Campos Neto revela os “vilões” que podem pressionar a inflação no Brasil e no mundo — e adiar a queda de juros global
Por aqui, a resiliência da inflação de serviços e o aquecimento do mercado de trabalho se mostram como alguns dos maiores pontos de atenção, segundo presidente do BC
Próximo de seus últimos atos à frente do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto revelou nesta sexta-feira (30) suas projeções para a economia do Brasil — e deu nome aos “vilões” que poderiam fazer pressão sobre a inflação por aqui e no mundo inteiro — e atrasar o início das quedas de juros globais.
No cenário doméstico, a resiliência da inflação de serviços se mostra como um dos maiores pontos de atenção, afirmou Campos Neto durante a Expert XP, encontro anual do mercado financeiro na cidade de São Paulo.
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Além disso, as expectativas continuam desancoradas, com uma atividade econômica ainda muito forte e um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima do esperado.
O mercado de trabalho aquecido também acende um sinal de alerta para o atual presidente do BC, uma vez que o setor continua dinâmico, com patamares baixos de taxa de desemprego e sem perspectivas de um ponto de inflexão no curto prazo.
Em relação às perspectivas de aperto monetário por aqui, Campos Neto reforçou as apostas de um "ciclo de ajuste gradual" na taxa básica de juros, a Selic.
“Ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo compromisso para levar a inflação de volta para a meta. Em alguns momentos, os dados de curto prazo têm maior relevância. Se eu forneço um guidance sem muita certeza, há alta probabilidade de mudar essa meta, e isso tem um custo de credibilidade para o Banco Central”, afirmou.
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“Quando você está dependente de dados de curto prazo, a credibilidade se conquista com arcabouço técnico e comunicação com transparência. Se e quando houver ciclo de ajuste de juros, será gradual.”
Os “vilões” da inflação no mundo
Já no exterior, a política econômica dos Estados Unidos é vista como um dos principais pontos de preocupação por Campos Neto.
“A política econômica dos Estados Unidos é um ponto de atenção, porque tem pilares comuns: uma política econômica mais dura, um fiscal mais frouxo e um protecionismo muito grande. Esses três pontos significam mais pressão inflacionária. A campanha política norte-americana, com eleições polarizadas, está gerando perspectivas mais inflacionadas.”
Em meio à disputa pela Casa Branca, temas como combate à imigração, protecionismo e um fiscal mais frouxo são parte recorrente dos discursos dos candidatos às eleições presidenciais norte-americanas — e esses três fatores resultariam diretamente em um aumento da pressão inflacionária por lá.
“Estamos em um momento onde existe percepção de desaceleração global. Os Estados Unidos já tem sinalizado que isso, em Jackson Hole, Jerome Powell [presidente do Federal Reserve, o BC dos EUA] deixou clara a percepção de que a convergência da inflação está atingindo um nível próximo da meta e que o mercado de trabalho vai começar a desaquecer”, afirmou.
China e Japão no radar de Campos Neto
Ainda no cenário internacional, a China levanta preocupações em meio às baixas taxas de natalidade e a mudança do modelo econômico, deixando a política industrial para um modelo focado em exportação.
Uma das estratégias chinesas para impulsionar a exportação é através da eletrificação — mas atualmente o gigante asiático enfrenta diversas barreiras protecionistas de outros países para os carros elétricos.
“É um modelo baseado em eletrificação, mas há um forte movimento protecionista contra esse ímpeto da China em exportar itens ligados à eletrificação. Com isso, vemos uma fragmentação do comércio internacional e das cadeias de produção”, disse Campos Neto.
Depois das mudanças de política monetária, o Japão também atraiu os olhos dos formadores de política em meio às intervenções no câmbio e elevação das taxas de juros nipônicas — que resultaram em uma forte desmontagem das arbitragens do carry trade no iene.
O presidente do BC ainda avalia que existe um problema de alto endividamento das economias globais, o que eleva as dificuldades para os países emergentes devido ao aumento do custo de funding (financiamento).
“Ficou claro, e em parte explica a reação do mercado, que existe menor espaço dos governos e dos Bancos Centrais para políticas anticíclicas caso o crescimento caia”, afirmou.
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