🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

SD ENTREVISTA

MRV (MRVE3) vê melhor momento da história para o Minha Casa Minha Vida com novas regras e FGTS Futuro 

Maior construtora do programa habitacional, a MRV (MRVE3) se beneficia do momento operacional, mas ação cai com lado financeiro sob pressão, diz CFO

Larissa Vitória
Larissa Vitória
27 de março de 2024
6:13 - atualizado às 13:45
Foto da sede da MRV (MRVE3) em Minas Gerais
Imagem: Rodrigo Gomes/Divulgação

“Nunca tivemos um cenário tão benigno para o comprador de imóvel do Minha Casa Minha Vida como vemos agora”. E quem diz isso não somos nós, mas sim a MRV (MRVE3), maior construtora do programa habitacional e uma das empresas que mais deve se beneficiar do aumento esperado na demanda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As mudanças implementadas pelo Conselho Curador do FGTS no programa habitacional federal no ano passado ajudaram a turbinar o MCMV, segundo Ricardo Paixão, diretor financeiro da incorporadora, em entrevista ao Seu Dinheiro. Entre as novidades estão a revisão do teto dos imóveis, queda nos juros e extensão do prazo máximo dos financiamentos.

Outro “empurrãozinho” veio da Receita Federal, com a regulamentação do Regime Especial de Tributação para Incorporações Imobiliárias do MCMV em março deste ano. O chamado RET1 faz com que a receita proveniente das unidades vendidas na faixa um do programa habitacional tenha uma alíquota efetiva de imposto de apenas 1%.

Paixão cita ainda mais uma novidade que foi anunciada ontem (26) para aumentar ainda mais a capacidade de compra dos clientes: o FGTS Futuro. A medida ainda precisa ser regulamentada pela Caixa antes de entrar em vigor, mas prevê a incorporação de parcelas ainda a serem depositadas no fundo nos financiamentos de famílias com renda de até R$ 2.640.

“Atualmente, cerca de 35% das vendas da MRV são para essa faixa. Avaliando o estoque de projetos e unidades para venda, a expectativa é que, com a entrada do FGTS Futuro, esse número suba e fique entre 42% e 45%. Consequentemente, aumenta também a exposição ao RET1”, cita o executivo, relembrando que o movimento reduzirá ainda mais os custos com impostos na companhia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O momento favorável para o Minha Casa Minha Vida é uma ótima notícia para a MRV, e isso se refletiu nas últimas prévias operacionais da incorporadora.

Leia Também

Mas uma olhada nas cotações das ações da companhia na B3 mostra uma fotografia bem diferente, com uma queda expressiva de 31% nos primeiros meses deste ano. Afinal, o que acontece com a MRV?

Operacional da MRV (MRVE3) é bom…

De fato, a perspectiva para não só para o MCMV como para outros segmentos em que a MRV atua é positiva. A queda dos juros impulsiona as operações da Luggo — unidade voltada à construção para locação e posterior venda de empreendimentos para fundos imobiliários — e da Sensia, que atua com imóveis de médio padrão.

A Resia, incorporadora da MRV nos Estados Unidos, também deve ser beneficiada pelo início do afrouxamento monetário no país. Ainda não há certeza sobre quando o Federal Reserve, BC dos EUA, vai começar a reduzir os juros, mas as últimas projeções do Fed indicam três cortes ainda neste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia é vista pelos os analistas como uma das alavancas para destravar valor na MRV. Segundo Paixão, a intenção é separar os negócios, mas a construtora mineira ainda estuda as melhores alternativas para isso.

… mas o financeiro afugenta investidores

Com ou sem a cisão da Resia — ou até mesmo uma oferta inicial de ações (IPO), possibilidade que já foi levantada pela MRV no passado —, a performance operacional da MRV deve continuar positiva nos próximos meses.

E para uma empresa comum, uma boa performance operacional resulta em bons números financeiros logo. Mas, no caso de uma incorporadora, que trabalha com produtos cujo ciclo costuma levar de dois a quatro anos entre a construção e entrega ao consumidor final, os novos lançamentos e vendas podem demorar para refletir nas finanças.

De acordo com Paixão, esse descasamento entre a prévia e o balanço é um dos fatores que explica a forte queda das ações MRVE3 no primeiro trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Na fotografia atual da empresa, considerando o volume de vendas, capacidade de compra dos clientes, perspectiva de geração de caixa, o operacional está melhor do que o financeiro. Então o resultado de curto prazo justifica a queda das ações e previne alguns investidores de entrarem no papel”, afirma Paixão.

O CFO destaca, no entanto, que, mesmo demorando um pouco mais, uma performance operacional boa também levará a bons indicadores financeiros. “Não temos dúvida com relação a isso. Quem está olhando as ações da MRV com um horizonte um pouco mais longo já começa a ver múltiplos extremamente interessantes.”

  • Pensando em comprar um imóvel em 2024? Então é melhor “correr” antes que os preços comecem a aumentar. Entenda o porquê.

CFO conta por que a MRV (MRVE3) modificou o guidance

Para a maioria dos investidores, a grande questão é o quão distante está o momento em que as boas prévias enfim começarão a se transformarem em bons balanços. E a última projeção divulgada pela MRV foi um teste para os mais impacientes e outro motivo que explica por que os papéis caem tanto.

O mercado já havia especulado — e penalizado as ações — sobre uma possível modificação no guidance no início do ano. Os temores foram confirmados neste mês, quando a companhia reduziu as projeções para 2025, cortando o teto da estimativa para o principal indicador financeiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O novo guidance é que a operação core — a divisão de incorporação brasileira que reúne as marcas MRV e Sensia — registre um lucro líquido de R$ 700 milhões a R$ 850 milhões em 2025.

Vale relembrar que a previsão divulgada em fevereiro do ano passado era que o segmento lucrasse de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão e contribuísse para que o resultado consolidado do grupo ficasse entre R$ 1,3 bilhões a R$ 1,6 bilhões no período.

  • VEJA TAMBÉM: DIRECIONAL (DIRR3): POR QUE VOCÊ DEVE COMPRAR AGORA

Paixão contou que a modificação nas projeções está ligada à maneira como as construtoras apuram suas receitas, seguindo o Percentual de Execução de Obra (POC) dos projetos.

“O receitamento que enxergamos hoje é proveniente de várias safras de venda. Quando fizemos aquele guidance no ano passado, estimamos que limparíamos a safra de 2021 ao longo de 2023. Isso não aconteceu, então ainda temos que considerar imóveis que, em função da inflação, tiveram margens muito baixas”, diz o executivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Questionado a respeito do atraso na apuração dos números dos empreendimentos lançados há três anos, o CFO argumenta que foi uma decisão estratégica da empresa: considerando o ritmo de vendas dos imóveis e a geração de caixa, a gestão optou por segurar os canteiros de obras para reduzir a queima de capital.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
E NEM É PREVISÃO DOS ASTROS

Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet 

27 de dezembro de 2025 - 14:29

Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001

PÉ NO FREIO

Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor

27 de dezembro de 2025 - 13:33

A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões

INDEPENDÊNCIA OU...

Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master 

27 de dezembro de 2025 - 12:59

Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano

27 de dezembro de 2025 - 12:16

Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025

RESPIRO EXTRA

STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto

27 de dezembro de 2025 - 10:34

O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário

CONSTRUINDO O FUTURO

BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes

26 de dezembro de 2025 - 19:44

Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região

FUNDO IMOBILIÁRIO

FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra

26 de dezembro de 2025 - 19:21

Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência

BATEU O MARTELO

OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta

26 de dezembro de 2025 - 17:33

Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história

PREGÃO TURBULENTO

Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares

26 de dezembro de 2025 - 16:46

Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação

EXCLUSIVO

Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares

26 de dezembro de 2025 - 16:01

Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group

NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

GRANDE COMPRA

Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história

26 de dezembro de 2025 - 13:21

Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup

FIM DA DISPUTA

Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3

26 de dezembro de 2025 - 12:30

O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas

DISPUTA DE ACIONISTAS

Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo

26 de dezembro de 2025 - 11:45

Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações

MAIS CHINELOS NO CARRINHO

Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas

26 de dezembro de 2025 - 9:36

Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação

NEGÓCIOS

Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa

25 de dezembro de 2025 - 18:11

CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill

MAIS AÇÕES

Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão

25 de dezembro de 2025 - 15:15

Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões

MARCA FIT

Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões

25 de dezembro de 2025 - 8:00

Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades

CHUVA DE PROVENTOS

Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar

24 de dezembro de 2025 - 12:00

O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos

GRANDES MUDANÇAS

Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar

24 de dezembro de 2025 - 11:15

A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar