 5% a mais do que os pares recentemente, o acordo já foi precificado em sua maior parte.

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*Matéria atualizada às 15h para incluir novo relatório do Santander.

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