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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

CORRIDA OLÍMPICA NA BOLSA?

Ambipar (AMBP3) dispara 20% em um só dia na B3. Ação triplica de valor em um mês enquanto mercado ainda está atrás das razões para tanto otimismo

O movimento expressivo levantou dúvidas entre os investidores: existe algum motivo que explique o impulso das ações da empresa de gestão ambiental? Confira aqui

Camille Lima
Camille Lima
31 de julho de 2024
17:00 - atualizado às 17:24
Caminhões verde-limão da Ambipar
Grupo Ambipar - Imagem: Divulgação

Em ritmo quase que olímpico, a Ambipar (AMBP3) não parece disposta a desacelerar o passo da corrida na bolsa brasileira — em uma disparada que já chega a 261% de valorização das ações em um só mês.

Os papéis lideraram os ganhos fora do Ibovespa no pregão desta quarta-feira (31), com um avanço de 20,36%, negociados a R$ 50,55. Desde janeiro, a alta soma 212% na B3. Com a disparada, o valor de mercado da Ambipar passou dos R$ 8,5 bilhões.

O movimento expressivo levantou dúvidas entre os investidores: o que está por trás do impulso das ações da empresa de gestão ambiental?

Na realidade, o comportamento da Ambipar (AMBP3) é uma das grandes incógnitas do mercado hoje. Afinal, em termos de fundamento, nada mudou radicalmente de um mês para cá. 

Até o trimestre passado, a companhia encontrava-se fortemente alavancada depois da rodada de aquisições realizadas ao longo dos últimos anos — e ainda não há indícios de que essa situação tenha mudado. O balanço do segundo trimestre está programado para vir a público apenas em 15 de agosto.

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Entre janeiro e março de 2024, a alavancagem era de 3,10 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda, com um endividamento na casa dos R$ 4,64 bilhões. Já a receita líquida foi de R$ 1,2 bilhão em igual período.

A própria xerife do mercado de capitais brasileiro, a CVM, questionou a empresa se haveria algo por trás da valorização “atípica” das ações. 

Mas a companhia afirmou que não tinha conhecimento de operações que poderiam resultar neste movimento e destacou que possui um intenso programa de recompra de ações em curso.

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A disparada das ações AMBP3 na bolsa

Apesar da falta de respostas concretas, alguns fatores podem explicar parte do movimento da Ambipar (AMBP3).

A alta se intensificou há cerca de um mês, quando os investidores começaram a especular sobre os planos do sócio fundador e CEO da companhia, Tércio Borlenghi Junior, para a companhia.

Afinal, após garantir uma fatia relevante da empresa na oferta de ações (follow-on) realizada no ano passado, Borlenghi Junior continuou a construir posição na Ambipar, elevando sua fatia para 73,135% do capital social.

Essa situação inclusive levantou especulações no mercado sobre a necessidade de o CEO ser obrigado a fechar o capital da empresa por meio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA).

No entendimento de alguns investidores, o executivo supostamente teria ultrapassado o limite de um terço das ações da empresa em circulação (free float) na bolsa. Veja a reportagem completa aqui.

Para Guilherme Lavega, analista da Arkad, há a possibilidade de que a Ambipar (AMBP3) ainda esteja em meio a um movimento de short squeeze — que acontece quando investidores com posições vendidas (short) desfazem suas apostas na queda do papel e recompram a ação para cobrir a posição, consequentemente elevando ainda mais os preços. 

“O número short até hoje cedo era de mais ou menos 9 milhões, com mais de 50% do free float [excluindo as ações detidas pelo controlador, pela Trustee e outras compras de papéis ainda não anunciadas] ainda shorteados hoje. Dependendo de quanto esses investidores tiverem reduzido essa aposta hoje, e imagino que bastante, essa alta deve continuar”, disse, ao Seu Dinheiro.

Já na avaliação de Bruce Barbosa, sócio-fundador e analista de ações da Nord Research,  o movimento continua artificial: uma briga entre o controlador e os investidores vendidos em AMBP3.

Nada mudou nesta história. O que está acontecendo é que o dono da empresa está comprando ações e os shorts estão tentando zerar as posições. Essa é a guerra que está rolando”, afirmou.

Qual a relação entre a escalada da Ambipar (AMBP3) na B3 e Nelson Tanure?

Não bastasse a expectativa em relação ao CEO, os investidores ainda digerem os rumores de que o empresário Nelson Tanure estaria aumentando a participação na companhia para começar a exercer influência por lá.

Conhecido por sua gestão ativa nas companhias nas quais é acionista, Tanure possui em seu histórico casos como o turnaround na Prio (PRIO3) e a suposta disputa societária na Gafisa (GFSA3).

Na noite da última quinta-feira (25), após o fechamento dos mercados, a Ambipar anunciou que os fundos da Trustee DTVM — que supostamente têm o empresário como cotista —  abocanhou mais ações AMBP3.

Com a compra, a Trustee aumentou a participação de 6,60% para o atual patamar de 11,03% na empresa, correspondente a cerca de 18,4 milhões de papéis ordinários — isto é, que conferem direito de voto em assembleias.

Segundo carta enviada pela gestora de fundos, o objetivo agora é indicar “um ou mais membros” para compor o conselho de administração da Ambipar. 

“Não celebramos contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia”, afirmou, em nota.

Para uma gestora com posição comprada em Ambipar, a potencial entrada de um acionista como Nelson Tanure poderia “resolver o que tinha de errado” com a companhia.

“O grande problema histórico da empresa é a comunicação com o mercado. O Tanure pode não ter o Toque de Midas, mas é só ver a transformação que ele fez na PetroRio. Ele não seria o sócio dos sonhos, mas é um cara que conseguiria endereçar muito bem exatamente no que a Ambipar é pior”, disse.

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