Som e fúria na bolsa: Ibovespa parte do menor nível do ano com ruído sobre meta fiscal no Brasil e juros altos nos EUA
Disparada das ações do Méliuz, alteração do FGTS, autonomia do Banco Central e contas do governo Lula também ditam o tom do Ibovespa hoje; confira

O Ibovespa começa a sessão de hoje abaixo dos 120 mil pontos pela primeira vez em 2024. A queda de 1,4% registrada ontem levou a bolsa brasileira a seu nível de fechamento mais baixo no ano.
Enquanto o mundo inteiro olhava para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os investidores locais reagiam à barulheira fiscal vinda de Brasília.
Eles atentaram a comentários públicos da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicando que o governo pretende seguir em busca do ajuste das contas públicas confiando quase exclusivamente no aumento das receitas.
Analistas têm mencionado com cada vez mais frequência a percepção de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria lutando quase sozinho dentro do governo pela regra fiscal. A própria Simone Tebet comentou ontem que “cravar a meta [de déficit] zero é impossível” neste momento.
De qualquer modo, a fúria dos investidores com tanto ruído acaba amplificada pelos juros altos nos Estados Unidos. Ontem, o Fed manteve os juros nos níveis mais altos desde 2001, o que fez a taxa básica norte-americana completar um ano na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Os juros altos por lá acabam drenando a liquidez dos mercados financeiros internacionais, principalmente os de países emergentes como o Brasil. E em casa que falta pão, todos brigam, cada um com sua razão.
Leia Também
Enquanto isso, os diretores do banco central dos EUA projetam a possibilidade de um modesto corte de 0,25 ponto porcentual nos juros até o fim do ano.
O presidente do Fed, Jerome Powell, até disse que a autoridade monetária está pronta para começar a cortar os juros, mas isso vai depender de uma queda acelerada da inflação.
Nesse sentido, o índice de preços ao produtor norte-americano (PPI) proporcionará hoje mais uma peça no quebra-cabeças dos juros.
O que você precisa saber hoje
EXCLUSIVO
Controladores da Méliuz (CASH3) montam posição em opções com ações da empresa, que quer apertar “pílula de veneno”. As ações da Méliuz (CASH3) dispararam mais de 15% após a empresa divulgar que pessoas ligadas ao controle “venderam opções de venda” de ações da companhia.
MINISTROS DIVIDIDOS
A remuneração do FGTS vai mudar: confira a decisão do STF sobre o cálculo que pode afetar o setor imobiliário. Atualmente, os valores depositados no fundo remuneram a Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano, além do eventual lucro no período, mas o cálculo vai mudar.
PRÊMIO BANCO CENTRAL DO ANO
Recado para Lula e Haddad? A declaração de Campos Neto sobre a autonomia do BC e as decisões de juros para conter a inflação. Presidente da autoridade monetária recebeu o prêmio “Banco Central do Ano”, conferido pelo portal de notícias Central Banking, em Londres, e aproveitou para falar sobre sua gestão.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
O que o TCU viu de certo — e também de errado — nas contas do governo Lula em 2023? A auditoria da prestação de contas de Lula no ano passado verificou cerca de R$ 109 bilhões em irregularidades e distorções de valor no balanço da União.
MELHORES DO ANO
Enquanto EUA celebram primeiros ETFs de criptomoeda, Brasil tem 11 fundos do tipo — que tiveram o melhor desempenho de 2024 até agora. Só em 2024, o bitcoin avançou cerca de 60%, enquanto os ETFs brasileiros também têm variações positivas, na casa dos dois dígitos — vão de 14% e chegam a 69%.
Uma boa quinta-feira para você!
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução