BofA recomenda compra destas três ações do ramo de energia elétrica e lista motivos para elas (ainda) estarem baratas
As indicadas são Eletrobras (ELET3), Eneva (ENEV3) e Copel (CPLE6), que ainda não reagiram à retomada dos preços da energia
Não é de hoje que os analistas do mercado afirmam que a bolsa brasileira está barata — alguns ainda dizem que ela está descontada a tempo até demais. Mas dentro desta cesta de ativos que chamamos de Ibovespa, um setor chamou a atenção dos analistas do Bank of America (BofA). Estamos falando do ramo de geração e distribuição de energia elétrica, que ainda não reagiu aos indicadores considerados como catalisadores positivos para o setor.
Um relatório publicado na última sexta-feira (5) mostra que os preços da energia subiram mais do que o esperado pelas estimativas do BofA e em um intervalo de tempo menor do que o previsto.
Essa esticada de preços poderia ser apenas momentânea, o que explicaria a falta de movimento das cotações dos papéis de empresas do setor. Contudo, os analistas enxergam que não se trata de um rali de curto prazo.
Isso porque os motivos para a alta dos preços incluem um fluxo de água abaixo da média nas principais geradoras do país e um crescimento de 5% da demanda na comparação com o mesmo período do ano passado — o que é considerado um aumento bastante significativo para o setor.
Além disso, a análise histórica sugere que esse cenário deve se manter por mais tempo. Por isso, o relatório do BofA indica três empresas do ramo para ficar de olho.
São elas: Eletrobras (ELET3), Eneva (ENEV3) e Copel (CPLE6), que ainda não reagiram à alta de 25% no acumulado do ano dos preços de energia elétrica.
Leia Também
- Pensando em investir no agro? Confira a lista de melhores ações segundo a Empiricus Research e descubra qual é a empresa do setor que não pode faltar no seu portfólio. Clique AQUI para acessar gratuitamente.
Setor de energia elétrica: um panorama geral de cada empresa
Começando pela Eletrobras, que foi privatizada em junho de 2022, a empresa também já recebeu a recomendação de compra do BB Investimentos, com potencial de alta de 43%.
Para o BofA, esta é a empresa com maior alavancagem dentro das recomendações, o que faz da companhia a mais sensível às variações do preço de energia.
Em outras palavras, isso implica em cada variação de R$ 10 no preço do megawatt-hora (MWh) afetar o VPL (medida usada para avaliar o fluxo de caixa de um possível investimento, de olho em valores presentes) em cerca de 6%.
A expectativa do BofA é de que os preços subam para R$ 140 por MWh no longo prazo — ao mesmo tempo, a ação ELET3 está precificada levando em conta R$ 70 por MWh para a energia elétrica.
Além da Eletrobras
A segunda recomendação de compra do Bank of America é a Eneva. “O aumento da volatilidade dos preços à vista e a bandeira tarifária amarela anunciada recentemente apoiam um olhar mais atento para a empresa no longo prazo”, escrevem os analistas.
Também há uma revisão potencial de alta de 8% no Ebitda (medida usada pelo mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) até o fim do ano fiscal de 2024.
Esse cenário assume um despacho térmico (isto é, o acionamento de usinas termelétricas para geração de energia) de 25% em 2024 — contra expectativas prévias de que essas unidades não seriam ativadas neste ano.
Por fim, a Copel é a última, mas não menos importante, das empresas do setor. A companhia não é tão alavancada e tem um histórico de risco menor, o que tende a fazer os lucros serem revisados para cima.
Além disso, o valuation da Copel é de 13% da Taxa Interna de Retorno (TIR, utilizada para prever a receita gerada por um investimento; quanto maior, melhor para a empresa). Ainda na visão dos analistas, o número aponta um desconto dos preços de energia menores praticados pelas concorrentes.
Da mesma forma, o valuation desconsidera potenciais riscos positivos de rendimentos de dividendos — que o BofA estima ser de 7% nas estimativas para 2024 e 2025.
Quem não deve se dar tão bem no setor de energia elétrica
A ausência de nomes como AES Brasil, Aurea e Engie é explicada pela baixa valorização dos preços de energia mais altos, de acordo com os analistas.
Tanto AES Brasil quanto Aurea apresentam um TIR real de 8%, enquanto Engie deve registrar algo em torno de 4%.
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
