🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

CRISE DOS ELÉTRICOS

É o fim da linha para BYD e GWM? Por que até as locadoras estão desistindo de trabalhar com carros elétricos

Tradicionalmente responsáveis por metade das vendas totais de automóveis das montadoras, as locadoras não estão buscando os modelos

Estadão Conteúdo
15 de setembro de 2024
13:50 - atualizado às 8:58
Veículo elétrico é abastecido
Veículo elétrico é abastecido. - Imagem: Mike Bird/Pexels

A crise dos carros elétricos afeta o mercado como um todo. Nem mesmo as locadoras de veículos — tradicionalmente responsáveis por metade das vendas totais de automóveis das montadoras — estão buscando os elétricos.

Juntas, elas têm 4,3 mil modelos com essa tecnologia e 6,8 mil híbridos em suas frotas, informa Paulo Miguel Junior, vice-presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla). O número equivale a menos de 1% da frota total.

A maior empresa do setor, a Localiza, encerrou 2023 com 2,7 mil elétricos e híbridos em uma frota de 631 mil veículos.

As primeiras unidades de elétricos adquiridas pelo setor há cerca de três anos, principalmente de marcas tradicionais, foram revendidas a preços "muito abaixo do esperado, com cerca de 40% a 45% de depreciação", diz Miguel Junior.

  • Nem PETR4, nem VALE3: analista recomenda outras 5 ações “fora do radar” para buscar dividendos; veja quais

Chegada de chinesas desvalorizou preços dos carros elétricos

Esses veículos, segundo a Abla, foram comprados por valores altos e em dois anos tiveram significativa desvalorização após a chegada das marcas chinesas, com ofertas mais competitivas e tecnologias mais avançadas.

As montadoras tradicionais tiveram de reduzir seus preços para não perder competitividade e quem comprou antes ficou com a conta do deságio.

Leia Também

Uma das pioneiras em ter frota de elétricos, a Movida adquiriu, a partir de 2021, cerca de 600 modelos Nissan Leaf, Renault Zoe, Fiat 500e e BMW i3.

Em menos de dois anos, a maior parte estava parada nos pátios por falta de demanda e foi colocada à venda. Segundo pessoas a par do mercado, alguns ficaram até seis meses encalhados. Vários foram vendidos com preços até 40% abaixo da tabela Fipe.

O grupo suspendeu a compra da maior parte de um lote de 250 BYD Tan prevista para 2022. A Movida não comentou o tema.

Cenário para os carros elétricos é ainda pior fora do Brasil

Fora do Brasil o cenário é ainda pior. Uma das maiores locadoras dos EUA, a Hertz, desistiu neste ano da aquisição de 100 mil carros da Tesla por causa da desvalorização rápida dos seminovos.

Enilson Sales, presidente da Fenauto, associação dos revendedores de carros usados, afirma que, apesar da desvalorização, as vendas de eletrificados (elétricos e híbridos) cresceram 90% de janeiro a julho, somando 33 mil unidades.

Desse total, 83% têm até três anos de uso. Já os negócios com veículos a combustão foram 9% superiores em relação a 2023 (8,8 milhões unidades).

Ele pondera que a comparação "é injusta, pois os eletrificados estão em franca ascensão". Segundo ele, é cedo para se ter uma sinalização mais forte sobre esse segmento, pois ainda é um nicho de mercado.

LEIA TAMBÉM: Elon Musk quer Tesla na corrida de IA: fabricante de carros vai lançar sistema de condução automática na Europa e China

Consumidor toma 'paulada' na revenda

Após rodar 54 mil km, por dois anos e meio, com um Peugeot e-208, adquirido por R$ 249 mil, o empresário paulista Maurício de Barros decidiu vendê-lo. Fez anúncios em plataformas especializadas e, em quatro meses, não recebeu propostas.

Em julho, entregou o modelo a uma concessionária por R$ 100 mil como parte da troca por outro elétrico. "Foi uma paulada", diz.

Barros reconhece, contudo, ter "pago o preço por estar entre os primeiros a ter um carro 100% elétrico, quando não havia muitas opções e todos os modelos eram caros".

Seu consolo é ter adquirido um BYD Yuan Plus novo, com mais itens de tecnologia e 480 km de autonomia, ante 320 km do e-208. O modelo custou R$ 209 mil porque a marca deu desconto de R$ 30 mil para aquela versão.

As chinesas BYD e GWM, marcas que agitaram o mercado com carros elétricos e híbridos importados, prometem iniciar produção local no próximo ano, em princípio fazendo apenas a montagem de kits trazidos da China.

Atentas ao movimento de desvalorização principalmente dos preços da concorrência, ambas adotaram estratégias de recompra de seminovos a valores próximos aos da tabela Fipe.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana

12 de julho de 2025 - 18:10

Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil

GUERRA COMERCIAL

Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil

12 de julho de 2025 - 14:36

Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado

OLHO POR OLHO?

Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’

12 de julho de 2025 - 11:28

Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana

MOTIVAÇÕES POLÍTICAS

Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo

11 de julho de 2025 - 19:30

A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções

TRUMP VS. EMERGENTES

O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo

11 de julho de 2025 - 17:25

Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto

APÓS ESCÂNDALO

Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso

11 de julho de 2025 - 14:01

Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender

11 de julho de 2025 - 7:02

Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA

SEM ENDEREÇO CERTO

De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação

10 de julho de 2025 - 18:59

Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção

GUERRA COMERCIAL

O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas

10 de julho de 2025 - 16:06

Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista

DISPUTA INTERNACIONAL, CRISE INTERNA

Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF

10 de julho de 2025 - 13:48

Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’

O QUE ESPERAR AGORA?

Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026

10 de julho de 2025 - 13:41

A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país

E AGORA, GALÍPOLO?

Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar

10 de julho de 2025 - 13:07

Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior

BC PRESSIONADO

Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país

10 de julho de 2025 - 9:39

Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo

LOTERIAS

Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)

10 de julho de 2025 - 7:01

Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa

PEGOU MAL PRA QUEM?

De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil

9 de julho de 2025 - 20:15

O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto

NÃO ESCAPAMOS

Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula

9 de julho de 2025 - 17:18

O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%

FÁCIL FALAR, DIFÍCIL CONTROLAR A INFLAÇÃO

Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”

9 de julho de 2025 - 15:14

O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível

LOTERIAS

Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam

9 de julho de 2025 - 6:36

Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje

NO LIMITE DA POTÊNCIA

Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora

8 de julho de 2025 - 19:01

Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019

“A META É TRÊS”

Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação

8 de julho de 2025 - 16:59

Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar