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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
DISPUTA SOCIETÁRIA

Sem CFO, Gafisa (GFSA3) aprova novo aumento de capital em meio a controvérsia sobre assembleia; ações caem forte na B3

Aumento de capital da Gafisa pode movimentar até R$ 550 milhões e, no limite, levar a uma diluição de 50% dos acionistas que não colocarem dinheiro novo na companhia

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
12 de março de 2024
14:30 - atualizado às 14:31
Montagem com logotipo da Gafisa em formato de interrogação
Montagem com logotipo da Gafisa - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A disputa societária na Gafisa (GFSA3) ganhou um inesperado capítulo na noite de ontem, com a aprovação de um novo aumento de capital pelo conselho de administração da incorporadora.

A operação pode movimentar entre R$ 157 milhões e R$ 550 milhões e, no limite, levar a uma diluição de 50% da participação dos acionistas que não colocarem dinheiro novo na companhia.

O aumento de capital chama a atenção pelo momento, já que a Gafisa encontra-se sem um diretor financeiro (CFO) desde que Edmar Prado Lopes Neto deixou o cargo, na semana passada.

A Gafisa definiu o preço por ação na operação em R$ 7,86. O valor equivale a um desconto de 10% sobre a cotação média ponderada por volume dos últimos 30 pregões.

O anúncio ajuda a derrubar as ações da Gafisa (GFSA3) na B3 nesta terça-feira. Por volta das 14h, os papéis despencavam 6,12%, a R$ 9,66.

Gafisa (GFSA3) e a assembleia da discórdia

O novo aumento de capital da Gafisa acontece em meio a uma nova disputa entre o empresário Nelson Tanure e a Esh Capital.

Conhecida pelo ativismo, a gestora de Vladimir Timerman decidiu convocar uma nova assembleia de acionistas da incorporadora para a próxima segunda-feira, dia 18 de março.

O problema é que a Gafisa marcou outra data para o encontro: dia 26 de abril. Desse modo, a empresa informou que não reconhece a convocação realizada pela Esh.

Na pauta da assembleia que a Esh convocou está a proposta de uma ação de responsabilidade contra parte do conselho de administração e da diretoria da Gafisa. Além disso, a gestora propõe a destituição do atual conselho e a eleição de novos membros para o colegiado.

Vale lembrar que a Esh já havia feito pedidos semelhantes em outras assembleias, mas perdeu em todas as ocasiões. A derrota mais recente aconteceu em fevereiro deste ano.

O que quer a Esh

A gestora entende que o empresário Nelson Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na B3 após alcançar uma participação direta e indireta acima de 30%, como prevê o estatuto da companhia.

A gestora alega que o empresário possui hoje uma fatia de mais de 40% na incorporadora. Essa participação estaria oculta em veículos sob gestão da Planner Corretora, Trustee DTVM e do Banco Master. Mas as instituições negam ligação entre si.

Razões para o aumento de capital

De volta ao aumento de capital que o conselho aprovou ontem, a Gafisa deu duas justificativas para a operação:

  • Fortalecer a estrutura de capital da companhia e reforçar o caixa para fazer frente às necessidades de capital de giro e o custeio. Isso inclui a aquisição de novos empreendimentos (sejam de empresas ou de terrenos) a taxas menores;
  • Permitir o ajuste no perfil das dívidas e o cumprimento de obrigações de curto prazo.

Por fim, vale lembrar que a aprovação para o novo aumento de capital acontece apenas um ano após a última operação do tipo. Aliás, desde que Tanure investiu na Gafisa, a incorporadora já passou por mais de uma dezena de capitalizações.

Procurada, a Gafisa não se manifestou até a publicação desta matéria, que será atualizada caso a empresa comente o assunto.

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